quinta-feira, 10 de março de 2016

No escurinho do cinema



Dia do Cinema
Estes dias, num anúncio nesta rede de informações, veio escrito que era o Dia do cinema.
Não guardei a data, embora seja fã da arte cinematográfica.
Meu primeiro filme de cinema, se me lembro ainda, foi Bambi, assistido ali onde hoje é o Cauim, na São Sebastião.
Além dele existiam outros cinemas de rua na Ribeirão Preto dos anos 60, 70. O cine Centenário, o mais famoso, nas esquinas da Barão com a General, outro na Duque de Caxias, outro na São Sebastião, próximo à Única, que se encontra fechado com a obra de reforma/demolição embargada, um na Álvares Cabral, que nem sei se existe mais e tinha outro na vila Tibério, se não me engano.
Um deles tinha, nas paredes laterais da sala de exibição, luxuosos painéis de pinturas com o tema café.
Menina, assisti Dumbo e Branca de Neve em companhia de meu irmão e minha mãe que fora frequentadora assídua de cinema quando jovem.
Como é importante viver e proporcionar vivências, não é?
Conheço gente de toda idade e classe social que nunca foi ao cinema e que provavelmente não irá. Afinal a TV tem tudo com o conforto do lar.
O que a TV não tem é o especial do cinema, a tela gigante e a oportunidade de uma experiência de emoção coletiva.
Inigualáveis!!!
Depois desta fase infantil,  reencontrei o cinema quando adolescente, em outra cidade, com filmes dos Trapalhões, o que restava a quem ainda era menor de idade.
Para driblar a carência da falta de títulos para jovens, alguns apelavam para o truque da falsificação da carteirinha. Tão bobo achar que iam nos barrar!
Comigo não daria certo, sempre fui muito certinha, e qualquer errado me fazia, e ainda faz, tremer nas bases.
Aos dezesseis já podíamos ver mais algumas coisas e daí em diante fui reencontrando o cinema com os filmes de aventura e ação como Star Wars, Indiana Jones, musicais como Grease e Embalos de Sábado à Noite,  por aí.
Era o programa de domingo, um bom primeiro encontro de namoro, a salvação dos feriados religioso e das tardes modorrentas após os almoços de festa.
Muito bom tempo aquele!!
Ao voltar para Ribeirão, estudante universitária, ainda ia ao cinema, mas menos, havia outras muitas diversões.
Daí, casada e mãe, ele acabou por completo.
Não sei se levei as filhas ao cinema, foi um tempo tão corrido,a escola as levava, mas pode ser que tenhamos assistido a algum filme da Xuxa.
Sem traumas, ambas são cinéfilas, cada uma a seu modo, e acompanham lançamentos e estreias.
Eu morei um bom tempo, em frente a um cinema , e raramente ia.
Rendi-me à preguiça.
Recentemente levei a mãe e os sobrinhos ao cinema, e o programa não foi de muito agrado.
A magia perdeu-se em algum lugar.
Acompanho o Oscar, o prêmio máximo para a categoria, mas já não assisto aos filmes, nem na TV.
Ponho o hábito na lista dos resgates, na torcida por reavê-lo.

Quem sabe!

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