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Ai o bem que me faz!
Palco. Eu recomendo.
Bem, nem vou dizer como o espetáculo foi lindo e emocionante, até para nós que estávamos envolvidos.
A vida de Vinícius, pensada com detalhes e requintes por André Goy, mostrada em trilha musical, base para a dança de todas as modalidades, clássico, jazz, sapateado e até flamenco, permeada por textos e poemas, complementada por imagens.
A performance artítica de Davi Tostes, nosso ator, também bailarino, que emprestou seu corpo à Vinícius.
O desfile das 9 esposas do poeta eternamente apaixonado.
As crianças e as músicas da Arca de Noé.
Pois é! As crianças deram um show à parte,cantando as músicas e dançando as coreografias que sairam do previsível incorporando gestos inspirados pelas letras das canções.
Desceram para a platéia embasbacando pais, tios e madrinhas.
Estavam foférrimos nos seus ricos figurinos e divertiam-se com isso.
Pintinhos, patos, perús,focas,pinguins, formigas, gatos,corujinhas, galinhas,toda a Arca, enrodilhados num caracol de plena alegria.
Gostoso como chocolate, divertido como pipoca.
O segundo ato, com o elenco adulto, veio cheio de charme em maiôs, chapéus, boys and girls from Ipanema e taps deliciosos,clima de praia, benção de baianas.
Desta vez, foi o público que cantou, letra no telão, " Eu sei que vou te amar", num coral emocionado de quem viveu e fez a história.
Eu estive por lá, no palco, excepcionalmente fora do meu lugar habitual, que é a última fila à esquerda, cheguei até a estar na primeira fila.
Confiança e coragem, minha e do coreógrafo.
Beijo-os todos, meus colegas de palco, meu amado mestre e me despeço com juras de fidelidade e amor total.
Soneto da Fidelidade, Vinícius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo, e sempre e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor, hei de espalhar meu canto
E rir meu riso , e derramar meu pranto
Ao seu pesar, ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive)
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito, enquanto dure