domingo, 28 de fevereiro de 2016

Livros- Alma Aprendiz- Shirley Stefani



Livro de estréia de Shirley Stefani, com prefácio de Ely Vieitez Lisboa e orelha de Rosa Cosenza.
Shirley coloca em versos, poemas em sua maioria curtos, em páginas delicadamente ilustradas, reflexo talvez da própria delicadeza da autora, sua experiência de vida, onde por vezes nos reconhecemos.
Como amostra deixo o poema "Felizes para sempre"
Segue a bela Cinderela
Sem sapato de Cristal
Adeus, Fada madrinha!
Acena a noiva de avental!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A papelada



A papelada
Lembra-se que passei janeiro limpando papéis?
Pois é !
Quero dividir com você algumas observações.
Os papéis são como diários, guardam nossa história, mesmo que sejam o extrato do cartão de crédito, o holerite, a conta de luz e a de telefone.
Já lhe digo.
Se der uma olhadinha no seu extrato do cartão de todo um ano, verá de quem é freguês e por quanto tempo, suspirará o engodo de uma compra equivocada, relembrará o dinheiro bem gasto na viagem, lembrará da festa que fez com que você comprasse o vestido, lindíssimo,  em três vezes sem juros, a qual você não foi, e o quanto gastou com remédios para curar-se de enfermidades, para não tê-las, para manter-se são ou salvo, ou ambos.
O holerite lhe mostrará um panorama quase estático dos seus ganhos, embora você sinta que trabalhou mais do que no ano anterior, o único aumento distinguível será o dos impostos retidos na fonte, dos descontos.
Já sua conta de luz , pelo consumo, lhe lembrará sua ausência. Os dias que não esteve em casa, as viagens a negócios, as férias, e também lhe lembrará das visitas que recebeu para temporadas de renovação de afeto, do calor que lhe obrigou a buscar o bendito refúgio do ar condicionado, das noites sem luzes e sem TV, onde só a brisa e as estrelas foram a matéria do sonho, as companheiras.
O conta de telefone é explícita! Tudo ali!
Para quem ligou, quando,quanto tempo e quanto custou falar com alguém que , de você, não merecia nem um “alô”, ou da dor da distância, após longa conversa, um fiapo de voz sem coragem de devolver o fone ao gancho.
No mais , verá, serão negócios e recados, coisas medíocres e cotidianas, mundanas. Necessidades apenas.
Ainda achará outras contas com boas ou más revelações.
Talvez tire algum aprendizado, mudando hábitos, eliminando supérfluos, repetindo experiências.
Talvez não.
Talvez apenas não guarde as contas, ou não as veja em conjunto e atire-as fora sem decifrar suas mensagens ocultas.
Tanto melhor!

Melhor não saber tanto assim sobre você mesma.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Livros- Eu amo minha escola- Julinho Sertão











Julinho Sertão é ilustrador, aqui de Sertãozinho, e dos bons.
De espírito irriquieto, sempre em movimento, faz e faz e faz.
Neste trabalho, também faz o texto.
São as doces e ternas memórias da escola, suas e de todos em todos os tempos,  em rimas e linguagem simples e direta para o público infantil, abrindo espaço para muita conversa.
Uma delicinha!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Deleites dos dias de chuva



Deleites dos dias de chuva
Choveu muito! Lembram-se? Um janeiro inteiro.
Aí eu que cheguei atrasada em minha própria casa, fora de horário e de tempo, tive a graça da permanência.
Cheguei e fiquei, em reclusão voluntária, poupando a voz, economizando os passos, fazendo o reconhecimento dos espaços, abraçando mentalmente cada luz coada pelas vidraças, o frescor do piso e a carícia dos tapetes.
Arrumei o de necessidade, arrumei detalhes e antiguidades.
Dentre as necessidades: a papelada.
Papel, para mim, é ouro.
Guardo documentos, recibos, contas, cartas, cadernos, revistas, recortes de jornais, papel virgem e impresso.
Livros de todo feitio e para toda finalidade.
Guardo o que precisa e o inútil.
Guardo o que amo, sem porque.
Então foi que, com o tempo que a chuva me deu, resolvi descartar alguma papelada absolutamente sem valor, passada em forma e função, obsoleta, de uma outra vida, talvez até de uma outra pessoa.
A desculpa para mexer com ela foi a procura de um documento, que achei caído atrás da última gaveta da escrivaninha, amassado, empoeirado, no rés do chão, depois do trabalho feito, quando o sol já brilhava lá fora.
Foram dias especiais de limpeza.
Uma olhadela aqui e ali e corta e pica e rasga e recicla e reaproveita e desmancha n’água.
Fiquei feliz com o trabalho concluído, coisas estagnadas enfim em movimento, mas devo confessar que a vitória não foi completa.
Muitas coisas peguei na mão e , sentimental, devolvi ao armário para um segundo momento, sabendo que ali havia algo mais do que papel.
Sim, guardei para depois.
Aguardo novas chuvas.
O que para mim foi puro deleite pode lhes soar como um disparate.
Defendo meu direito : Cada louco com sua mania!

E tenho dito!!


domingo, 14 de fevereiro de 2016

Livros- A Feiticeira- Michelet



Peguei o livro na biblioteca.
O título chamou-me a atenção.
Feiticeira é algo bem do universo feminino.
Não entendi muito do formato, por longo tempo fiquei na dúvida sobre a posição do autor, mas o fecho valeu cada linha das quase trezentas páginas relatando os horrores cometidos em nome da religião a favor de interesses próprios (segundo as pesquisas , um relato bastante impreciso).
Homens, mulheres, nobres, eclesiásticos, povo.
Mais um pedaço da história desnudada.
O fecho, que pode me por em encrenca com as feministas, ou as mulheres de negócios, é para mim uma confirmação do papel especial da mulher na sociedade.
" Nos últimos séculos, a mulher, ocupada em negócios de homens, perdeu em contrapartida seu verdadeiro papel: o da medicação, o da consolação, o da fada que cura. É esse o seu verdadeiro sacerdócio."
O livro foi publicado em meados do século XIX.

Sobre o autor:
Jules Michelet-1798- 1874- foi um importante filósofo e historiador francês. Sua obra é polêmica em vários aspectos e seu livro mais famoso é a História da Revolução Francesa.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Livros- Relações Saudáveis- Parábolas Essenciais- Códigos da Vida- Legrand



Ah!
Ok!
É auto ajuda, mas se é a dose que transforma o veneno em remédio, o consumo ocasional não mata, nem engorda, apenas aviva a memória, lembra-nos do que já sabemos.
E foi assim que me vi com os três agradáveis livrinhos de bolso nas mãos.
Livros de bolso são quase irresistíveis. Tão bom tamanho para carregar na bolsa como boa companhia para esperas certas!
Leves, amenos, passatempo que traz sorrisos e faz brotar algumas lágrimas.
O instigante foi descobrir quem era o autor, pois o nome, nas pesquisas, remetia á um expoente literário francês.
Descoberta a verdadeira identidade, partilho com vocês, direto do site da editora Soler.
    Sebástian Justo: carioca, editor e escritor com o pseudônimo LEGRAND, formado em marketing, autor de Parábolas Eternas – O Importante é Ser Feliz – Frases Malditas – A Utopia do Brasil – A Vida por Linhas Certas – Aprendendo a Viver – Caixa de Ferramentas – Códigos Eternos – Força para Viver – 365 Mensagens & Reflexões – Que Seja Eterno Enquanto Dure –O Retrato de Oscar Wilde – O Destino é Você Quem Faz – Criando Filhos – Códigos da Vida – Algodão entre Cristais – Coleção Pequenas Lições – Mãe, Tudo de Bom – Minutos de Oração – Viva como as Flores – Dançando com a Vida – Espelhos & Reflexos – Juntos, Seremos Felizes – Momentos de Sabedoria – Moral da História – Pai, Eternamente – Sapientia Populi – Seja Feliz
    Organizador dos anuários de Arquitetura, Moda Mineira e Mulheres de Minas.