sábado, 28 de julho de 2012

Notícias Poéticas- julho de 2012



Notícias poéticas- julho de 2012
Quero, neste fim de julho, arrepanhar as pontas de cada tentativa, experiência, vivência, como  um punhado de fitas coloridas, que mesmo que não teçam, fazem a alegria dos olhos, provam que existe vida, que o coração pulsa e a mente trabalha e se encanta com as novidades vistas.
Pois se há tempo extra, férias, descanso, é para isso. Para experimentar o novo, sair da rotina, testar outras formas, vestir outras peles.
Nada do vivido é desperdício, tudo terá seu encaixe e razão no momento propício.
Celebro com alegria a capacidade de tirar proveito, de crescer e poder ser melhor para melhor conviver com vocês.
E sou grata.
 Viva!!

Quis dizer do fracasso
Da dor da rejeição
Mas do meu coração
Saíram luzes
Dissipando a escuridão

Quis dizer do desejo, do sonho
Do buraco sempre aberto
Da cicatriz, ferida viva
Mas a razão na minha mente grita
Besteira, hoje é o dia!

Saudei o sol, vi a lua
Toquei tua mão
Sucumbi à música
Ninei-me em consolo
E assim pude

Restabelecer o sorriso
Firmar a crença
Acalmar o corpo
Ensaiar  felicidade

Ontem já foi.
Amanhã será?

Quem sabe?

                  Eliane Ratier, julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Livros- Ensaios da Tarde- Mara Senna

Belo livro da amiga Mara, da capa ao conteúdo a qualidade se firma.
Poemas sobre assuntos universais, de uma beleza pictórica.
Maduros e instigantes.
Gostei de muitos, marcados pela dobra da página, quase todos.
Deixo aqui uma amostra , um dos bem-quistos.

O que não pode ser- Mara Senna- do livro " Ensaios da Tarde"

O que não pode ser
não se contenta em ficar guardado nos porões
ou escondido nos desvãos.
Traz no peito convicções anêmicas,
na boca uma recusa fajuta
e tanta ternura entranhada no corpo
que chega a sentir uma coisa
que fere por entre as costelas.
Por vezes, veste-se de coragem
e despe-se dos seus pudores.
Mostra os seus humores,
prepara a mesa
e faz alvoroço
que se faz ouvir até a esquina.
Mas, ao menor sinalo de encontro,m
treme
e recolhe-se mais uma vez à sua sina de não ser.
E volta a latejar lá no fundo,
tentando derrubar paredes.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Livros- Revista Masculina- Regina Baptista

Estava para lá de ansiosa para ler a "Revista " de Regina.
Além do título sugestivo, os assuntos vistos sob a ótica masculina contemporânea são um belo assunto.
Contos em diversos formatos, e situações que nos propõe um continuar, sem ponto final, histórias que poderiam seguir outros caminhos.
Foi assim, imaginando o que poderia ser e não foi , ou o que realmente foi, que li a "Revista Masculina" e gostei.
Parabéns à Regina.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Livros- Um Vagabundo em Nova Iorque- Chafi Nader

Um Vagabundo em Nova Iorque, de Chafi Nader, é um relato de viagem muito particular, onde vemos pelos olhos do autor a sua Nova Iorque, sem deixarmos de ser turistas.
Nas entrelinhas, conhecemos a alma de Chafi,que generoso expõe-se em busca de iguais.
Desperta em nós o humano e lhe acenamos sorrindo e emocionados.
Boa leitura pré-viagem, ou para um passeio de férias sem sair do lugar.

Eliane Ratier, junho de 2012

domingo, 1 de julho de 2012

Notícias Poéticas- junho de 2012

Lamento, mas junho é sempre intenso, então passou, e o que estava escrito desde o início ficou guardado nos rascunhos. Que pena! Mas a intenção continua a mesma.
Sou co-anfitriã do mês pois é meu aniversário, e assim dele me adono.
Este junho foi algo atípico, os céus nublaram-se e derramaram-se em chuvas fora de estação, ainda assim tivemos lindas luas.
Vivido de maneira plena e intensa, na felicidade da celebração do ser e da vida, no carinho dos amigos, aconchego da família, pontuado de saudades, como dolorosas flores coloridas marcando o caminho escolhido, junho foi lindo.
Espero que o mês lhes tenha corrido bem.



Bem –vindos a junho,mês do qual sou co-anfitriã.
Mês da metade, finalizador de semestre.
Entrem e fiquem à vontade para apreciar os céus de veludo, as luas luminosas, as estrelas em conluio, a brisa amorosa.
Eu os recebo na porta e digo que o programa vale à pena.
Viver é nossa única opção.
Vivamos de maneira plena.

Então a cidade ficou mais fria
porquê seus passos não ressoavam nela
As tardes sem possibilidade
longe do seu olhar
A razão perdeu o sentido
e o sentimento ganhou razão
A vida sem você não oferece perigo
nem risco de colisão
Mas ficou tudo muito chato
desde então


Eliane Ratier- junho de 2012