terça-feira, 13 de setembro de 2016

A Olimpíada do Rio

Bulevar Olímpico


Anéis Olímpicos na praia de Copacabana
Pira Olímpica no Bulevar

arena de volei de praia em Copacabana


A Olimpíada do Rio de Janeiro

Amigos, caso tenhamos qualquer evento de nível mundial, assim festivo, do bem, aceitem meu conselho e participem.
Muito se falou e outro tanto vai se falar da olimpíada do Rio de Janeiro, mas não há como negar o papel histórico deste evento.
E sim, fizemos uma bela história!!
Bom, quem me conhece sabe que não sou muito de esporte, mas ser voluntária e espectadora nos jogos olímpicos me fez começar a entender esta paixão que move milhares de pessoas de todos os cantos do planeta.
Falemos do Rio.
O Rio é uma linda cidade e acho que nunca a tinha visto como a vi.
Tenho parentes no Rio, recordações de meninota e depois de “grande” estive lá acompanhando o marido num evento científico, em passeio bem restrito nos obrigatórios pontos turísticos, Urca, Pão de açúcar, Cristo.
No lenga lenga das decisões sobre destinos de férias o Rio era excluído por muitos motivos.
Por isso, deste vez, pude viver, um pouquinho , o Rio e confesso-me apaixonada.
Não vejo a hora de voltar!!!
Depois de tanto tempo sem ir ao Rio, estive por lá quatro vezes em menos de dois meses, de ônibus , maneira econômica e rápida sem necessidade de muito planejamento , hospedando-me pelo sistema de hospedagem em espaços particulares, airbnb, com quase total sucesso, saindo algumas vezes da minha própria cidade, outras de São Paulo, e até em esquema de bate e volta.
Tudo isso tornou o Rio muito próximo.
A cidade é linda , de natureza variada e exuberante, em total acordo com a vibração esportiva, porque, mesmo que não seja olimpíada, os esportes são praticados por toda cidade em espaços públicos abençoados pelas belezas naturais, pelo sol e pelo luar, já que a cidade não para .
O carioca tem a essência brasileira, receptivo, simpático e disposto a ajudar, criando uma intimidade imediata de velhos conhecidos.
A cidade estava limpa, não perfeita.
Os novos equipamentos foram colocados em uso mesmo incompletos, e funcionaram.
Havia muito policiamento para garantir a segurança e penso que houve acordos com os agentes do crime organizado o que resultou em grande tranquilidade.
O policiamento foi feito pelo exército que, em grupos, ocupou as esquinas dos locais mais frequentados, chegando a incomodar alguns com a ostentação de  armamento, coisa que não para nós não é habitual, mas que foi totalmente eficiente.
Estrangeiro no Rio não é novidade, mas desta vez era algo institucional, não era opção estar no Rio e sim uma circunstância para os envolvidos com os jogos, por isso a qualidade da recepção tinha que ser boa, para apresentar uma boa imagem aos que vieram e criar nestes o desejo de voltar.
O Rio já tem sua imagem de lugar exótico e informal fixada no inconsciente coletivo, junto com as imagens divulgadas pela televisão e cinema, paisagens conhecidas, acontecimentos de violência policial.
Tudo isso o turista reconhece no Rio, as praias, a gente bonita e feliz, patrulha policial ao pé do morro da favela, a música , o clima de permanente festa.
Alguns cenários serão inesquecíveis como a praia de Copacabana, palco da Arena de vôlei de praia, ali, bem em frente à avenida Princesa Isabel, na divisa com o Leme, os aros olímpicos em frente ao Copacabana Palace.
Muita gente junta o tempo todo sem confusão.
O magnífico Bulevar Olímpico, um presente para a cidade, que foi o lugar da pira olímpica no coração do centro histórico, perto da Candelária, o museu do amanhã, o porto, os armazéns, o VLT!!!!!
Tudo de bom!!!
Já a nova linha do metrô para a Barra da Tijuca vai aliviar muito a vida do carioca.
Êta lugar longe !!!
Bem, e foi este lugar longe que abrigou a vila olímpica  e o parque olímpico sede de muitas competições.
Por medida de segurança o trânsito foi fechado nos arredores dos equipamentos olímpicos e o acesso foi garantido e recomendado por transporte público.
O sistema integrado de transporte ficou a desejar por falta de informação objetiva, embora houvesse muito pessoal de informação disponível para quem falasse português.
Houve queixas sobre a pouca comunicação em inglês, e por não estar plenamente disponível em horários tardios e nos muitos feriados decretados pelo governo para contornar os possíveis problemas de trânsito na cidade.
Mas, graças ao espírito amigável e cooperativo reinante, todos chegaram aos seus destinos.
Não estive em todos os locais de competição, mas nos que estive percebi-os muito bem montados, exibindo o colorido que caracterizou esta edição dos jogos.
Outra coisa observada, apesar de todos os cuidados para acessibilidade e  inclusão tomados, foi que as distâncias a serem percorridas eram sempre muito grandes, cansando os espectadores que por isso , muitas vezes, faziam jus à medalhas olímpicas.
Não sei, também, se esta é uma característica comum aos grandes eventos, mas era muito trabalhoso chegar aos locais.
Dentro dos locais as comodidades básicas e poucas, mas suficientes, de comida ,bebida,  sanitários e água. Salvo raríssimas exceções.
Um batalhão de funcionários e outro de voluntários fizeram  acontecer e o planejamento não deve ter sido tarefa fácil.
Por isso, estamos todos de parabéns!!
Não saiu perfeito, soubemos de algumas intercorrências, mas nada perto do caos que alguns  esperavam.
Provamos que somos capazes, que podemos ser mais e melhores, basta que tenhamos  vontade e busquemos a união de forças rumo ao objetivo comum.
Sim!! Podemos quando queremos!!!



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