segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Eliane e Fabrício Carpinejar



clque na foto para ver o àlbum


Amigos, revendo meus escritos por aqui, cheguei à triste conclusão que não partilhei com voces um dos meus melhores momentos deste ano, que foi mediar a conversa que o escritor Fabrício Carpinejar teve com o público e fãs, em setembro, no shopping Santa Úrsula.
Desculpo-me e explico, é que queria mais tempo para lhes contar uma longa história, ainda sem fim: a de como virei fã de Fabrício.
Bem, vamos à ela.
Leio jornais, até os suplementos infantís, e foi num destes, na "Folhinha" que vi um poema que me chamou a atenção. Tratei logo de guardá-lo e registrar o nome do autor.
Quando por ocasião da Feira do Livro de Ribeirão Preto, se não me engano, de 2006, vi na programação que ele viria, resolvi ir vê-lo.
Era minha primeira vez na Feira, numa palestra, achava que não era para mim, só para entendidos, e eu nem era da área.
Fui.
Eram dois os palestrantes, Fabrício e Anibal Gama, poeta da terra, e mais um mediador, provocador.
Na platéia do Meira Júnior não mais que dez pessoas.
Quando Fabrício começou à falar, do seu jeito peculiar, e desceu do palco, e passeou pela platéia vociferando o seu texto " O que a mulher quer", e desprezando as folhas lidas pelo chão, e veio sentar-se ao meu lado para perguntar " O que uma mulher quer", rendi-me, e pergunto, quem não se renderia.
Encantei-me.
Esperei-o para parabenizá-lo e dizer do poema que me trouxera ali. Saímos todos juntos artistas e platéia, por entre a turba que se acotovelava para entrar na próxima atração. Multidão atraída por um "global".
Na marquise do Pedro II, Fabrício autografava braços com canetas multicores.
Caía a noite. Fez-se menção à uma torta de nozes que o esperava no hotel. Recusado o educado convite, voltei a ser mediocremente eu, pisando nuvens no caminho de casa, embora levasse um segredo tatuado na memória.
Então foi assim que virei fã de Fabrício, que me levou à Feira do Livro pela primeira vez, e que considero co responsável por este meu novo fazer, esta lida de escrever.
Comecei à frequentar o seu blog e conhecê-lo melhor.
Outras vezes nos encontramos.
Na Bienal em SP, em 2008, foi algo mágico e surreal.
Estava eu por ali, nos acasos dos acasos, em mais um meu acesso de atrevimento, deleitando-me no estande do SESC, quando ao dobrar uma prateleira dou de cara com ele.
Me faltou ar, me faltou perna, e principalmente palavras. É assim que a gente fica na frente dos que nos causam paixões.
Aí só fiz besteiras, e como já tinha publicado o livro e os cartões, enchi-o com meus presentes.
Ele me apressou para que entrasse numa palestra em que eu nem estava inscrita, mas para a qual ele estava atrasado e, em mais um momento mágico, eu estava ali, no anfiteatro do estande do Sesc, na Bienal de SP, vendo uma palestra de mestres, no sem querer do destino.
Ao término, esperei-o para os cumprimentos, ele estava lançando "Canalha", o jabuti de 2009, e eu nem sabia.
Trazia o cabelo recortado com a palavra.
Fotografamos.
Neste ano, 2010, por minha sugestão, Fabrício foi novamente convidado à Ribeirão e eu tive a honra de madrinhar-lhe a curta estada na cidade.
Fabrício é furacão e eu como fã , com livre acesso, soube aproveitar cada momento próximo à ele, desta vez sem deslumbres, com boas conversas sobre o meio literário, colhendo seus sorrisos satisfeitos junto à outros admiradores, proporcionando-lhe algum conforto em liberdade vigiada, ele gosta de escapar.
Em agosto ele voltou à região para ser patrono da Feira do Livro de Sertãozinho, não estivemos juntos então, mas em visita à Feira de Sertãozinho pude ver o lindo trabalho feito ali e a presença de Fabrício, texto e até retrato, em vários estandes.
Em setembro, a amiga ciente deste meu gosto, avisou-me da vinda do Fabrício para o shopping.
Programei-me para mais um encontro, um abraço, renovações de afeto, e eis que de repente eu era a pessoa indicada para fazer a mediação do evento.
Eu?!
Então tá. Desta vez encontrei-o ao pé da escada que dava para o palco do shopping, minutos antes do show começar. Abraçamo-nos e ele me perguntou " e aí como vai ser?" e eu lhe respondi " como você quiser", e assim foi.
Fabrício falou dos livros novos, Canalha, Mulher Perdigueira e o do Twitter, abandonou-me no palco, para ir caminhar por entre o público para " causar", como é do seu estilo. Sem crise, eu sei que é assim, sou condescendente,compreensiva e facilitadora.
Fabrício não merece censuras nem amarras.
Desta vez ele trouxe a namorada linda e encantadora, Cintia, que se enturmou fácil no bate papo, trocando idéias com o meu marido, seu colega de profissão.
Despedimo-nos ali, no átrio do shopping, eles para um lado e nós para o outro.
Voltava a se mediocremente eu, pisando nuvens, à caminho de casa, sem segredos, uma admiração pública e declarada.
Beijos em Fabrício, aguardando a próxima.

Um comentário:

  1. Olá, amiga e vizinha de cidade Eliane! Quero lhe dar os parabéns por essa belíssima iniciativa de fomentar e propagar a cultura. A qualidade de seu blog é algo acima de qualquer comentário que eu possa tecer. Sobre este evento, lamento até hoje por não ter podido estar presente. Não deu pra mim. Azar o meu. [sorrio] Parabéns!

    Feliz 2011! Sucesso progressivo! Abraço do amigo blogueiro: Jefhcardoso

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