Eu e o papel
Reutilizo papéis como rascunho desde sempre.
Papel era coisa rara na minha vida de criança.
Papel era para jornal, revista, livros e cadernos , sagrados porque serviam ao estudo.
O papel cotidiano era aquele que embrulhava o pão, claro e limpo pois servia ao alimento.
Depois da nobre serventia virava suporte para desenhos e rabiscos, receitas, recados, contas matemáticas, algum endereço divulgado no rádio.
Nestes tempos eu morava na Vila Tibério, estudava no extinto Lar Santana e no Sinhá Junqueira.
Meu coração se comove frente as recordações.
Nos tempos de hoje há mais papel do que se possa aproveitar.
Opto por contas on-line, dispenso tickets de compras, leio livros de empréstimo ou virtuais, em nome da economia dos recursos naturais.
Voltei à Vila Tibério em muitas ocasiões, era caminho da faculdade e da minha casa.
Trabalhei nas escolas e no posto de saúde do bairro, acariciei com o olhar os muros do abandonado Lar Santana, subi , a trabalho, a escada de madeira da escola Sinhá Junqueira , estive na igreja para uma missa de sétimo dia.
Sou grata por ter visitado todos estes lugares da minha criança. 🥰🥰
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