sexta-feira, 30 de maio de 2014

Notícias Poéticas- maio de 2014



Notícias Poéticas- maio de 2014
Maio termina, com inocente e cândida aparência, envolto em céus azuis e ar frio.
Quem vê até pensa num mês leve-pluma, mês de mães, mês de noivas, de paineiras.
Engana-se.
Este maio trouxe um turbilhão de mudanças,  algumas planejadas,  algumas de surpresa, antecipações e preparativos por conta das festas próprias e  da próxima ( copa do mundo). Foi como se vivêssemos um mês duplo, agravado pelas expectativas,  na cegueira da pré- curva, na incerteza do voo sobre o abismo.
Os eventos de praxe tiveram que se meter em frestas de tempo, driblar feriados e acontecimentos para serem cumpridos.
Assustados, ocupados  e algo cansados, de tanto movimento, sentimo-nos revigorados celebramos nossa capacidade de fazer acontecer, de sobreviver aos acontecidos, de lutar e cair em pé.
Olhamos orgulhosos a paisagem que nos circunda, mesmo cientes de que podemos mais e melhor.
Somos gratos pelos bafejos da sorte, pela emoção presente,  e pela capacidade de reconhecer  as dádivas do destino e, sem dúvida alguma, maio foi para lá de bom, um excesso de benesses.
O texto deste mês vai para as mães, ainda, e para os filhos que todos somos.
Com meu beijo carinhoso.

Às Mães

Sempre sonhei ser princesa.
Menina, fui moleca de joelhos ralados das quedas de bicicleta que não combinavam em nada com as meias colantes e sapatilhas de bailarina.
Moça, fui aventureira, desgarrada, destemida, determinada.
Mulher fui profissional, uniforme de trabalho , um mundo a ser conquistado.
Mãe , me ressenti do fato.
Longo caminho andado e nada de ser princesa
Emburrei, armei bico, achava que merecia , afinal do meu ventre saíram as amadas crias, o futuro da família, cheias de cuidados.
Fui  enfermeira fada, curando dodóis com beijo
Cozinheira mágica, transformando  comidinhas em  brinquedo
Heroína do lar, mantendo a ordem da casa, das roupas, dos horários, desde sempre apertados.
Super motorista, engolindo minutos no trânsito em segurança máxima
Artista em diversos papéis: professora, acompanhando lições; bruxa de conto de fadas, pondo criança de castigo; analista, óculos na ponta do nariz, pose freudiana, ouvindo , impotente e solidária, as tão humanas dores de alma; costureira de escola de samba, arrumando trajes de festinhas, teatros e o que mais aparecesse; cenógrafa e produtora executando a decoração e promovendo festas de aniversário em infinitas comemorações.
Enfim, tantas e tantas coisas, mas princesa não.
Foi daí que descobri que princesa era pouco eu era rainha e não sabia.
Hoje, do alto do meu trono, decreto para o bem de todos esta homenagem às mães, fadas,  super heroínas, artistas e rainhas e as cumprimento pelos feitos,  árduos e prazerosos que luzem como pedras preciosas guardadas na memória e no coração dos filhos e das mães.
Parabéns!!!!
Viva!!!!



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