quarta-feira, 2 de março de 2016

Insônia




Insônia

Minha insônia já estava decretada na hora em que deitei.
Os papéis, os livros, como vencer o desejo de estar com eles?
Como perder este tempo dormindo, com tantas coisas a descobrir?
Foi assim que rolei na cama, insone, até a madrugada.
Calor, o de sempre, que esta minha terra é quente, uma dorzinha emergente, a idade, amigos, a idade..., a chuva ininterrupta que fustigava as janelas, mas principalmente o desejo, o livro ali fechado, as idéias pedindo pelo papel, os encantos do dia anterior, as promessas de futuro, tudo isso deu adeus ao meu sono.
Não lamento.
Vim para o computador e vi , por ele, alguns amigos notívagos e madrugadores.
Sorri  sobre o teclado, a presença deles atestou minha normalidade, deu fim à solidão.
Daqui a pouco amanhecerá, o dia prático seguirá seu curso e eu estarei feliz, missão cumprida,  desejo satisfeito, liberta para encontrar o mundo.
Bom dia!


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