segunda-feira, 4 de julho de 2016

Os dias



Tem muita gente que vive a semana na espera do seu final.
Nem sei se já fui desta turma!
Quando menina, meus melhores dias eram os de escola, novidades, amigos.
Adolescente , os amigos se prologavam em festas nos finais de semana, igualmente bons.
Na faculdade, todo dia era dia de festa e estudo, um verdadeiro teste de resistência física. A diferença era que , no final de semana, se a festa não era diurna, podia-se dormir até mais tarde, quero dizer, até a tarde. Mas nada era garantido.
Casada e sem filhos, os finais de semana eram de pouco trabalho, mas nem sempre de muita companhia. Tinha os plantões, fim de semana sim , outro também.
Quando as crianças vieram, os finais de semana tornaram-se de puro trabalho, casa, criança, saídas, adianto de serviço para a semana. Uma labuta sem fim!
Tão sem fim que continua assim, mesmo sem criança.
Agora , aposentada, estou pondo um novo calendário em prática.
Costumo tirar o sábado para resolver algo para mim, ou a casa, um curso, uma compra, uma ida à cidade, um mergulho em livro, algo meu.
Domingo sou da família, faço feira, almocinhos, vejo filmes em perfeito estado de preguiça.
Segundas feiras só deveriam acontecer após o meio dia, mas não é assim. Elas teimam em  acontecer desde cedo. São dias que demandam muita ação para um corpo que precisa ser convencido a agir. Procuro evitar compromissos neste dia.
A terça é mais tranquila. Aquilo que foi feito na segunda vai girar e tomar seu lugar, acontecer, responder.
Quarta-feira é o dia! O meu dia! Dia de recolher os resultados do que foi iniciado na segunda, encaminhar para que aconteça. Um dia de muita energia!!
Quinta é o dia tranquilo. O que aconteceu , aconteceu. Dia de planejar os próximos dias.
Sexta inexiste! Há uma agitação nervosa no ar. Tudo pela iminência do fim. Tudo para se acabar, afrouxar o nó da gravata, por o pé na estrada, beber com amigos, ver a namorada.
É meu dia de executar os planos para a casa, compras, saídas, visitas, presentes, quando necessários ou desejados.
E assim voltamos ao sábado!
Vê! Como passa rápido!!
Assim é a semana corrida, sem feriados, imprevistos ou viagens. Quando estes acontecem, ficam suspensos os planos, às vezes adiantados, outras postergados, dobrados os trabalhos, mas na maioria das vezes, extintos.

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