sábado, 29 de junho de 2013

Aniversário- presentes- Maria Lúcia

Na foto Maria Lúcia autografa seu livro, eu , Maris Ester e Stella Mello


Antes de quebrar o pé havíamos combinado, eu e Maria Lúcia,  que eu declamaria um poema na noite de seu lançamento/homenagem no Palace.
Maria Lúcia é escritora, poeta e  uma de nossas declamadoras juramentadas, com curso e diploma e anos e anos de paixão e prática.
Dona de memória prodigiosa , traz de cor textos longos e difíceis.
Eu, iniciante na arte, embora palpitante de desejos de ser assim como ela, tremi e temi.
O poema nem era tão longo, ou difícil, mas como a emoção não obedece a roteiros, e eu estaria ali, declamando para a mestra, resolvi me dedicar com afinco ao estudo do texto.
Quando acabou não resisti e dividi minha emoção com o público, o coração aos pulos, as pernas bambas.
Foi um dos momentos mais intensos que vivi e venci . Colhi os aplausos, os sorrisos e as bençãos de Maria Lúcia, a quem sou grata.
Beijos

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Notícias Poéticas- junho de 2013





Notícias Poéticas- junho de 2013

Chegou. Junho chegou e não há nada que se possa fazer  para evitar que passe.
O mês que festejo de data marcada, vem na promessa de frio, na esteira da chuva extemporânea, na certeza de agitação e de noites de estrelas, banhado de emoções.
Todas as frentes se levantam em ação. É hora!
Estaremos cercados pelos que partilham a mesma fé, tem objetivos maiores, coletivos, e  neles crêem,  porque assim os realizam.
Acreditar, fazer, colher e festejar.
Que assim seja o nosso junho.

Prece de aniversário

Senhor,
quem sou eu para pedir-te bênçãos,
 se as mereço, me serão dadas
 pela fé em tua justiça.

Peço , sim, uma iluminação qualquer
que me torne algo sábia,
faça com que o” juízo” chegue
e eu aprenda a fazer as coisas mais óbvias.

Peço um pouco de esperteza,
um pouquinho menos de entusiasmo
e mais foco.
Está na hora.

Peço que mantenhas em mim
os dons
que recebi de ti
e energia e percepção para exercê-los.

Peço que te lembres de colocar
 ao redor de meus braços
 outros braços de acolhida e consolo, 
contenção e zelo.

Peço que avives minha memória para o amor que me cerca
e que de mim, por tua obra, exala.
Que eu saiba sempre
que é este amor que nos protege e salva.

E porque creio e sou, curvo-me grata.


Eliane Ratier- junho de 2013


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Declaração de amor à Ribeirão Preto em seu aniversário de 157 anos



Declaração de Amor

Quando te vi pela primeira vez,
deitada no vale ao amanhecer,
não imaginei que de ti seria
eternamente cativa.

Vinha de São Paulo, o caminho bandeirante,
muitas vezes ainda assim te veria,
e o encanto da tua visão mutante
para sempre se repetiria.

Por entre as plumas fugazes
das flores lilases
do mar de cana verde
ao vento ondulante,
surges segura,
a Capital da Agricultura.

Hoje cana, outrora café.
Hoje saúde, tecnologia, serviços,
educação e cultura.
Não, não és uma qualquer.

Tuas milhões de lâmpadas luzem na distância.
A vista não mais alcança,
teu fim não mais diviso.
Serão meus olhos senis,
ou teu crescer desmedido?

Mas o que quero de verdade,
é proclamar meu amor por ti,
minha cidade.

Ribeirão Preto!

Terra que me acolheu,
terra que escolhi.
Terra que sorve o meu suor,
fruto de trabalho e amor,
embala em teu seio
minha descendência querida
que aprende desde cedo,

a amar-te mais ainda.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Livros- Molloy- Samuel Beckett



Do autor usualmente associado ao teatro, Molloy é um romance denso, difícil , fantástico e inconcluso.
Confesso que apesar de ler duas páginas e voltar uma para tentar entender o enredo, vencido o primeiro terço, fui tomada de grande curiosidade pela história, o que me fez chegar ao final.
Terrivelmente humano, nas sensações, sentimentos, atos, na maioria vis, faz-nos visitar a pele dos personagens e viver as situações desagradáveis algo cruéis.
Obrigatório. Beckett é autor importante, um Nobel. Produtivo, viveu as experiências literárias de sua época.
Homem de letras e trabalho.
Devo ainda ler algo de teatro.
Trecho:
...e aqui e ali um companheiro de prisão que você gostaria de abordar, abraçar, ordenhar, amamentar , e     com quem cruza, os olhos maus, de medo que ele venha com intimidades. Até o dia em que, não podendo mais, nesse mundo que para você não tem braços, você pega nos seus os cachorros sarnentos, os carrega o tempo que é preciso para que eles o amem, para que você os ame, depois os joga fora."

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Livros- Serafim Ponte Grande- Oswald de Andrade


Lendo Oswald para conhecê-lo.
Irreverente, inovador, satírico.
De inegável valor.
Contemporâneo dos seus, datado, válido e obrigatório.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Livro- Anônimos- Silviano Santiago



Conhecendo  mais este mestre da narrativa.
Contos pontuados de lirismo e finais abertos à possibilidades, sonhos, devaneios.
Gostei muito!