terça-feira, 26 de julho de 2016

As olimpíadas



Quando a proposta para sediar as Olimpíadas no Rio de Janeiro se confirmou, houve muita gritaria, e ainda há, contra.
Isso foi há 8 anos.
Não sei bem o que penso sobre o assunto mas sei que " Já que tá que fique!" e vamos lá tratar de fazer acontecer.
Torcer contra, nunca!!!
Daí que , numa casa de aficionados por esporte, começou-se a pensar em ir às Olimpíadas.
Queríamos todos ir à abertura, coisa que não consegui viabilizar até agora, a família querendo assistir e eu querendo fazer.
Isso mesmo!
Estar em campo , atuar!!
Ia ser a  tiazinha do purê de batatas ou participaria da cerimônia de abertura.
Para isso , o primeiro passo, seria achar o caminho dos voluntários.
Assim que a notícia apareceu, inscrevi-me, foi em 2013.
Sabia que estaria aposentada na ocasião .
De lá para cá foram muitos treinamentos online, alguns presenciais, entrevistas, e muitos desafios a começar pela espera.
Teria a oportunidade de estar na festa de abertura desde que passasse nas audições e me comprometesse com ensaios a partir de  maio deste ano.
Este desafio, principalmente o compromisso de tempo, me pareceu além da minha capacidade, por isso desisti deste sonho, mas mantive o desejo de participar.
Enfrentei muitas dificuldades para conseguir cumprir as atividades propostas, pensei em desistir, pensei que tinha perdido a chance de ser voluntária olímpica.
Entristeci. Triste, reagi, juntei coragem, fui tirar os atrasos e comecei a cumprir cursos e entrevistas.
Cada novo evento marcou-me com conhecimento e fortaleza,  mais experiência, desafios, vitórias, ganhos, surpresas, encantos.
Foi assim que recebi, com muita felicidade, meu aceite para ser voluntária, em novembro de 2015.
Recebi também o espanto de quem sabia dos planos, a dúvida sobre a veracidade do fato, o questionamento da validade deste, o escárnio, a inveja, o pessimismo, raríssimas manifestações de felicidade.
Isso não me abateu, foi algo surpreendente, estava convicta do meu desejo, disposta a enfrentar embora me tremessem os joelhos.
Assim fui caminhando sem muito pensar, esperando sem desesperar.
Ainda faltava a carta convite que só chegou em junho de 2016, depois o local de trabalho e  a escala que foram entregues em julho.
Estava assim determinado o meu destino: Riocentro, pavilhão 6, boxe, Serviço do Evento.
Até esta demora fez parte do treino!
Enquanto isso a família comprava ingressos, alugava hospedagem, tudo sem saber o que iria ser de mim.
Estamos a 15 dias dos jogos, já estou credenciada, uniformizada, treinamentos completos, ingressos na mão e hospedagem paga e garantida.
Um trecho desta jornada de voluntária percorrido.
Um orgulho imenso no peito!
Falta muita coisa ainda para resolver e muitos detalhes para cuidar em antecipação.
Serão muitos mas não todos.
Impossível providenciar tudo.
O inesperado faz parte do jogo e muitas coisas serão decididas, bem ou mal, na hora.
Pedimos sempre por luz e guia.
Ter fé é essencial.
Confiar no outro também.
Vou com a firme disposição da felicidade, certa de que haverá dificuldades e mais certa ainda que as vencerei.
Torçam por mim!!

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