terça-feira, 27 de outubro de 2015

Feeling Like Karen Walker


Feeling Like Karen Walker

Bem , para aqueles que não sabem sobre o que estou falando, digo que me reporto ao seriado da TV paga, delicioso, chamado Will and Grace.
Will , é um advogado, gay, Grace, hetero,  é sua amiga de vida, amor e morte, e há ainda Jack Mac Farland, ator, gay e hilariamente enlouquecido e Karen Walker, milionária, hipocondríaca, HLGBTS, isto quer dizer “ topo tudo que me dê prazer”.
( ok, ok, sorry se fui politicamente incorreta nas descrições, mas não vou quebrar a cabeça, nem o texto, para tentar driblar os estereótipos)
Eles não moram juntos , mas vivem juntos e a graça é a mistura de tudo isso.
Para aqueles que sabem sobre o que estou falando, Wow!!!
Quando falo que me senti como Karen, não me refiro às suas múltiplas opções sexuais, mas ao seu traço hipocondríaco que a levou, em um episódio, a misturar pílulas coloridas em um pote e servir como balas aos convivas, pedindo que escolhessem pela cor, porque ela não tinha a menor idéia para que serviam, só que serviam para lhe dar conforto e prazer.
Neste ano estou tendo a oportunidade de tomar muitas pílulas, remédios de todos os jeitos para muitos males de pequeno a médio porte, mas igualmente cuidadosos no trato e incômodos, como é próprio dos males ser.
Assim, que tomo pílulas fixas diárias e outras sazonais, conforme o mal de base,  da hora, dia, mês, ou estação.
Nem leio mais as bulas. O médico mandou, é para tomar.
Acima, abajo, al centro, a dentro!
E assim, com paciência e tempo, vai tudo entrando nos eixos.
Vão se fazendo acordos em novos termos.
Daí eu me sentir Karen, com um pote de pílulas diárias, só que menos glamorosas, elas dificilmente tem cor, são brancas, cinza, beges, no máximo amarelas oleosas ou ligeiramente verdes.
Mas a realidade é assim mesmo, o colorido fica para a ficção.



domingo, 25 de outubro de 2015

Doenças da Alma, Arte de reconhecer-se, Recomeçar- Luzia Madalena Granatto



O livro de Luzia traz os pensamentos e crenças que a autora tão bem põe em prática no seu trabalho, no seu ser, no seu fazer, para si e para os outros.
O livro é todo Luzia!
Parabéns!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Ninguém é perfeito






Defeitos todos tem

Ninguém é perfeito!
Por fora bela viola, por dentro pão bolorento.
Nem sempre assim, mas quase.
O segredo da convivência é a escolha do defeito a suportar , ou até que ponto  suportar o defeito, ou ainda , que defeito seria insuportável.
Há defeitos ignoráveis para uns e majoritários para outros.
É uma questão pessoal, pessoalíssima!!
Por isso, evitar as situações onde o defeito pode aparecer, não valorizar as aparições, treinar a paciência, sair de cena, ou sumir de vez, são boas estratégias, porque apontar o defeito, com o dedo em riste, no nariz do sujeito é dar um tiro no próprio pé, é convidá-lo a olhar para você com mais atenção, é instigá-lo a achar os seus próprios defeitos.
E aí querida, que ninguém é perfeito.
Quem procura , acha, e o outro vai achar.
As pessoas tendem a olhar pelas janelas de seus relacionamentos, estendendo suspirantes olhares ao horizonte, em busca de ideais parceiros, sem defeitos.
As quimeras acenam por entre as nuvens, mas trocar de parceiro, é apenas trocar de defeito, seis por meia dúzia, ou dúzia e meia conforme o caso.
Pior a emenda que o soneto.
Assim, que ao admitir um parceiro , um companheiro, um sócio, um colega de trabalho, um empregado, veja as qualidades, mas pese os defeitos.

E use todas as estratégias para não bater de frente, porque, diante do espelho, a perda pode ser total.

domingo, 18 de outubro de 2015

Rimas da vida e da morte- Amós Oz



Fazia tempo que queria ler este autor israelense.
Oportunidade apresentada, chance aproveitada.
Um livro sobre como as estórias se formam na mente de um escritor.
Um bom enredo em rica linguagem, num agradável passeio pela noite quente de uma cidade em Israel, sua gente, seus costumes, suas palavras.
Prazer em conhecer.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sarau da Odonto





Sarau da Odonto

Fui convidada pela professora Andrea Candido dos Reis para assistir a 16ª edição do Sarau da Odonto ( no meu tempo não tinha disso não).
São 10 anos de realizações a partir do pontapé inicial da professora Janete, a professora que sonhou um sonho, ousou compartilhá-lo e hoje colhe os frutos de uma realização que já é herança para os novos organizadores.
Louvados sejam estes mestres por perceberem que a arte é muito mais que tocar música, dançar , fazer poemas.
A arte é meio, é caminho para desenvolvimento pessoal e de habilidades que vão instrumentar estes alunos para a vida.
O que vi emocionou-me, primeiro porque sou egressa desta faculdade, que enternece meu coração, depois porque amo ver sonhos realizados e com tão bom resultado, e mais, jovens são sempre lindos e aprecio muito quando se dedicam, quando dizem “sim”, com coragem, vencendo os medos e perigos, muitas vezes imaginários.
Vi, também, as professoras Andrea e Alma em ação, artistas que são,  ouvidas com o merecido respeito, e tive um feliz encontro, sempre feliz, com o maestro Sérgio Alberto do coral da USP, que mesmo após 32 anos, guarda intacta a nossa juventude fundadora de corais.
Resumindo a ópera: Adorei!!
Me convida que eu vou!!

PS: O auditório do direito é “show”!!!
 Saí de lá recordando meus pés empoeirados,  em sandálias de couro cru,   ao atravessar o jardim do museu rumo à faculdade, ou subir a estradinha que dava na capela para mais um ensaio do coral.  Estudamos numa USP pobrezinha perto desta que aí está.
Beijos em todos que são, foram ou serão meus colegas usuários do mesmo trem que faz a história.

domingo, 11 de outubro de 2015

Educação Integradora da sexualidade Humana- dra Marina Lemos da Silveira Freitas




Livro de cunho educacional e filosófico baseado nos ensinamentos de Viktor Frankl, coisas que dra Marina sabe bem, pois é estudiosa do assunto colocando na prática diária os ensinamentos do dr Viktor.
Uma nova abordagem baseada no humano.
Parabéns, dra Marina!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Surfando na Bandeirantes




Tenho viajado muito!
Pais, filhos...
No começo foi penoso, agora sinto prazer em estar na estrada.
Sozinha, com minha trilha sonora, livre para qualquer ato ou palavra.
Vou cantando, vendo a paisagem, conversando em monólogo, uma inaudível conversa com os outros incógnitos motoristas.
Cada viagem é diferente, apresenta desafios.
Chegar é vencer.
Tenho alguns temores na estrada.
Caminhões e motos estão no topo da lista.
Quando vejo os motoqueiros, algumas vezes não vejo , apenas ouço, fixo a direção e espero que se definam quanto à sua ação.
Que façam o que, e como, quiserem, de preferência bem rapidinho, e mais rapidinho ainda se afastem.
Que fiquem bem longe de mim.
Quanto aos caminhões, tem meu total respeito.
Primeiro porque são conduzidos, ou pelo menos deveriam ser, por profissionais em árdua missão, reconheço, depois porque são grandes e eu sou, perto deles, um minúsculo, frágil e leve pontinho de lata branca.
Considerações feitas vamos aos fatos.
Dia destes voltava de Jundiaí, pela Bandeirantes, pista larga , três faixas no meu trecho, e boa, uma chuvosa manhã de segunda feira.
Pista cheia de caminhões, visibilidade ruim pela chuva intensa.
Condições que demandam cuidados extras.
Um deles é não parar no acostamento para esperar a chuva passar.
É preciso seguir em frente com calma e paciência.
Uma hora a chuva passa.
Outro é diminuir a velocidade e respeitar a sinalização e as regras de trânsito.
Este frágil pontinho de lata branca seguia, à risca, as regras.
Não havia motos. Que bom!
Mas os caminhões...
Meu amigo!!
Primeiro que alguns motoristas ignoram sua imagem no espelho.
Imaginam-se sentados ao volante de um Fiat 147 e manobram como tal, em velocidade de automóveis, ultrapassando sem manutenção de distância segura, tanto na saída da manobra, onde por vezes ignoram o procedimento de olhar pelo retrovisor, quanto na de entrada, enfiando um treminhão na frente de uma carreta , ao lado de um ônibus, com a agilidade de um automóvel compacto em mão de motorista playboy.
Ave Maria!!
Foi assim que me vi, na terceira pista da rodovia, ao lado de dois caminhões, jorrando água barrenta sobre meus inúteis limpadores de para brisa, em velocidade bem acima da permitida, surfando, descendo numa onda da rodovia, sem possibilidade de acelerar, para tentar a ultrapassagem , muito menos de frear  sobre a lâmina d’água,  em condições de visibilidade instintiva.
E eis que o rádio toca Michael Bubblé.
Pensei que fosse um anúncio, um recado.
 Achei que era a minha hora e o céu preparava minha entrada com, que alívio!!, uma linda música.
Não! Imagina numa hora crucial destas, tocar algo horroroso. É muito castigo!
Eu já passei por isso parindo ao som de Xuxa, mas esta já é outra história que hoje seria considerada maus tratos.
Bem, como podemos ver, não foi minha hora, logo depois da música o céu clareou num rasgo de sol, pude enxergar o caminho e ultrapassar os grandões que se acomodaram em seus lugares.
Vencer o desafio é chegar.
Vencer o desafio é sobreviver.
Continuo na estrada.

Torçam por mim!

domingo, 4 de outubro de 2015

Sangue e Sedução- Cezar Batista



Louvo a coragem e saúdo o novo formato de trabalho do escritor Cezar Batista que migra dos contos e crônicas para o romance.
Parabéns!!