Para onde vou, de onde vim?
Não sei se me acho ou extravio.
Ariadne não fia o seu fio
à frente, mas atrás de mim.
Não será a saída um desvio
e o caminho o verdadeiro fim?
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Eliane e Fabrício Carpinejar
clque na foto para ver o àlbum
Amigos, revendo meus escritos por aqui, cheguei à triste conclusão que não partilhei com voces um dos meus melhores momentos deste ano, que foi mediar a conversa que o escritor Fabrício Carpinejar teve com o público e fãs, em setembro, no shopping Santa Úrsula.
Desculpo-me e explico, é que queria mais tempo para lhes contar uma longa história, ainda sem fim: a de como virei fã de Fabrício.
Bem, vamos à ela.
Leio jornais, até os suplementos infantís, e foi num destes, na "Folhinha" que vi um poema que me chamou a atenção. Tratei logo de guardá-lo e registrar o nome do autor.
Quando por ocasião da Feira do Livro de Ribeirão Preto, se não me engano, de 2006, vi na programação que ele viria, resolvi ir vê-lo.
Era minha primeira vez na Feira, numa palestra, achava que não era para mim, só para entendidos, e eu nem era da área.
Fui.
Eram dois os palestrantes, Fabrício e Anibal Gama, poeta da terra, e mais um mediador, provocador.
Na platéia do Meira Júnior não mais que dez pessoas.
Quando Fabrício começou à falar, do seu jeito peculiar, e desceu do palco, e passeou pela platéia vociferando o seu texto " O que a mulher quer", e desprezando as folhas lidas pelo chão, e veio sentar-se ao meu lado para perguntar " O que uma mulher quer", rendi-me, e pergunto, quem não se renderia.
Encantei-me.
Esperei-o para parabenizá-lo e dizer do poema que me trouxera ali. Saímos todos juntos artistas e platéia, por entre a turba que se acotovelava para entrar na próxima atração. Multidão atraída por um "global".
Na marquise do Pedro II, Fabrício autografava braços com canetas multicores.
Caía a noite. Fez-se menção à uma torta de nozes que o esperava no hotel. Recusado o educado convite, voltei a ser mediocremente eu, pisando nuvens no caminho de casa, embora levasse um segredo tatuado na memória.
Então foi assim que virei fã de Fabrício, que me levou à Feira do Livro pela primeira vez, e que considero co responsável por este meu novo fazer, esta lida de escrever.
Comecei à frequentar o seu blog e conhecê-lo melhor.
Outras vezes nos encontramos.
Na Bienal em SP, em 2008, foi algo mágico e surreal.
Estava eu por ali, nos acasos dos acasos, em mais um meu acesso de atrevimento, deleitando-me no estande do SESC, quando ao dobrar uma prateleira dou de cara com ele.
Me faltou ar, me faltou perna, e principalmente palavras. É assim que a gente fica na frente dos que nos causam paixões.
Aí só fiz besteiras, e como já tinha publicado o livro e os cartões, enchi-o com meus presentes.
Ele me apressou para que entrasse numa palestra em que eu nem estava inscrita, mas para a qual ele estava atrasado e, em mais um momento mágico, eu estava ali, no anfiteatro do estande do Sesc, na Bienal de SP, vendo uma palestra de mestres, no sem querer do destino.
Ao término, esperei-o para os cumprimentos, ele estava lançando "Canalha", o jabuti de 2009, e eu nem sabia.
Trazia o cabelo recortado com a palavra.
Fotografamos.
Neste ano, 2010, por minha sugestão, Fabrício foi novamente convidado à Ribeirão e eu tive a honra de madrinhar-lhe a curta estada na cidade.
Fabrício é furacão e eu como fã , com livre acesso, soube aproveitar cada momento próximo à ele, desta vez sem deslumbres, com boas conversas sobre o meio literário, colhendo seus sorrisos satisfeitos junto à outros admiradores, proporcionando-lhe algum conforto em liberdade vigiada, ele gosta de escapar.
Em agosto ele voltou à região para ser patrono da Feira do Livro de Sertãozinho, não estivemos juntos então, mas em visita à Feira de Sertãozinho pude ver o lindo trabalho feito ali e a presença de Fabrício, texto e até retrato, em vários estandes.
Em setembro, a amiga ciente deste meu gosto, avisou-me da vinda do Fabrício para o shopping.
Programei-me para mais um encontro, um abraço, renovações de afeto, e eis que de repente eu era a pessoa indicada para fazer a mediação do evento.
Eu?!
Então tá. Desta vez encontrei-o ao pé da escada que dava para o palco do shopping, minutos antes do show começar. Abraçamo-nos e ele me perguntou " e aí como vai ser?" e eu lhe respondi " como você quiser", e assim foi.
Fabrício falou dos livros novos, Canalha, Mulher Perdigueira e o do Twitter, abandonou-me no palco, para ir caminhar por entre o público para " causar", como é do seu estilo. Sem crise, eu sei que é assim, sou condescendente,compreensiva e facilitadora.
Fabrício não merece censuras nem amarras.
Desta vez ele trouxe a namorada linda e encantadora, Cintia, que se enturmou fácil no bate papo, trocando idéias com o meu marido, seu colega de profissão.
Despedimo-nos ali, no átrio do shopping, eles para um lado e nós para o outro.
Voltava a se mediocremente eu, pisando nuvens, à caminho de casa, sem segredos, uma admiração pública e declarada.
Beijos em Fabrício, aguardando a próxima.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
É Natal
Os meninos natalinos
vem sempre pequeninos
crescem agitando a vida da gente
durante todo o ano nascente.
Sejamos coração de manjedoura
braços de palha fofa
sorriso de estrela guia
mãos de reis magos
para receber, afagar, iluminar e doar
ao Menino que nasce,
nossa vida e nosso fazer
irradiando Sua luz
de bem querer.
Eliane Ratier-dez 2010
Feliz Natal, Feliz Ano Novo
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Notícias Poéticas- dezembro de 2010
Notícias Poéticas- dezembro de 2010
É final de ano, tempo de festas, celebrações, Natal.
Ponho no meu fazer, seja ele qual for, minhas preces de gratidão.
Incluo todos os que convivem comigo, na vida real e na virtual, inclusive vocês que recebem, lêem e comentam as “ notícias”.
Obrigada por sua companhia e atenção.
Nem tudo serão risos.
A saudade abre espaço por entre os pacotes e preparativos natalinos e nos cumprimenta.
Damos a ela a atenção devida, mas não nos esqueçamos da vida, que segue plena, em dor e alegria, em bem e mal.
O amor, perdição e salvação humanas, é nosso motivo.
Amemos e vivamos. Esta é a parte que nos cabe no universo.
Dou-vos as mãos, espero um abraço, quem sabe um encontro, um alô, e guardo-vos para sempre comigo, como partes irmãs, que somos uns dos outros.
Feliz Natal
Sinos dobram
Luzes piscam
Anunciam as boas novas
Da vida que se renova
Em gestos de amor
Palavras de gratidão
Sinto no ar
Um desejo de encontro
Uma febre de doar
Mãos estendidas
Para os próximos
Olhares e gestos aos distantes
Pensamentos de solidariedade
Cumplicidade humana,
À todos, ainda que desconhecidos.
As ausências se tornam
As mais doloridas presenças
E a noite cai, cálida
Sobre a alegria da festa
Na cabeceira da mesa
A saudade toma assento de honra
Duas lágrimas a celebram
Na espreita, um sorriso escapa furtivo
Acendendo a cor sempre viva da infância
Empurra a melancolia para baixo do tapete
Papai Noel sempre vem
Fazer a alegria da nossa criança.
E é por esta criança que lhes desejo um Feliz Natal, tecido com os melhores sentimentos, bordado de esperança.
Eliane Ratier, dezembro de 2010
É final de ano, tempo de festas, celebrações, Natal.
Ponho no meu fazer, seja ele qual for, minhas preces de gratidão.
Incluo todos os que convivem comigo, na vida real e na virtual, inclusive vocês que recebem, lêem e comentam as “ notícias”.
Obrigada por sua companhia e atenção.
Nem tudo serão risos.
A saudade abre espaço por entre os pacotes e preparativos natalinos e nos cumprimenta.
Damos a ela a atenção devida, mas não nos esqueçamos da vida, que segue plena, em dor e alegria, em bem e mal.
O amor, perdição e salvação humanas, é nosso motivo.
Amemos e vivamos. Esta é a parte que nos cabe no universo.
Dou-vos as mãos, espero um abraço, quem sabe um encontro, um alô, e guardo-vos para sempre comigo, como partes irmãs, que somos uns dos outros.
Feliz Natal
Sinos dobram
Luzes piscam
Anunciam as boas novas
Da vida que se renova
Em gestos de amor
Palavras de gratidão
Sinto no ar
Um desejo de encontro
Uma febre de doar
Mãos estendidas
Para os próximos
Olhares e gestos aos distantes
Pensamentos de solidariedade
Cumplicidade humana,
À todos, ainda que desconhecidos.
As ausências se tornam
As mais doloridas presenças
E a noite cai, cálida
Sobre a alegria da festa
Na cabeceira da mesa
A saudade toma assento de honra
Duas lágrimas a celebram
Na espreita, um sorriso escapa furtivo
Acendendo a cor sempre viva da infância
Empurra a melancolia para baixo do tapete
Papai Noel sempre vem
Fazer a alegria da nossa criança.
E é por esta criança que lhes desejo um Feliz Natal, tecido com os melhores sentimentos, bordado de esperança.
Eliane Ratier, dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Acontecimentos de dezembro
clique na foto para ver o álbum
Bem, foram muitos e bons, mas lhes falo aqui dos que fui.
Aconteceu na Livraria Paraler, do Ribeirão Shopping, dia 03 de dezembro, o lançamento do mais recente livro de Ely Vietez Lisboa, " Tempo de Colher".
Tempo de Colher, é uma coletânea dos textos publicados por Ely no jornal 'A CIdade".
O livro chama a atenção pela qualidade, linda capa, miolo e acabamento.
Dos textos nem lhes conto, eu os coleciono em recortes.Por isso este volume me vem à calhar, autorizando-me a dispensá-los no lixo, com todo o meu respeito, por possuí-los em forma mais organizada de livro.
O texto de Ely é leve e crítico, uma boa conversa com o leitor.
Dia 07 de dezembro o escritor de best sellers, Nicholas Sparks, esteve na Paraler para noite de autógrafos de seu mais recente livro " A última música".
Quando a Marylene me disse que ele viria corri para ler um de seus livros, era a oportunidade para satisfazer a curiosidade sobre seu assunto, seu estilo, que o leva a ser um dos mais vendidos e que leva suas estórias para o cinema, atingindo uma verdadeira multidão.
Confesso que quando cheguei lá, na Paraler, me assustei com a fila de dobrar quarteirão, feita por afoitas moçoilas teenagers, sobraçando grossos volumes, à espera de seu ídolo literário, para uma foto, autógrafo, o que fosse.
Achei que não era a minha praia, mas como , se estava gostando do romance do Nicholas, se ele me dizia coisas vividas e algo esquecidas, se não conseguia largar o livro, como aquelas meninas teriam o meu mesmo gosto por ele.
Olha, tá certo que sou uma eterna adolescente, costumo dizer que parei aos 16, mas mesmo assim era demais para as meninas, livros grossos, assuntos complexos.
Foi Nicholas aparecer e descobri o porquê.
Ele é bonitão e simpático, e atendeu à todas com um sorriso, beijinhos, autógrafos e fotos.
Incansável.
Eu também peguei o meu e agora quero ler outro romance do moço, para ver se descubro qual a receita de tanto sucesso.
" Querido Jonh"- Romance inlargável. Diz ao coração, com lições de vida politicamente corretas que garantem lubrificação dos canais lacrimais. Penso que recomendado para mulheres, homens preferem mais aventura.
Dia 09 de dezembro foi o lançamento da Rita Mourão, "Entre Girassóis, Pedras e Poesia", livro vencedor de mais uma etapa do concurso " Grandes Empresas Na Literatura".
O lançamento foi no café do Pedro II e Rita foi dignamente homenageada por sua linda família, amigos, colegas de trabalho, alunos e admiradores.
Rita tem uma bela trajetória de vida.
A escritora Ely fez a apresentação de Rita e sua entrevista.
Noite agradável, livro bonito, casa especial, gente amiga e feliz.
Beijo em Rita.Parabéns!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Sarau de Natal, Paraler, 08 de dezembro de 2010
clique na foto para ver todo o àlbum
Amigos,
Nosso sarau de Natal é , na realidade, de Ação de Graças.
Alda Poggi e seus cantores, Edson e Fátima enfeitaram a noite com sua música, feita com vontade e arte.
Obrigada amigos.
Deixo para voces o texto de abertura do sarau, uma retrospectiva do ano que se passou.
Relembrando o que foi feito, as pessoas que por aqui passaram, os bons momentos que vivemos, vejo como somos felizes por nos termos e é por isso que agradeço.
Começamos o ano celebrando os 75 anos de Elvis, o rei do rock, que se estivesse entre nós, estaria bombando como ainda faz um dos prícipes, Paul Mac Cartney, remanescente dos eternos Beatles, também homenageados aqui, e que esteve no Brasil em shows sempre lotados, esbanjando uma vitalidade invejável.
Suely Cacita e Flávio Presley nos trouxeram um Elvis ao vivo e à cores, quem viu viveu e reviveu.
Em março nos juntamos ao coro mundial, homenageando as mulheres em seu dia internacional, e foram tantas e lindas escritoras , poetisas, cantoras, que chegaram até nós por intermédio da música de Alda e seus cantores , que hoje também abrilhantam a festa.
Estiveram aqui falando das mulheres e pelas mulheres, Cecília Figueiredo, Mara Senna, Cristiane Bezerra , Adriana Silva, Jair Yanni, Elisa Alderani, Regina..
Em abril começamos à nos preparar para a Feira do Livro, recebendo aqui a homenageada Nádia Gotlib, escritora, especialista em Clarice Lispector, que nos enriqueceu com sua palestra e nos encantou com seu charme.
A Cia Ophélia Camassutti dramatizou textos de Clarice e o nosso amigo Giba do Pandeiro, esta presença sempre boa, veio homenageando o dia do chorinho. Foi um show de chorinho.
Em maio falamos sobre a Espanha, país homenageado pela Feira do Livro. Na ocasião tivemos a parceria do instituto Colon, que nos trouxe a língua espanhola em fala perfeita.
Houve poemas ao pé do ouvido e Lorca com o grupo de teatro de Sertãozinho.
E houve também flamenco e sangria.
Olé!!
Em julho foi a vez dos autores de Ribeirão Preto comentarem sobre a participação na Feira do Livro. Foi um reviver dos bons momentos.
Roberta Galvão, a voz preciosa, de luxo só, veio nos dizer da participação dos músicos no evento, cantando nos presenteou. Presente para os presentes.
Em agosto falamos sobre a Inglaterra, Shakespeare, Byron, realeza, viagem obrigatória realizada e contada em detalhes pelo querido Henrique, e Beatles.
Foi quando tivemos aqui o conjunto dos não músicos capitaneado pelo amigo Miltinho, com a inusitada presença da gaita de Marcus Vinicius, o nosso jovem estudante de medicina, com um pé na ciência e outro na arte.
A Cultura Inglesa, participou trazendo sua teacher para nos dizer poemas em inglês, como deve ser.
Em setembro relembramos Vinícius e os 30 anos de sua morte.
Muitos escritores escreveram para ele, sobre ele, tocados por seus versos, e pela ocasião de sua morte.
Vinícius é infinito pois ainda dura.
Eula Hallack foi a voz da bossa nova, a mensageira do samba, à vontade na praia que é tão sua.
Alessandro Machado, um talento no violão, voltou para nos mostrar a sua arte.
Outubro foi a vez das crianças e dos professores, e tivemos aqui um desfile de jovens talentos, vindos das escolas Metodista, Diva Tarlá e Otoniel Mota.
Os olhos dos professores brilhavam na emoção do momento.
Nelly Cyrino de Melo contou suas estórias da Vó Lili.
O também jovem, Alexandre Borges Garcia, garantiu a animação e pos todos para dançar, os para sempre crianças, que se divertiram usando chapeuzinhos e óculos engraçados, soprando línguas de sogra e lambendo pirulito.
Foi uma festa!!
Em novembro fizemos um sarau dos portugueses,Saramago e Fernando Pessoa.
Fernandinha Abssamra veio nos falar de Saramago, e fez vontades em quem ainda não conhecia o mago das letras.
Os pessoanos declararam seu amor eterno ao mestre, e Pessoa foi dito em prosa e verso, na voz de Zéluiz de Oliveira, discípulo,e de Claudete, pessoana nova, convertida pelo grupo de leitura da Palavra Mágica.
Mágica foi a presença do maestro Paulo Rowlands, e seus jovens cantores, Davi, Bia e Vivi, realizando o meu sonho de te-los aqui.
Foi um sarau diferente pois gravamos um programa piloto para a tv, por iniciativa da produtora Liliane.
E hoje estamos aqui, agradecendo por um bom ano, agradecendo a presença de vocês, renovando laços de amor e amizade, nós que somos confrades da beleza que a literatura e a arte provêem.
Nesta casa que é templo, neste tempo que é de comunhão, abastecemos nosso ser de felicidade que resplandece e nos torna melhores na convivência diária, nos afazeres cotidianos.
Por isso amigos,
Somos fruto do que vivemos, semente do que retemos em essência.
Doemo-nos com amor, porque com amor nos foi dado.
Para que a colheira seja farta, como hoje é.
Sejamos sempre fruto, semente e flor, pelo bem , pelo belo , pelo bom.
Beijos de Natal
Excelente 2011
Eliane Ratier- para o sarau da Paraler, dez de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Bolero de Ravel, Menalton Braff
clique na foto para ver todo o álbum
Foi prá lá de bom, o lançamento do novo romance do escritor Menalton Braff, " Bolero de Ravel", neste sábado último, 27 de novembro, no templo da cidadania.
O lançamento, por si só , já é uma festa, oportunidade de encontros que ocorreram felizes e prazerosos.
Quartin de Moraes, editor da Global, veio renovar o abraço, Galeno Amorim e sua presença simpática e franca, Roseli, Mariângela, Marylene, Mara, Adhemir, Leda, Regina, Cecília, Jair, Helô, Aider, Jeferson, Cris,Sérgio, e uma porção de gente querida.
Como se não bastasse a felicidade do encontro, nos deixamos ficar por ali, no acolhedor espaço do Templo da Cidadania, à beliscar petiscos e bebericar, rindo, fazendo planos e jogando conversa fora.
Do livro, não lhes conto, é preciso que leiam.
Menalton é dono de um estilo único, instigante, com poesia na medida exata, nem meloso, nem seco, coloca pontos de exclamação no cérebro e uma interrogação na testa.
Ainda não terminei, mas dele não direi mais palavra, para não estragar surpresas.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Eu sei que vou te amar ...
clique na foto para ver todo o álbum
Ai o bem que me faz!
Palco. Eu recomendo.
Bem, nem vou dizer como o espetáculo foi lindo e emocionante, até para nós que estávamos envolvidos.
A vida de Vinícius, pensada com detalhes e requintes por André Goy, mostrada em trilha musical, base para a dança de todas as modalidades, clássico, jazz, sapateado e até flamenco, permeada por textos e poemas, complementada por imagens.
A performance artítica de Davi Tostes, nosso ator, também bailarino, que emprestou seu corpo à Vinícius.
O desfile das 9 esposas do poeta eternamente apaixonado.
As crianças e as músicas da Arca de Noé.
Pois é! As crianças deram um show à parte,cantando as músicas e dançando as coreografias que sairam do previsível incorporando gestos inspirados pelas letras das canções.
Desceram para a platéia embasbacando pais, tios e madrinhas.
Estavam foférrimos nos seus ricos figurinos e divertiam-se com isso.
Pintinhos, patos, perús,focas,pinguins, formigas, gatos,corujinhas, galinhas,toda a Arca, enrodilhados num caracol de plena alegria.
Gostoso como chocolate, divertido como pipoca.
O segundo ato, com o elenco adulto, veio cheio de charme em maiôs, chapéus, boys and girls from Ipanema e taps deliciosos,clima de praia, benção de baianas.
Desta vez, foi o público que cantou, letra no telão, " Eu sei que vou te amar", num coral emocionado de quem viveu e fez a história.
Eu estive por lá, no palco, excepcionalmente fora do meu lugar habitual, que é a última fila à esquerda, cheguei até a estar na primeira fila.
Confiança e coragem, minha e do coreógrafo.
Beijo-os todos, meus colegas de palco, meu amado mestre e me despeço com juras de fidelidade e amor total.
Soneto da Fidelidade, Vinícius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo, e sempre e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor, hei de espalhar meu canto
E rir meu riso , e derramar meu pranto
Ao seu pesar, ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive)
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito, enquanto dure
terça-feira, 23 de novembro de 2010
A Arca e o dilúvio
Amigos, mil perdões mas ontem não consegui chegar na "Arca Cultural", fui pega por um dilúvio.
Até pensei em chamar a "Arca de Noé", mas era exatamente por ela que me encontrava naquela situação.
Ficamos ensaiando até um pouco mais tarde nosso imperdível espetáculo sobre Vinícius (... e a "Arca"), e mesmo estando pronta para ir ao evento, tendo colocado combustível no veículo, o que garantiria a chegada, tendo enfrentado a tempestade, assustadora e cegante, tendo achado lugar para estacionar, a chuva não cedeu, nem por um minuto, para que eu descesse do carro e alcançasse meus pares na cerimônia de instalação da Arca Cultural na UNAERP.
Pena, peníssima!
Mas hoje pela manhã já tive notícias do sucesso e da beleza do evento, adornado pelas apresentações do coral da UNAERP e pelos alunos do Otoniel.
Eu perdi a "Arca", não percam " Vinícius",que aporta no teatro municipal nesta quinta e sexta feiras,25 e 26 de novembro, às 20 horas.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
O Barbeiro de Sevilha
Meninos, ontem fui assistir à Ópera O Barbeiro de Sevilha em montagem ousada, inusitada e absolutamente divertida da cia Brasileira de Ópera, novo empreendimento do maestro John Neschling.
A primeira observação é sobre o público. Não é que ontem, apesar do horário do espetáculo, ser 19 horas, ainda dia, o povo estava bonito e arrumado?
É que ir ao Pedro II para espetáculos populares tem ficado tão corriqueiro que esquecemos que é o Pedro II, e só por ser, merece um bom traje. Não, não falo luxo, mas não custa ir mais arrumadinho. Além de Pedro II , foi ópera. Dois bons motivos para melhorar o traje, e agradeço à platéia por me lembrar disso.
Bem , falemos da ópera.
Cantores e orquestra impecáveis, interagindo humoristicamente com um desenho de animação, fazendo as vezes de cenário, de altíssimo nível, cheio de referências contemporâneas.
Figurino na mesma linguagem e a disposição dos cantores, que abraçaram tão boa proposta.
Amei. Deem uma olhadinha no site do ilustrador www.joshuaheld.com
Joshua Held: "Cartoonist, animator, frantic doodler.•••••••••••••Quicklinks:The Santa & Reindeer cartoon joshuaheld White Christmas cartoons the noses inasoni"
A primeira observação é sobre o público. Não é que ontem, apesar do horário do espetáculo, ser 19 horas, ainda dia, o povo estava bonito e arrumado?
É que ir ao Pedro II para espetáculos populares tem ficado tão corriqueiro que esquecemos que é o Pedro II, e só por ser, merece um bom traje. Não, não falo luxo, mas não custa ir mais arrumadinho. Além de Pedro II , foi ópera. Dois bons motivos para melhorar o traje, e agradeço à platéia por me lembrar disso.
Bem , falemos da ópera.
Cantores e orquestra impecáveis, interagindo humoristicamente com um desenho de animação, fazendo as vezes de cenário, de altíssimo nível, cheio de referências contemporâneas.
Figurino na mesma linguagem e a disposição dos cantores, que abraçaram tão boa proposta.
Amei. Deem uma olhadinha no site do ilustrador www.joshuaheld.com
Joshua Held: "Cartoonist, animator, frantic doodler.•••••••••••••Quicklinks:The Santa & Reindeer cartoon joshuaheld White Christmas cartoons the noses inasoni"
sábado, 20 de novembro de 2010
Noite de artes da ALARP
Clique na foto para ver o álbum
Amigos, no dia 10 de novembro, aconteceu no teatro Minaz, mais uma noite de artes da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto, junto com a premiação dos vencedores do concurso de crônicas promovido pela entidade.
Bem, já é a terceira vez que tenho o privilégio de assistir à este espetáculo que me emociona e instrui.
A ALARP congrega artistas de várias áreas o que confere às suas mostras uma rica e encantadora diversidade.
O teatro Minaz recebe a Academia pela segunda vez, e deixe-me falar um pouquinho dele.
Quando eu o conheci, nos tempos quando minhas meninas freqüentavam o coral da Cia Minaz, ele não era um teatro. Era um sonho de teatro, alimentado diariamente por seus idealizadores, Gisele Ganade, a maestrina, e Ivo D'Acol.
O grupo onde as meninas tiveram seus primeiros contatos musicais, os Meninos Cantores, ainda existe, o que não existe mais é o sonho do teatro, pois este se fez realidade.
O teatro Minaz é de uma atmosfera aconchegante, simples e completo. Tem um charme único, acentuado por sua história.
Foi com imenso prazer e emoção que subi ao seu palco para ser premiada pela quarta colocação no concurso de crônicas da ALARP.
Prazer porque todo palco é para mim templo sagrado, ainda mais aquele que vi nascer.
Emoção pois recebi o prêmio das mãos da própria Gisele, ela que me proporcionou o encanto de ver as filhas cantando.
Alguns podem achar que o quarto lugar é um quase nada, mas eu considero este o prêmio mais importante da minha ainda jovem carreira de escritora, pois foi concedido por uma comissão julgadora de comprovada competência.
Estando entre os premiados estou entre colegas que são muito bons, mestres em sua arte, Rita Mourão , Israel e Mara Senna.
Estando na noite de artes, estive entre amigos queridos, artistas encantadores, que marcaram com suas belíssimas apresentações, o meu momento.
O coral dos Meninos, cantou o que ouvia da boca das minhas meninas, hoje adultas, levando-me à uma viagem ao passado, onde éramos tão felizes e nem sabíamos.
Nely,pos a Felicidade de Vicente de Carvalho, no lugar onde estávamos, mais tarde rodopiou pelo palco, rodando a saia , brilhando a tiara, em passos de menina.
Jair, convidou o Barão e a Duquesa para reviver um tempo que não há mais, o tempo das gentilezas.
Djalma, cada vez mais dedicado e afinado com esta sua nova vertente artística, o canto, nos mostrou um clássico da música americana.
Gustavo Molinari e Edy Lemos,tocaram divinamente, as músicas clássicas que me dão ímpetos de encarnar a bailarina, e relembraram junto com Gilda Montans, a anfitriã, e Meire Genaro,as melodias de Belmácio, que trinaram na voz do jovem e talentoso tenor.
E de repente não estávamos mais ali, tudo era outro tempo fora do tempo presente, tempo que não mais existe, existente só para nós, os privilegiados viventes, escolhidos para passar algumas horas fora do planeta, em órbita onírica.
A todos meus agradecimentos pelo prêmio e pela noite maravilhosa.
Beijos de amor total.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Núcleo da UBE Ribeirão Preto
Menalton Braff, Eliane Ratier, Mara Senna, Regina Baptista
Fundação do Núcleo de escritores, filiado à UBE, União Brasileira de Escritores, de Ribeirão Preto.
É com grande alegria que comunico a fundação do Núcleo da UBE em Ribeirão Preto, que ocorreu em 15 de novembro de 2010, às 16 horas, na Livraria Paraler, tendo como membros fundadores os escritores Menalton Braff, Roseli Braff, Mara Senna, Regina Baptista,Ely Vieitez e Eliane Ratier.
O Núcleo de Ribeirão vem somar forças à UBE em seu trabalho de divulgação da literatura nacional, promoção da leitura e aprimoramento profissional dos escritores, enaltecendo sua função representativa dos escritores brasileiros em todas a instâncias públicas e privadas, em âmbito nacional e internacional.
Eliane Ratier- coordenadora do Núcleo da UBE, Ribeirão Preto
É gente, agora sou uma ativista com cargo.
Saúde e vida longa ao Núcleo da UBE
Deixo aqui o endereço da UBE, para os interessados: www.ube.org.br
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Sarau Paraler- portugueses- Saramago- Pessoa
clique na foto para ver todo o àlbum
Amigos, o sarau dos Portugueses foi especialíssimo.
Liliana, amiga, atualmente produtora, picou-nos com a idéia de gravar, na Paraler, um programa de tv, e escolheu o momento do sarau para fazer a filmagem inicial, o programa piloto, como eles dizem.
E ali estávamos nós, com duas câmeras fixas, e mais duas móveis, imprensa, microfones e nova disposição de platéia, para fazer acontecer.
E aconteceu.
Fernanda Absamra ( escrevo mil vezes seu nome e sinto que me enganei mais uma vez), minha sobrinha por afinidade, jovem estudante de letras da Unesp de Araraquara, brindou-nos com seu conhecimento e opiniões sobre Saramago, seu objeto de estudo no curso.
Contou-nos sobre o desejo de fazer letras pelo conhecimento de gramática e sua rendição à literatura com a escolha de Saramago.
Fernando Pessoa mereceu opinião profissional da dra Célia Bianco, psiquiatra, que discorreu sobre os heterônimos à luz da ciência, enriquecendo com saberes a nossa noite.
Zéluiz de Oliveira, geminiano e pessoano, brindou-nos com seu conhecimento de Fernando Pessoa e poemas escolhidos com o coração, para o nosso deleite.
Os nossos músicos foram encantadores.
O maestro Paulo Rowlands,por quem tenho grande admiração, atendeu gentilmente ao convite e nos trouxe seus alunos de canto, Bia Junqueira, Davi Tostes e Vivi Reis, que com sua arte, deixaram os presentes flutuando à dois palmos do chão.
A beleza aconteceu desconhecendo limites, estendendo-se musical como um presente, em cada canção.
Os amigos Claudete, contaminada por Fernando Pessoa através do clube de leitura da Palavra Mágica, e Regina Baptista, escritora, deram seus depoimentos sobre o homenageado.
No mais, tudo lindo!
Abençoados por Saramago (que recebia na mesma data homenagem em São Paulo, durante a entrega do prêmio Jabuti) e por Fernando Pessoa, de quem seremos discípulos para sempre, celebramos mais este feliz encontro.
Obrigada, de coração aberto, à todos que fizeram a mágica acontecer.
Beijos em todos
Fernanda Absamra, Bel,Ana Chaves, Caio, Regina, Regina Matiello, dra Célia, Zéluiz, Davi, Vivi, Bia, maestro Paulo, Claudete, Mari, Hedy, Liliana, Marylene, Adriana, Nely,Gilberto,Toninho, Guilherme, Grace, Manoel Simões, Ferriani, Cristiane, Henrique
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Organizando a festa do Sarau Paraler
Ainda falando em festas...Existe uma sensação que é inevitável, a ansiedade.
Não dá, a gente só pensa na festa,a vida para em função da festa, não vê a hora de chegar, e mesmo assim dá um frio na barriga só de pensar.
Estou aqui à todo vapor organizando nossa festa de amanhã, porque é assim que eu trato os Saraus da Paraler, uma boa festa para receber os amigos, com detalhes que os agradem e agradando-os me agrado.
Para voces deixo o poema A Festa que foi escrito por ocasião do lançamento do meu livro , quando preparava sua festa.
Beijos e apareçam no sarau.
A FESTA
Tenho a cabeça nas nuvens
E os pés acima do chão.
Erro os caminhos,
Mudo de direção.
Tenho delírios e medo,
O coração prenhe,
Segredos a vazar pelos olhos
Que pedem que espere.
Aguardo o dia certo.
Será cumprida a promessa?
Quem virá para perto?
Quem partirá com pressa?
Quem aproveitará a festa?
Quem dirá não?
Quem se renderá à inveja?
Quem chorará de emoção?
Quem guardará para mim
O beijo de boa sorte,
Dois dedos de prosa antes de dormir,
E da própria taça, o último gole?
Eliane Ratier
domingo, 7 de novembro de 2010
Festas
Festas são eventos ambíguos, comida boa sem mesa para sentar, ótima música sem companhia para dançar, bons amigos sem conseguir conversar, silêncio constrangido de quem não tem o que falar.
Mas no fechamento da conta, noves fora zero, se você não for o anfitrião, há grande possibilidade de lucro. Caso você seja o patrocinador da festa , nada é garantido na equação custo/benefício.
Nesta semana foi o aniversário de um amigo querido que, sem festa oficial, recebeu valiosos presentes em forma de carinho.
Deixo para voces o poema sobre aniversário e prometo continuar o papo assim que a ressaca passar. Beijo
Aniversário
Hoje é teu aniversário
Trago as mãos vazias
E o coração cheio de gratidão
Por mais este ano na tua vida.
Os desejos são os de sempre:
Paz, amor, saúde, harmonia.
Bons, como tudo que se deseja
À quem se ama.
E se algo não saiu como o planejado,
Não se aborreça,
Talvez seja pouco o que desejas.
Mereces mais do que planejas.
A vida
Nos enche de presentes
É só escolher
E colher.
Sopro as velinhas.
Canto “Parabéns”.
Parto o bolo.
Ano que vem , tem tudo outra vez.
Eliane Ratier
Mas no fechamento da conta, noves fora zero, se você não for o anfitrião, há grande possibilidade de lucro. Caso você seja o patrocinador da festa , nada é garantido na equação custo/benefício.
Nesta semana foi o aniversário de um amigo querido que, sem festa oficial, recebeu valiosos presentes em forma de carinho.
Deixo para voces o poema sobre aniversário e prometo continuar o papo assim que a ressaca passar. Beijo
Aniversário
Hoje é teu aniversário
Trago as mãos vazias
E o coração cheio de gratidão
Por mais este ano na tua vida.
Os desejos são os de sempre:
Paz, amor, saúde, harmonia.
Bons, como tudo que se deseja
À quem se ama.
E se algo não saiu como o planejado,
Não se aborreça,
Talvez seja pouco o que desejas.
Mereces mais do que planejas.
A vida
Nos enche de presentes
É só escolher
E colher.
Sopro as velinhas.
Canto “Parabéns”.
Parto o bolo.
Ano que vem , tem tudo outra vez.
Eliane Ratier
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Autor no Parque- 24 de outubro-Otoniel Mota
clique na foto para ver todo o álbum
Amigos, esta edição do Autor no Parque foi especial.
Recebemos a escola Othoniel Mota, que escolheu o espaço do parque Maurílio Biagi para encerrar o seu projeto "Combinando Palavras com Murilo Mendes".
O projeto " Combinando Palavras" é coordenado pelos professores, Heloísa Martins Alves e Ricardo Franzin.
À cada ano os alunos estudam um poeta, sua vida e obra, e fazem sua própria produção poética, que é transformada em livro.
O projeto tem apoio de várias entidades.
Sensacional!!
É uma atividade que amplia o universo cultural do aluno e o promove à escritor com direito à publicação e tudo.
E foi neste domingo, no "Autor no Parque" que se deu a festa destes neoescritores.
O coral da Wandinha ( chamo assim, carinhosamente, pois não sei seu nome ao certo), composto de animadas senhoras, abriu o evento, que teve música, violão, violino, canto e declamação de poemas pelos animados e envolvidos alunos do Othoniel.
A profa Helena, que representava a secretária de educação e a prefeita fez um discurso emocionado que atingiu à todos, alunos, público, fomos todos tocados por sua emoção.
Os escritores se fizeram presentes para dar as boas vindas aos escritores recém nascidos.
E foi assim que Adélia, Mara, Leda, Nelly, Nilton e Helena Agostinho os saudaram.
Estavam ali, fazendo coro, o escritor Adhemir, Elisa Alderani, Wanda Duarte e Edina.
Edwaldo Arantes, do Instituto do Livro,recebeu os agradecimentos pelo apoio e pela iniciativa louvável do Ponto de Leitura, tornando o livro peça importante e cotidiana da vida das pessoas.
Nada disso seria possível sem o comprometimento dos professores com a causa.
Abraço-os todos, Heloísa, Ricardo, Anelise, Ronaldo, com minha sincera admiração e respeito por seu trabalho que vai além da obrigação.
Na escola, por suas mãos, despontam os talentos, e eu os reconheço.
Aos alunos do Othoniel, meus parabéns, e meu desejo de perseverança.
É nesta juventude participativa que reside o futuro.
Beijo-vos, grata.
Domingo que vem não tem "Autor no Parque", é eleição, nos encontramos então em 07 de novembro.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Autor no Parque 17 de outubro
clique na foto para ver o álbum, a maioria das fotos é dos " amigos da fotografia"
Bem, queridos, cada dia é um dia, com suas surpresas e encantos. Como diz nosso amigo Nicolas Guto, " Dê uma chance para a poesia".
E foi pura poesia poder revisitar o passado na produção para fotos de época que os Amigos da Fotografia fizeram comemorando o lançamento do livro "O Passado Manda Lembranças", no espaço do Parque Maurílio Biagi, junto com o evento do Autor no Parque, sob a batuta do mestre Tórtoro.
A poetisa Adélia Ouêd falou um pouquinho dos seus 50 anos de carreira como escritora, o prof Nilton falou da Ribeirão imortalizada nos cordéis, assim como nas fotos dos amigos, que não mais existe e eu levei para o nosso varal, poemas de Adélia Prado e meus sobre o tempo.
Foi uma manhã bem agradável e diferente, até eu entrei na dança e fiz minhas fotos à caráter.
Ponto de encontro, o Autor no Parque, proporciona abraços em gente querida como a Cris ,a Elza, os Amigos da Fotografia, os Guilhermes.
A Helô apareceu por lá para finalizar os detalhes, e eu vos antecipo o convite.
Neste próximo Autor no Parque
dia 24 de outubro
11 horas
Parque Maurílio Biagi
Encerramento do projeto Combinando Palavras do colégio Otoniel Mota, com a presença dos alunos que receberão sua premiação pelo trabalho, honrando o espaço dos autores com a presença de, quem sabe, novos escritores.
Apareçam para prestigiar, apareçam para trocar idéias e viver bons momentos.
Vos espero e deixo aqui, para voces, meu poema "Tempo"
centésimos de segundo decidem uma vitória ou a vida
sessenta segundos fazem um minuto, tempo de dois comerciais na tv
sessenta minutos, uma hora, tempo pouco , tempo á beça, depende se passa ou espera
vinte e quatro horas são um dia, um dia ganho, ou perdido, segundo seu horóscopo ou biorritmo
sete dias é uma semana, muito tempo para estar longe de quem se ama
quatro semanas um mês, ciclo feminino, mágico, lunar
nove meses, gestação, a maravilhosa aventura de gerar vida
doze meses, um ano, o primeiro ano, aniversário
dez anos uma década, muda moda, muda tudo, vai e volta
quinze anos, debutante, estreante num mundo assustador e deslumbrante
dezoito anos, maioridade, liberdade em forma de quatro rodas e um volante
vinte e um anos, pátrio poder, responsabilidade total por seus atos, inclusive o de casar ou falir
vinte e cinco anos, bodas de prata, sucesso
cinquenta anos, jubileu de ouro, sobrevivência
setenta e cinco anos,sorte
cem anos, centenário, rara idade, reverenciada raridade
Tanto tempo!
e você, nem prá me dar uma ligadinha...
domingo, 17 de outubro de 2010
Notícias Poéticas- outubro de 2010
Notícias poéticas- outubro de 2010
Minha cidade é um jardim comunitário, um pomar público.
Há mangueiras pejadas de frutos que amadurecem róseos.
Invejo os que passam à pé, e desejo que os alcancem por mim, que tenho andado cotidianamente motorizada.
Pitangas, amoras e jabuticabas escondidas nos quintas, espalham seus frutos por sobre os muros, através das grades, nas calçadas, nas guias rebaixadas, como pistas, atiçando nosso desejo de as buscar.
Requintadas e misteriosas romãs ocultam suas sementes sensualmente meladas, por entre as folhagens de antigos jardins.
Numa rua são Manacás que perfumam sorrateiros o ar, noutra atordoantes Damas da Noite embriagam os passantes.
Flamboyans insinuam seus borrões de vermelho sangue, vida por entre o verde novo.
A escandalosa Sapucaia tinge com flores rosa o chão da praça, e os Jacarandás, discretos, providenciam um fino tapete lilás sob si.
Reinam absolutos os amarelos das Sibipirunas enlouquecendo os varredores das ruas, pintando de alegria o caminho do trabalho, lembrando que a vida continua, forte, linda e indomável apesar do nosso descaso e de nossa sede por poder e controle.
Penso naqueles que plantaram as sementes sem ver as flores nem os frutos, apenas cumprindo sua função de plantar, e em nós, que usufruímos deste presente sem deles nos lembrar.
Ofereço-lhes uma prece de gratidão.
Beleza é alimento tão essencial quanto o pão.
Aproveitem este outubro florido, saiam à passeio, alimentem-se de beleza.
Quebrando a tradição, deixo para vocês um trecho de poema antigo, do livro Estréia Poética, que foi inspirado nas Sibipirunas floridas da avenida 9 de julho, aqui de Ribeirão Preto, onde eventualmente faço minhas caminhadas sobre o lodo amarelo das flores pisadas.
Aniversário de casamento- trecho
Meu amor é tão grande
Que não cabe no peito
Desmonta os montes
Floresce no arvoredo
Escapa pelas frestas
Consome
E nada resta.
Eliane Ratier
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
autor no Parque- 10 de outubro
clique na foto para ver o álbum
Amigos, neste pré dia da criança, 10 de outubro o Autor no Parque recebeu, à convite da nossa amiga Leda Pereira, a visita da academia de dança Raquel Ellen.
Os bailarinos nos brindaram com sua arte e chamaram a atenção do público que foi ficando para ouvir as poesias.
Leda e Helena distribuiram textos, eu coloquei poemas sobre/para e pela infância no varal, o prof Nilton Manoel lembrou Ribeirão do passado num de seus cordéis e os distribuiu á platéia, o poeta Toledo deu seu recado e até o ator Bruno participou com a leitura de poemas escolhidos.
Bem e assim tem acontecido nosso espaço dos autores no parque Maurílio Biagi.
Neste domingo , 17 de outubro, teremos a visita dos Amigos da Fotografia, que prometem fazer fotos de época, ali no parque, para comemorar o lançamento do livro "O passado manda lembranças"
Bom programa, apareçam!
Autor no Parque
todos os domingos
11 horas
Parque Maurilío Biagi
Obs; neste domingo os amigos da fotografia estarão lá desde as 9 horas
Deixo-vos como lembrança da infância, um meu poema chamado Menina
Hoje me sinto menina
Quero ficar quieta
Meus olhos à observar da janela
A semente que brota pequenina
Deixo que cuidem de mim
Me carreguem num passeio
Não importa o meio
Carro , bicicleta, patim
Meu vestido florido roda
E com ele espalho um jardim
Cheiro de primavera
Vou brincar sim!
Sei que é um sonho
Do qual não quero acordar
Vou vivê-lo
Só por esse dia, enquanto durar
Esta aura de inocência
Este doce entardecer
As flores da saia
A menina que você vê
...
À lápis traço um sorriso
Na garatuja do espelho
Acordo crescida
E de batom vermelho
Eliane Ratier
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Ainda o Sarau- agradecimentos
Meninos, agora quero falar e agradecer á cada um dos participantes de maneira especial.
Primeiro à Marylene da Paraler que oferece o espaço para as nossas reuniões e da equipe que sai correndo para nos atender á cada pedido, nela inclusos a Luiza , o Marcos, a Rita, o Alê, a Grace da assessoria, o Henrique do marketing, enfim todos os funcionários que colaboram e participam da festa.
Agora ao nosso músico da vez, o agraciado com tantos nomes artísticos, Alexandre Borges Garcia, que mesmo recém chegado, aceitou o convite para nos entreter durante o sarau.
Digo que o Alexandre é especial, ele é advogado, gosta e estuda música desde menino e é ligado à movimentos de jovens na igreja. Tenho certeza que é daí que vem sua energia contagiante e envolvente. Foi um grande prazer tê-lo conosco. Espero que volte. Obrigada.
Á minha amiga Maris, que junto com as professoras do Diva Tarlá, escola pública estadual detentora da única sala de leitura do município, que se esforça por incentivar os talentos nascentes e trazê-los à luz para apreciação sempre que possível.
O pessoal do Diva leu poemas da nossa amiga escritora Helena Agostinho, valorizando ainda mais a sua participação e trouxe o Rafael, um talento musical autodidata, que soltou a voz com vontade e nos deixou entusiasmados com seus planos.
Veio também uma jovem representante da Casa do Poeta que declamou um dos poemas de Nelly Cirino de Mello, que fala do ofício do professor e do qual gosto muito.
Obrigada, de coração.
Á amiga Rita Mourão,que não pode estar presente no evento por conta de um repouso forçado, mas que com sua dedicação nos proporcionou momentos de ternura ao trazer os jovens talentos da escola Metodista, que lançaram um livro com sua produção literária e deram o seu recado como gente grande.
As crianças ao verem os poemas impressos para a distribuiçaõ junto ao público, correram para copiar os seus e ofertá-los também. O Caio até ficou para me ajudar á distribuí-los.
Para Rita, meus desejos de melhora e meu beijo de gratidão rescendente à poesia de suas crianças.
Á querida e sempre atuante Heloísa Martins, do Otoniel Mota, que também tem livro com produção dos alunos,e que se fez acompanhar por seus alunos encantadores e surpreendentes.
O Matheus, com leitura de produção própria, intensa. A Klívia, toda charmosa que leu um poema escolhido e o Binho que nos surpreendeu com sua fala de improviso sobre a importância do convívio familiar, um talento da oratória.
Para você, amiga, meu abraço de admiração e de felicidade pelo encontro.
E para Nelly, esta nossa escritora, tão artista que nos presenteou com uma de suas histórias, e nos deixou com vontade de ficar por ali, só ouvindo e imaginando e entrando na roda e pedindo bis por mais histórias e histórias,e de quebra falou sobre a participação dos netos na produção do livro, com ilustrações, comentários e nas fotos da capa.
Obrigada,querida,pelo presente da tua boa companhia.
Enfim, agradecimentos feitos, coração radiante, e feliz por tê-los como parceiros de toda hora, beijo-vos e espero pela próxima.
Primeiro à Marylene da Paraler que oferece o espaço para as nossas reuniões e da equipe que sai correndo para nos atender á cada pedido, nela inclusos a Luiza , o Marcos, a Rita, o Alê, a Grace da assessoria, o Henrique do marketing, enfim todos os funcionários que colaboram e participam da festa.
Agora ao nosso músico da vez, o agraciado com tantos nomes artísticos, Alexandre Borges Garcia, que mesmo recém chegado, aceitou o convite para nos entreter durante o sarau.
Digo que o Alexandre é especial, ele é advogado, gosta e estuda música desde menino e é ligado à movimentos de jovens na igreja. Tenho certeza que é daí que vem sua energia contagiante e envolvente. Foi um grande prazer tê-lo conosco. Espero que volte. Obrigada.
Á minha amiga Maris, que junto com as professoras do Diva Tarlá, escola pública estadual detentora da única sala de leitura do município, que se esforça por incentivar os talentos nascentes e trazê-los à luz para apreciação sempre que possível.
O pessoal do Diva leu poemas da nossa amiga escritora Helena Agostinho, valorizando ainda mais a sua participação e trouxe o Rafael, um talento musical autodidata, que soltou a voz com vontade e nos deixou entusiasmados com seus planos.
Veio também uma jovem representante da Casa do Poeta que declamou um dos poemas de Nelly Cirino de Mello, que fala do ofício do professor e do qual gosto muito.
Obrigada, de coração.
Á amiga Rita Mourão,que não pode estar presente no evento por conta de um repouso forçado, mas que com sua dedicação nos proporcionou momentos de ternura ao trazer os jovens talentos da escola Metodista, que lançaram um livro com sua produção literária e deram o seu recado como gente grande.
As crianças ao verem os poemas impressos para a distribuiçaõ junto ao público, correram para copiar os seus e ofertá-los também. O Caio até ficou para me ajudar á distribuí-los.
Para Rita, meus desejos de melhora e meu beijo de gratidão rescendente à poesia de suas crianças.
Á querida e sempre atuante Heloísa Martins, do Otoniel Mota, que também tem livro com produção dos alunos,e que se fez acompanhar por seus alunos encantadores e surpreendentes.
O Matheus, com leitura de produção própria, intensa. A Klívia, toda charmosa que leu um poema escolhido e o Binho que nos surpreendeu com sua fala de improviso sobre a importância do convívio familiar, um talento da oratória.
Para você, amiga, meu abraço de admiração e de felicidade pelo encontro.
E para Nelly, esta nossa escritora, tão artista que nos presenteou com uma de suas histórias, e nos deixou com vontade de ficar por ali, só ouvindo e imaginando e entrando na roda e pedindo bis por mais histórias e histórias,e de quebra falou sobre a participação dos netos na produção do livro, com ilustrações, comentários e nas fotos da capa.
Obrigada,querida,pelo presente da tua boa companhia.
Enfim, agradecimentos feitos, coração radiante, e feliz por tê-los como parceiros de toda hora, beijo-vos e espero pela próxima.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Sarau Paraler- Crianças e mestres
clique na foto para ver o àlbum
Aconteceu neste dia 05 de outubro, mais uma edição do sarau Paraler, na livraria Paraler do Ribeirão Shopping, desta vez homenageando as crianças e seus mestres.
Gosto muito de poder fazer este sarau temático e colocar em foco os jovens talentos que florescem incentivados por seus professores,apoiados por seus pais, valorizando os envolvidos.
Desta vez tivemos a participação das escolas Diva Tarlá, Metodista e Otoniel Mota, e apresentação por seus responsáveis, respectivamente, Maris Ester, Luciana e Rita Mourão e Heloísa dos trabalhos realizados nas escolas.
Foi emocionante ter ali gente envolvida e comprometida com o futuro.
Nelly Cyrino de Mello, contou história do livro da Vó Lili, e Alexandre Borges Garcia, o artista, animou a festa com os temas musicais infantis que nos falaram ao coração.
Deixo aqui o texto roteiro que guiou a apresentação e volto para comentar cada tópico, porque foi uma delícia. Beijos nos parceiros que fizeram acontecer.
Sarau das crianças- Paraler- 05 de outubro
“ Oh! que saudades que tenho da aurora da minha vida da minha infância querida que os anos não trazem mais!”
Não tenho saudades da infância porque arranjei um jeito , embora de maneira tardia, de traze-la comigo, dentro de mim, e este jeito não é nenhum segredo: eu brinco.
Faço das palavras meu brinquedo e deste nosso encontro uma festa, um chá de bonecas, um jogo de gude, uma roda de bafo , onde trocamos figurinhas.
A infância é tempo mágico, onde os protagonistas ignoram o fato.
Criança não sabe que é criança, acha que é gente.
Criança não é pequena, o mundo é que é grande.
Criança não inventa moda, ela experimenta.
Não é que criança não saiba nada, ela descobre tudo á cada dia de novo, e maravilha-se e deslumbra-se e acha lindo um quase nada e é capaz de achar feio o ouro.
Criança acredita.
Criança é um poeta em estado bruto e é poesia sempre.
Por isso recomendo que se escutem as crianças, conversem com elas, saibam o que elas pensam . Talvez seja necessário corrigir o rumo do mundo.
A criança merece respeito e cuidado. Elas são o futuro e nos darão o que de nós receberem, na mesma medida.
É preciso cuidado na educação.
Criança não faz o que se fala mas faz o que se faz. Aprende mais pelo exemplo do que pelas palavras.
Sejamos então bons exemplos, acompanhados de boas e belas palavras.
Palavras de incentivo, de gentileza, de bondade e de amor.
Os pais são os primeiros educadores das crianças. Cuidam fisicamente delas e lhes passam seu modo de vida, cultura, valores, conhecimentos específicos.
Os professores são os educadores da vida toda. Ninguém sabe o fruto da semente lançada em tão fértil terreno.
Ninguém avalia a força que tem a palavra do mestre, do professor, o quanto ela é capaz de construir ou destruir.
Por isso rendo homenagens aos professores, que conseguem enxergar em seus alunos as potencialidades, sejam lá quais forem , uma habilidade manual, artística, técnica, de relacionamento, e os motivam á desenvolve-las, dando à este aluno, este ser em formação, confiança e coragem no seu destino e no seu futuro.
Assim, beijo as crianças, porque são fofas e porque já fomos assim, e em algum lugar de nós ainda somos, e merecemos ser beijados e abraçados e acarinhados, como crianças.
Beijo os mestres oficiais, que mantém o conhecimento vivo e pulsante, por força de ofício, e os mestres ocasionais, eventuais e cotidianos que todos somos quando nos dispomos á trocar experiências e nos abrirmos para o novo.
Desejando que cada um possa amar sua criança, me despeço.
Eliane Ratier, para o sarau Paraler- outubro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
CPFL cultural
Amigos, outro bom programa foi a CPFL cultural deste último dia 28.
Foi minha primeira vez lá.
É tudo muito bonito, organizado e acolhedor.
A CPFL está promovendo uma série de leituras dramáticas com atores de São Paulo, que já realizam este trabalho, O "Letras em Cena", no MASP, às segundas feiras.
Vieram Elke Maravilha, Clóvys Tôrres e o diretor Rubens Curi, para ler " O sonho de um homem ridículo " de Dostoiévsky.
De temática clássica e universal, o conto adaptado para o teatro,é por demais atual e como todo teatro, nos confronta conosco através dos personagens.
Elke é a figura querida de sempre, Clóvis é dono de uma bela voz e Rubens, o diretor, é o responsável para que tudo aconteça no tom, no clima por ele planejado.
Além do evento em si, havia gente querida, abraços, encontros, palavras no entorno.
Não percam os próximos. Eu, não vou perder.
http://www.cpflcultura.com.br/site/2010/08/02/o-sonho-de-um-homem-ridiculo-3/
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Fernando Fiorese no serão do Cauim (Menalton)
Gente! Isso aqui tá ficando muito bom!
Choveu e esfriou mas fomos lá conhecer o poeta de Minas.
Bem,o Bossa Nossa, o delicioso coro cênico que voces conhecem, e quem não conhece que corra para conhecer, fez a abertura, com trechos do seu espetáculo sobre Adoniram.
Nas vozes visitamos lugares e tempos outros em pleno encantamento.
Uma das que mais gostei foi Vila Esperança. Deêm uma olhada na letra.
Invocou-me sensações que eu vivi, ou que imaginei viver, e que infelizmente, ou sabe se lá o quê, as filhas não viverão. Poderão elas imaginar?
Vila Esperança
(ADONIRAN BARBOSA / MARCOS CÉSAR)
Vila Esperança, foi lá que eu passei
O meu primeiro carnaval
Vila Esperança, foi lá que eu conheci
Maria Rosa, meu primeiro amor
Como fui feliz, naquele fevereiro
Pois tudo para mim era primeiro
Primeira rosa, primeira esperança
Primeiro carnaval, primeiro amor criança
Numa volta no salão ela me olhou
Eu envolvi seu corpo em serpentina
E tive a alegria que tem todo Pierrot
Ao ver que descobriu sua Colombina
O carnaval passou, levou a minha rosa
Levou minha esperança, levou o amor criança
Levou minha Maria, levou minha alegria
Levou a fantasia, só deixou uma lembrança
Bom, depois do Bossa, foi a hora e a vez do escritor e professor Fernando Fiorese falar.
Fernando leu seus poemas e os comentou ilustrando, elucidando, dando-nos pistas de seus significados reais.
Depois comentou, ao responder perguntas, sobre a mineiridade múltipla( uai, minero num é tudo igual não, sô!), sobre as muitas vozes que o autor pode emprestar de seus personagens, sobre suas influências, carreira, e teoria literária.
Super bom, muito proveitoso e instigante.
Deixo com voces um poema do Fernando Fiorese.
Mes que vem tem mais serão literário.
NELSA, ENQUANTO COSTUREIRA
De corpo entendo.
O que me escapa
são os remendos
que amiúde pedem,
como se eu pudesse
costurar para dentro.
Um alfinete
é a dor que posso.
De roupa entendo.
O que me espanta
é porque tão ciosas
de esconder a nódoa,
quando um corpo
existe pelas dobras.
Um alfinete é pouco
para ensiná-las.
Choveu e esfriou mas fomos lá conhecer o poeta de Minas.
Bem,o Bossa Nossa, o delicioso coro cênico que voces conhecem, e quem não conhece que corra para conhecer, fez a abertura, com trechos do seu espetáculo sobre Adoniram.
Nas vozes visitamos lugares e tempos outros em pleno encantamento.
Uma das que mais gostei foi Vila Esperança. Deêm uma olhada na letra.
Invocou-me sensações que eu vivi, ou que imaginei viver, e que infelizmente, ou sabe se lá o quê, as filhas não viverão. Poderão elas imaginar?
Vila Esperança
(ADONIRAN BARBOSA / MARCOS CÉSAR)
Vila Esperança, foi lá que eu passei
O meu primeiro carnaval
Vila Esperança, foi lá que eu conheci
Maria Rosa, meu primeiro amor
Como fui feliz, naquele fevereiro
Pois tudo para mim era primeiro
Primeira rosa, primeira esperança
Primeiro carnaval, primeiro amor criança
Numa volta no salão ela me olhou
Eu envolvi seu corpo em serpentina
E tive a alegria que tem todo Pierrot
Ao ver que descobriu sua Colombina
O carnaval passou, levou a minha rosa
Levou minha esperança, levou o amor criança
Levou minha Maria, levou minha alegria
Levou a fantasia, só deixou uma lembrança
Bom, depois do Bossa, foi a hora e a vez do escritor e professor Fernando Fiorese falar.
Fernando leu seus poemas e os comentou ilustrando, elucidando, dando-nos pistas de seus significados reais.
Depois comentou, ao responder perguntas, sobre a mineiridade múltipla( uai, minero num é tudo igual não, sô!), sobre as muitas vozes que o autor pode emprestar de seus personagens, sobre suas influências, carreira, e teoria literária.
Super bom, muito proveitoso e instigante.
Deixo com voces um poema do Fernando Fiorese.
Mes que vem tem mais serão literário.
NELSA, ENQUANTO COSTUREIRA
De corpo entendo.
O que me escapa
são os remendos
que amiúde pedem,
como se eu pudesse
costurar para dentro.
Um alfinete
é a dor que posso.
De roupa entendo.
O que me espanta
é porque tão ciosas
de esconder a nódoa,
quando um corpo
existe pelas dobras.
Um alfinete é pouco
para ensiná-las.
Autor no Parque- 26/09
clique na foto e veja o álbum
Meninos, nem a chuva empanou nosso brilho!
Foi assim, choveu e como uma benção, ainda chove, mas aos autores se reuniram da mesma forma, com ligeiro deslocamento de lugar.
O Instituto do Livro achou melhor não montar as barracas de troca de livros e dos contadores, por conta do binômio perigoso, livro X umidade, então ficamos por ali mesmo na lanchonete, abrigadinhos da chuva.
Estávamos, eu , Tadeu Ricci, Helena Agostinho, Leda Pereira, Adhemir Martins e o amigo ator Bruno.
Por uma iniciativa da Leda começamos à ler textos nossos e de outros autores.
Fizemos uma roda de poesia.
Helena e Bruno arriscaram uns passos de dança, e se saíram maravilhosamente bem, alegrando nosso encontro.
A platéia flutuante, ia e vinha à lanchonete, parava para uma espiada e seguia em frente, mas o nosso recado foi dado, e mesmo com chuva, agregamos beleza em forma de palavras, ao já belo lugar.
Domingo que vem tem mais, mesmo com eleição.
Estão todos convidados
Autor no Parque
domingo, 11 horas
parque Maurílio Biagi
Deixo aqui um dos meus poemas lido na ocasião e que fala , de alguma forma, sobre as eleições.
Notícias Poéticas- outubro
É outubro...
Oro devoto à Nossa Senhora,
Padroeira da Pátria.
Peço paz ao país,
Peço o fim
Das guerras informais, políticas e imorais
De grande alcance e longa duração.
Valei-me Nossa Senhora!
Valei-me todos os santos de plantão!
Ou sem lágrimas ficarei
E adentrarei Novembro,
Olhos secos de emoção.
Eliane Ratier
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Autor no Parque- 19 de setembro
clique na foto para ver todo o álbum
Aconteceu no Autor do Parque, domingo passado.
Levei alguns poemas infantis para dizer para as crianças que estavam com os contadores e os coloquei no varal poético.
Cecília Meireles e Vinícius de Moraes foram os escolhidos.
Saudei a primavera com um poema próprio.
O prof Nilton Manoel montou no varal, uma pequena exposição sobre o Cordel.
Wanda Duarte e Elisa Alderani levaram sua produçaõ para apreciaçaõ do público.
Aprendi, como sempre.
O prof Nilton, presenteou uma das espectadoras com um livro de cordel, em branco, como incentivo à prática.
Edwaldo, do Instituto do Livro, esteve por ali acompanhando tudo de pertinho.
E assim, está acontecendo o Autor no Parque.
Fica o convite para os escritores e apreciadores:
Domingos, 11 horas, Parque Maurílio Biagi
Deixo aqui um Vinícius de primavera
As Borboletas
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então...
Oh, que escuridão!
Vinícius de Moraes
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Os guardanapos sobre a mesa da Carmen Soares
clique na foto para ver todo o àlbum
Amigos, semana passada, a amiga Carmen, convidou-me para a abertura da exposição de artes plásticas de um grupo de artistas do qual ela participa.
Foi lá na Bauhauss, lugar agradabilíssimo, onde ainda deve estar acontecendo a mostra.
Ela já tinha me falado deste evento, lá em março, e pedia textos que pudessem ser dispostos " sobre a mesa" e com esta temática.
Fiz-os de pronto e os deixei descansando até sua hora.
Quando nos falamos ela citou algo sobre guardanapos, e eu imprimi os poemas sobre um papel decorado com o tema.
A proposta do trabalho surgiu quando Carmen, ao procurar em suas gavetas as toalhas de mesa, encontrou só os guardanapos, as toalhas gastaram-se, e imaginou que o mesmo pudesse estar acontecendo na casa dos amigos.
Assim eles se juntaram e juntaram seus trapos, ops! guardanapos, e cada um criou sua obra baseada naqueles pedaços de pano, sobras do cotidiano de outro tempo, que agora se transformaram em requinte e charme.
Os trabalhos foram muito interessantes e de diversas técnicas, mas a parte que mais gostei foi a revelação do processo criativo pelos participantes e a incorporação deste relato à mostra.
Pintura, escultura, colagem, junto ao documento escrito, palavra, e fotografado, imagem.
Tudo exercício artístico. Estimulante.
Um dos trabalhos de Carmen, foi um tabuleiro de damas montado no tampo de uma mesa alta, com a casas feitas de retalhos de guardanapo. Para as peças do jogo foram usados pires e porta-xícaras de metal, daqueles que todo mundo já teve um. Divertidíssimo.
Eu fiquei louquinha para jogar. Não o fiz, mas encontrei quem o fizesse por mim.
Lá pelas tantas, o grupo se reuniu no quintal da Bauhauss e se apresentou e Carmen falou do convite que havia feito ao meio literário para contribuir com sua arte, o qual foi aceito, e assim alguns se apoderaram do microfone para dizer dos seus poemas e escritos sobre a mesa. Eu disse os meus e um deles deixo aqui para voces, junto com beijos de gratidão para Carmen, pela noite deliciosa, e para os amigos pela boa companhia.
Mesa
Tampo sólido
Sobre firmes pés
Única?
Vária...
Desmente-me
Em toda medida
Nela sou o que sou
Sacio fomes
De origens tantas
Trabalho, brinco
Nasço e morro
Só
Na fortuna um banquete
Uma conversa frente á frente
Miséria é nem ter-te, mesa
Para receber o prato ausente
No impossível de esparramar sobre tua matéria:
Plástico, madeira , vidro, pedra
Os sonhos, sob uma luz de vela
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Feira do Livro de Sertãozinho- Fabrício Carpinejar, Zéluiz de Oliveira
clique na foto para ver o todo o àlbum
Amigos, fiz uma visita à vizinha Sertãozinho,por ocasião da realização de sua Feira do Livro e com a missão de participar da palestra de Zé Luiz de Oliveira, amigo, sobre Fernando Pessoa.
Devo dizer que fiquei encantada com tudo. Bem, novidades me encantam.
Mas a Feira de lá tem outro propósito e eu ao visitá-la também tinha outro objetivo, o de turista.
É como se fosse uma mostra do trabalho das escolas em praça pública.
A Educação toma a frente, os temas são coerentes e trabalhados à fundo com os alunos que produzem os trabalhos expostos, alguns realmente dignos de publicação. Falo assim porque temos visto cada "coisa" publicada, que nos envergonha.
Há o patrono da Feira, este ano meu queridíssimo, sem recíprocas, Fabrício Carpinejar, que teve um livro feito em sua homenagem, por uma escola que tem clientela "especial", na simplicidade de frases pinçadas, ricamente ilustradas, e com direito à face do homenageado, feita em papel machê,3D, e óculos mais do que típicos. Se o conheço, Fabrício deve ter adorado e pulado um monte, para festejar.
Os autores homenageados são da terra, trabalhados junto aos alunos que esmiuçam suas obras.
Amei tudo.Há idéias delicadas, belos trabalhos artesanais, coisas que alegram a alma.
E amei principalmente poder estar junto ao prestigiado amigo Zé Luiz, super bem quisto por todos, e que com toda a sua naturalidade nos brindou com peculiaridades da vida e obra de Fernando Pessoa, seu mais novo projeto, que deve virar peça de teatro.
Zé, meu abraço e meus agradecimentos emocionados, pelo tempo bom que me proporcionaste.
Arca Cultural- dr Camilo
clique na foto para ver todo o álbum
Quando o dr Camilo, atual presidente da Academia Ribeiropretana de Letras, ARL, apresentou o projeto da Arca Cultural nas reuniões preparatórias para a Feira do Livro deste ano, não entendemos muito bem, mesmo que ele nos explicasse repetidamente.
Quando a Arca tomou forma, durante a Feira, num estande dentro do recinto do Palace, ainda não se parecia com o sonhado.
Mas agora, instalada no Otoniel Mota é que vejo-a, como o previsto, materializada e ativa.
A Arca está instalada em uma sala no segundo andar do prédio administrativo da escola, onde ficará por um mês.
Ali estão expostos os trabalhos dos acadêmicos e outros escritores de Ribeirão e região, para visitação, consulta e eventual estudo por parte dos alunos.
Junto à exposição os alunos da escola receberão os palestrantes ligados à Academia, que falarão sobre assuntos diversos, de interesse dos alunos, em edições quase que diárias.
Assim, todos poderão conhecer de perto os autores e partilharão de seus saberes, pensamentos e valores.
Rica oportunidade!
Na abertura da Arca estiveram presentes muitas autoridades, membros da academia, e representantes de todos os seguimentos da escola.
Em sua fala emocionada o Dr Camilo explicou o funcionamento do projeto e seu desejo de que ele passe por todas as escolas do município contribuindo assim, para a formação humanística dos alunos.
Presa da mesma emoção eu desejo sorte e sucesso à Arca e que ela possa cumprir sua função, tornando-se desejada por todos.
Um abraço ao dr Camilo, pai da "criança",que ora nasce , fruto de sonho e trabalho, objeto de esperança.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Arca Cultural- Otoniel Mota
Então foi assim.
Fui convidada para a solenidade de abertura da Arca Cultura, no Otoniel Mota, pela querida Heloísa e pelo Dr Camilo, presidente da Academia Ribeiropretana de Letras, ARL.
Cheguei algo cedo, o que é raro, e logo no estacionamento,encontrei duas amiguinhas que também chegavam para o evento.
Subimos os poucos degraus da entrada do imponente prédio histórico do colégio, e logo à porta, um jovem muito solícito, nos indicou o caminho, sem que nada perguntássemos. Era o Jorge, diretor da escola.
O nosso caminho começava por uma escada, de muitos degraus, colorida pelos vitrais da janela antiga e alta e encimada por arcadas que delimitam o andar superior.
A subida foi difícil. Não somos mais meninas.
Os joelhos das amigas rangiam, mesmo assim elas me precediam e me apressavam.
Eu não senti o peso da idade, mas fui paralisada por uma súbita emoção.
Subia os degraus um à um, numa tentativa de sorver naquele pouco tempo de um ato trivial, toda uma vida não acontecida, todos os passos não dados, os risos que naqueles corredores não ecoaram, as saias pregueadas e as camisas brancas que por ali não passaram.
Estava no Otoniel Mota, escola para mim prometida desde meus oito anos de idade, e só naquela hora , 40 anos depois, cumprida.
Pisava pela primeira vez na escola que formou gerações de onde surgiram e ainda surgem expoentes em todas as áreas.
O Otoniel é escola tradicional.
Na minha época,quando era comum estudar-se na escola pública, era o caminho natural daqueles que se preocupavam com a qualidade do ensino.
O grupo era feito no Guimarães Junior, onde estudei, e o ginásio e o colegial, no Otoniel Mota.
Quando foi minha hora de ingressar na escola, eu me mudei de cidade, fui para Jundiaí, e o Otoniel ficou aqui, guardadinho numa dobra do tempo.
Voltei à Ribeirão para cursar a faculdade da USP, outro lugar mágico, este sim, bem vivido e vivenciado, deixando para trás esta lacuna no meu passado.
Com dificuldade saí do meu devaneio, mas guardei, como uma jóia, a emoção inesquecível de estar ali.
Resolvi terminar de subir as escadas quando percebi que o tempo não para e que, de adiantada poderia virar atrasada.
No meu caminho, mais deleites, um piso com sua estampa original, batentes largos denunciando a largura das paredes( mais de 30 cm), portas altas, tudo limpo e cuidado.
À porta um amigo me saudava, pegou-me de olhos molhados, sem explicação possível.
Ao fim do evento, seguimos em excursão pelo prédio.
Uma das paradas foi na biblioteca, onde aconteceu o golpe de misericórdia.
Numa sala, de pé direito alto e estantes escuras, abarrotadas até o teto de livros de todos os tamanhos e tipos de encadernações, muitos com lombadas de escritos gastos, sem leitura, funciona a biblioteca da escola.
Senti que ali poderia morrer, de uma morte mais do que poética, e me decompor e me dissolver, e ser parte daquilo tudo, como se sempre tivesse assim existido.
Não sei se há um novo acervo, creio que sim,o estado tem investido horrores em livros para aparelhar suas bibliotecas, mas isto é assunto para outra hora,e confesso que nem me importa.
Aquela é uma sala preciosa, com o que há nela, e eu a venero, como um santuário por abrigar em si um inestimável tesouro, feito de palavras escritas em papel velho.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
A Arca Cultural, Heloísa Martins
Pois é , foi ontem 15 de setembro , o lançamento da Arca Cultural na escola Otoniel Mota, aqui em Ribeirão, e confesso que não sei do que eu falo primeiro, tanta foi a emoção.
Mas começarei por um agradecimento especial à Heloísa, coordenadora da escola, sem ela nada teria sido.
Conheci a Heloísa numa noite agradável na Palavra Mágica, uma palestra do Menalton Braff.
Ela me foi apresentada pelo Ricardo Franzin, que dá aulas lá no Otoniel, e foi meu colega na oficina de crônicas da Carmen Cagno.
Ai, olha quanta gente boa junta?
São as manhas e artimanhas do destino.
A palestra foi no pátio, sob a noite linda.
Heloísa, acho, já conhecia minhas "Notícias Poéticas", ou Ricardo já tinha comentado com ela algo à meu respeito.
A admiração é mútua.
Ela gosta de mim, e eu dela.
Admiro-a pela sua sempre elegância, sua presença conciliadora, interessada e atenta, e principalmente pela dedicação com que trata os assuntos da escola.
Heloísa é sinônimo de Otoniel Mota.
Ela não veste a camisa da escola, a camisa é tatuada em sua pele.
E foi à seu convite que estive na inauguração da Arca e é por suas mãos que integrarei o programa de palestras que acompanha o evento.
Falarei no dia 28 de setembro, sobre "A leitura como fonte de prazer.", num anfiteatro lindo, para 80 alunos , de 15, 16 anos, aos quais espero não entediar.
Beijo na Helô.
Jairo Marques, este cara é fera
Meninos e meninas, deêm uma conferida no estilo bem humorado deste colunista da folha, seus termos inovadores e coloquiais.
Jairo escreve às terças feiras na Folha de SP, no caderno Ribeirão.
Divirtam-se.
O endereço dele também está na lista dos meus blogs.
http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/
Jairo escreve às terças feiras na Folha de SP, no caderno Ribeirão.
Divirtam-se.
O endereço dele também está na lista dos meus blogs.
http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Ângela Dutra de Menezes em Ribeirão
Meninos, cumprindo promessa, não faltei ao serão do Menalton, neste último dia 30 de agosto, que nos trouxe a carioquíssima, personificação de simpatia, Ângela Dutra de Menezes.
Meus bens, foi uma delícia!
Menalton é ótimo anfitrião e Ângela nos encantou com seus textos repletos de história.
Jornalista por uma vida, não deixa de lado a pesquisa quase investigativa para seus romances, olhos voltados para Portugal, terra dos antepassados.
Ela mesma nos recomenda seus trabalhos:
"O Portugues que nos Pariu" e "Santa Sofia", seus prediletos.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Autor no Parque- 12 de Setembro
Autor no Parque- 12 de agosto |
Meninos , tem sido bom!
O parque Maurílio Biagi é cheio de sombra, de brisa, de perfume, de natureza, de nota de poesia.
E foi assim que aconteceu mais esta edição do Autor no Parque.
Leda Pereira trouxe um som para chamar a atenção do público passante, e aproveitamos também a presença das crianças e dos pais que ficaram por ali, depois dos Contadores de Estórias, que aliás, é uma delícia de se ver mesmo não sendo criança.
As meninas mandam super bem entre bruxas e princesas.
Beijos para elas.
Abri o evento falando um pouquinho do ofício da escrita e saudando a primavera.
Depois o Prof Nilton falou sobre as trovas, quatro versos, que marcam a memória e a vida de todos.
Logo chegou Elisa com sua poesia bilíngue e sua animação e depois Elisângela Gusmão, esta poeta do Amazonas, como ela se diz, que agora está entre nós.
Os atores do Ribeirão em Cena, escola de teatro ( trabalho lindo que merece ser conhecido e divulgado),nos trouxeram em suas vozes, corpos e almas, os versos de Drummond e Pessoa.
Não houve quem ficasse imune ao encanto e a felicidade que a poesia deflagra.
Como voces podem ver nas fotos.
A secretária da educação, profa Débora Vendramini, nos deu a honra de sua presença e a benção de seu entusiasmo.
Edwaldo Arantes, do Instituto do Livro, foi conferir o evento. Luciana da Palavra Mágica e Heloísa do Otoniel Mota, também passaram por lá.
Eu vos agradeço, feliz pela oportunidade do encontro.
Autor no Parque:
Todo domingo
10:30 horas no Parque Maurílio Biagi
Domingo no Parque- Elisa Alderani
Elisa, nossa querida poetisa bilingue, esteve no Autor no Parque, neste dia 12 de setembro e transformou a emoção de sua participação em palavras, que aqui vos deixo como inspiração. Beijo em Elisa.
HOJE NO PARQUE (crônica poética para Eliane Ratier, rainha do evento)
O sol sorria já alto no céu
entrei decidida pelo portão
com passo rápidos...
Acolhida por uma exclamação:
Ah! Vem logo aqui, é sua vez...
Nem deu tempo de pensar
já estava com o livro e microfone nas mãos...
Senti-me em casa,
esta casa chama-se Ribeirão.
Cidade do amor a cultura
agora com o lindo Parque
com a poesia é declarada rainha...
Estava lá, com Eliane perto
extasiada declamado...
Com meu olhar cheio de ternura
via criança lendo, gente aplaudindo
poetas, amigos da arte da palavra
foi tudo muito, muito lindo!
Obrigada!
HOJE NO PARQUE (crônica poética para Eliane Ratier, rainha do evento)
O sol sorria já alto no céu
entrei decidida pelo portão
com passo rápidos...
Acolhida por uma exclamação:
Ah! Vem logo aqui, é sua vez...
Nem deu tempo de pensar
já estava com o livro e microfone nas mãos...
Senti-me em casa,
esta casa chama-se Ribeirão.
Cidade do amor a cultura
agora com o lindo Parque
com a poesia é declarada rainha...
Estava lá, com Eliane perto
extasiada declamado...
Com meu olhar cheio de ternura
via criança lendo, gente aplaudindo
poetas, amigos da arte da palavra
foi tudo muito, muito lindo!
Obrigada!
domingo, 12 de setembro de 2010
Notícias Poéticas- setembro de 2010
Notícias Poéticas- setembro de 2010
A primavera não se anuncia , chega pronta.
Impõe-se em estatelantes sóis, sua colarinhos, promete cor onde ainda está tudo à seco, desbotado, esmaecido, sofrente.
Penso ser proposital este contraste, logo a sequiosa paisagem se encherá das cores, graça, beleza e leveza da rainha das estações.
A chuva veio, benfazeja, pouca, como uma presença rara, um telefonema esperado, um desejo quase realizado, mas suficiente para avivar o verde que se olha e a esperança que dormita.
Já tudo se mostra lavado, livre do pó, menos o meu carro, que precisa de mãos humanas para ficar à altura da natureza.
Primavera, nós te chamamos, aclamamos, com o olhar no futuro, passos no presente, crentes no sorriso, pois a felicidade é certa.
Não há tristezas que vençam primaveras.
Lugar, desejosamente, comum
Espreito o tempo
Em que o verde
Se fará supremo
E a esperança
Se fará constante
Espreito o tempo
Onde os sorrisos serão fáceis
E as tarefas árduas
Coroarão prazeres
Indefensáveis
A cor se imporá
Como anuncio
De bom humor
E as palavras
Terão seu melhor sabor
O tempo se fará ligeiro
Rodando saias
Pés desnudos
Cabelos ao vento
Sonhos sem rédeas.
Lá do fundo
Onde a alma está
Em almofadas rescostada,
O clamor se elevará
Trazendo a lembrança de amar
Cedamos pois
Aos impulsos
Amemos
Como nunca dantes
Para todo o sempre no depois Eliane Ratier, setembro de 2010
A primavera não se anuncia , chega pronta.
Impõe-se em estatelantes sóis, sua colarinhos, promete cor onde ainda está tudo à seco, desbotado, esmaecido, sofrente.
Penso ser proposital este contraste, logo a sequiosa paisagem se encherá das cores, graça, beleza e leveza da rainha das estações.
A chuva veio, benfazeja, pouca, como uma presença rara, um telefonema esperado, um desejo quase realizado, mas suficiente para avivar o verde que se olha e a esperança que dormita.
Já tudo se mostra lavado, livre do pó, menos o meu carro, que precisa de mãos humanas para ficar à altura da natureza.
Primavera, nós te chamamos, aclamamos, com o olhar no futuro, passos no presente, crentes no sorriso, pois a felicidade é certa.
Não há tristezas que vençam primaveras.
Lugar, desejosamente, comum
Espreito o tempo
Em que o verde
Se fará supremo
E a esperança
Se fará constante
Espreito o tempo
Onde os sorrisos serão fáceis
E as tarefas árduas
Coroarão prazeres
Indefensáveis
A cor se imporá
Como anuncio
De bom humor
E as palavras
Terão seu melhor sabor
O tempo se fará ligeiro
Rodando saias
Pés desnudos
Cabelos ao vento
Sonhos sem rédeas.
Lá do fundo
Onde a alma está
Em almofadas rescostada,
O clamor se elevará
Trazendo a lembrança de amar
Cedamos pois
Aos impulsos
Amemos
Como nunca dantes
Para todo o sempre no depois Eliane Ratier, setembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
Mia Couto em Ribeirão
Amigos, Mia Couto foi um presente, sua fala é naturalmente poética e caminha com bom humor por todo e qualquer assunto, mesmo os mais espinhosos. A noite foi ótima, e deixo-vos com a excelente reportagem que Mariza fez sobre o evento e que eu não poderia ter feito melhor. Beijos
Mia Couto
Escrito por Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz - Alumiar
Conheci Mia Couto através do livro “O último voo do flamingo”, recomendado em nossa reunião de literatura. Eu me encantei. Adorei a linguagem, as novas palavras, as estórias bem contadas, a referência à mitologia, o humor. Soube que o rapaz nasceu em Moçambique, na África, sim senhores.
Em um lugarejo chamado Beira onde brincava com crianças negras, aprendia a falar a língua do lugar e a escutar histórias. Li coisas sobre ele que me impressionaram. Entrevistas. Ele diz que sempre abre as portas para a oralidade, e não importa que isso deixe de ser literatura. Ele diz que o que é importante é interrogar o que é familiar. Diz que a identidade não existe, pois é uma procura infinita. No entanto, entrevistas não sãos as gentes, objetos das questões que lhe são impostas.
Então eu fiquei curiosa de conhecer pessoalmente o moçambicano. Assim, quando soube que viria a Ribeirão Preto, nem acreditei. Fiz inscrição para o evento e na quinta-feira, 26 de agosto estava eu, lá. Turma do gargarejo. À espera e à espreita. O homem corresponderia à obra?
Ele chega, 55 anos mal aparentados, olhos azuis perscrutadores e doces, muito doces, fala mansa e precisa. Responde às perguntas com muita naturalidade, sem arroubos, sem frases feitas. É mesmo um contador de estórias. Ele responde, contando estórias.
Conta que sua filha é do tipo que tem premonições. Ela, quando soube que ele deveria vir ao Brasil, lhe dizia todos os dias que ele não deveria vir. Que era muito perigoso, que havia assaltos, que ele poderia ser assassinado. Todo tipo de coisa ruim poderia acontecer-lhe. E, ele veio assim mesmo. Porém, os prognósticos da dileta filha ficaram-lhe guardados na cabeça. E, ao chegar no aeroporto, começou a ficar preocupado. De repente, viu um cara com um cartaz com seu nome. E começou a se perguntar se aquilo não era falso, se não estaria sendo sequestrado. Mesmo assim, foi. Entrou no táxi e continuou com seus pensamentos lúgubres. O homem do táxi muito gentil lhe ofereceu um recipiente de metal e lhe perguntou: “Aceita uma balinha”. Nada demais se balinha fosse um termo comum em Portugal. Mas Mia, contou que bala em Portugal e só de bala de revólver. Então ele pensou: Bem, vou morrer, mas pelas mãos de um bandido que pelo menos é muito doce.
Ele contou, também, que era um menino que não tinha lá muitos méritos com os pais. Era considerado meio retardado. Um dia, foi comprar pão na padaria e não voltava nunca mais. O pai foi atrás dele e o encontrou sentado, esperando. Na padaria haviam informado que não havia mais pão e que a próxima fornada sairia dali a duas horas. Ele ficou a esperar. Observava as pessoas e isto era bom. Ficar por ali não o incomodava. Fazia-o pensar e ter ideias.
Disse que tem medo das perguntas que as teses suscitam, pois não se lembra do que escreveu. É como se os personagens o tomassem. Os personagens não o deixam dormir. Diz que as pessoas querem ser estórias. Diz que não sabe de cor suas poesias.
E eu fico ali, a pensar. O cara escreveu magníficos livros, de engajamento com seu país e sua cultura, com linguagem única, que introduz novos conceitos. O cara tem frases incríveis e bem humoradas como: “Reencornado é um homem que foi traído duas vezes pela mesma mulher.” Tem uma linguagem poética: “A alma é um vento. Pode cobrir mar e terra. Mas não é da terra nem do mar. A alma é um vento. E nós somos um agitar de folha, nos braços da ventania.”
E diz que não sabe? E não diz o que sabe? Que maravilha!
Eu quero é dar testemunho do que vi. Eu vi um grande homem, que é um grande escritor, sem empáfia, nem sopros de vaidade. Alguém que escuta as pessoas, que vê as pessoas. Melhor: vê nas pessoas a pluralidade, os muitos mundos que as habitam, a grandiosidade de ser. Ele é um contador de estórias, pois não é a estória a guardiã da memória? E reconstruir um país não passa por honrar o velho, unir passado e presente, fusão alquímica, união dos opostos? Mia Couto parece-me é laçado pelas pessoas com suas estórias disponíveis desde sempre. E é nelas, nas pessoas que tudo está. No inconsciente pessoal que se mistura ao coletivo e narra um pouco de tudo. É ouvir, é ser viajante. É deixar-se laçar pelo universal. Pela poesia e pelo amor que segundo ele: “estão acima de qualquer discurso”.
Para terminar, pouco me importa se o homem corresponde à obra, embora saiba que está além da obra. Não foi minha cabeça que se envolveu com ele. Foi minha emoção que liberou minh’alma, que se desprendeu de alfinetes qual borboleta escravizada e voou livre, com todas as estórias que já contaram sobre mim e sobre os que me antecederam.
Educadora, Terapeuta Floral e DOULA
Practitioner pela Bach Foundation
Mia Couto
Escrito por Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz - Alumiar
Conheci Mia Couto através do livro “O último voo do flamingo”, recomendado em nossa reunião de literatura. Eu me encantei. Adorei a linguagem, as novas palavras, as estórias bem contadas, a referência à mitologia, o humor. Soube que o rapaz nasceu em Moçambique, na África, sim senhores.
Em um lugarejo chamado Beira onde brincava com crianças negras, aprendia a falar a língua do lugar e a escutar histórias. Li coisas sobre ele que me impressionaram. Entrevistas. Ele diz que sempre abre as portas para a oralidade, e não importa que isso deixe de ser literatura. Ele diz que o que é importante é interrogar o que é familiar. Diz que a identidade não existe, pois é uma procura infinita. No entanto, entrevistas não sãos as gentes, objetos das questões que lhe são impostas.
Então eu fiquei curiosa de conhecer pessoalmente o moçambicano. Assim, quando soube que viria a Ribeirão Preto, nem acreditei. Fiz inscrição para o evento e na quinta-feira, 26 de agosto estava eu, lá. Turma do gargarejo. À espera e à espreita. O homem corresponderia à obra?
Ele chega, 55 anos mal aparentados, olhos azuis perscrutadores e doces, muito doces, fala mansa e precisa. Responde às perguntas com muita naturalidade, sem arroubos, sem frases feitas. É mesmo um contador de estórias. Ele responde, contando estórias.
Conta que sua filha é do tipo que tem premonições. Ela, quando soube que ele deveria vir ao Brasil, lhe dizia todos os dias que ele não deveria vir. Que era muito perigoso, que havia assaltos, que ele poderia ser assassinado. Todo tipo de coisa ruim poderia acontecer-lhe. E, ele veio assim mesmo. Porém, os prognósticos da dileta filha ficaram-lhe guardados na cabeça. E, ao chegar no aeroporto, começou a ficar preocupado. De repente, viu um cara com um cartaz com seu nome. E começou a se perguntar se aquilo não era falso, se não estaria sendo sequestrado. Mesmo assim, foi. Entrou no táxi e continuou com seus pensamentos lúgubres. O homem do táxi muito gentil lhe ofereceu um recipiente de metal e lhe perguntou: “Aceita uma balinha”. Nada demais se balinha fosse um termo comum em Portugal. Mas Mia, contou que bala em Portugal e só de bala de revólver. Então ele pensou: Bem, vou morrer, mas pelas mãos de um bandido que pelo menos é muito doce.
Ele contou, também, que era um menino que não tinha lá muitos méritos com os pais. Era considerado meio retardado. Um dia, foi comprar pão na padaria e não voltava nunca mais. O pai foi atrás dele e o encontrou sentado, esperando. Na padaria haviam informado que não havia mais pão e que a próxima fornada sairia dali a duas horas. Ele ficou a esperar. Observava as pessoas e isto era bom. Ficar por ali não o incomodava. Fazia-o pensar e ter ideias.
Disse que tem medo das perguntas que as teses suscitam, pois não se lembra do que escreveu. É como se os personagens o tomassem. Os personagens não o deixam dormir. Diz que as pessoas querem ser estórias. Diz que não sabe de cor suas poesias.
E eu fico ali, a pensar. O cara escreveu magníficos livros, de engajamento com seu país e sua cultura, com linguagem única, que introduz novos conceitos. O cara tem frases incríveis e bem humoradas como: “Reencornado é um homem que foi traído duas vezes pela mesma mulher.” Tem uma linguagem poética: “A alma é um vento. Pode cobrir mar e terra. Mas não é da terra nem do mar. A alma é um vento. E nós somos um agitar de folha, nos braços da ventania.”
E diz que não sabe? E não diz o que sabe? Que maravilha!
Eu quero é dar testemunho do que vi. Eu vi um grande homem, que é um grande escritor, sem empáfia, nem sopros de vaidade. Alguém que escuta as pessoas, que vê as pessoas. Melhor: vê nas pessoas a pluralidade, os muitos mundos que as habitam, a grandiosidade de ser. Ele é um contador de estórias, pois não é a estória a guardiã da memória? E reconstruir um país não passa por honrar o velho, unir passado e presente, fusão alquímica, união dos opostos? Mia Couto parece-me é laçado pelas pessoas com suas estórias disponíveis desde sempre. E é nelas, nas pessoas que tudo está. No inconsciente pessoal que se mistura ao coletivo e narra um pouco de tudo. É ouvir, é ser viajante. É deixar-se laçar pelo universal. Pela poesia e pelo amor que segundo ele: “estão acima de qualquer discurso”.
Para terminar, pouco me importa se o homem corresponde à obra, embora saiba que está além da obra. Não foi minha cabeça que se envolveu com ele. Foi minha emoção que liberou minh’alma, que se desprendeu de alfinetes qual borboleta escravizada e voou livre, com todas as estórias que já contaram sobre mim e sobre os que me antecederam.
Educadora, Terapeuta Floral e DOULA
Practitioner pela Bach Foundation
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Autor no Parque- programação 12 de setembro
Programação deste domingo, 12 de setembro
Acontecerá no Ponto de Leitura, realização do Instituto do Livro :
- Troca de livros- das 9 às 13 horas- autores tragam seus livros para trocar
- Contação de estórias- à partir das 10 horas
- Autor no Parque- à partir das 10:30- autores confirmem presença
- Ribeirão em Cena – poemas de Drummond e Pessoa – à partir das 11 horas
Apareçam!!
Acontecerá no Ponto de Leitura, realização do Instituto do Livro :
- Troca de livros- das 9 às 13 horas- autores tragam seus livros para trocar
- Contação de estórias- à partir das 10 horas
- Autor no Parque- à partir das 10:30- autores confirmem presença
- Ribeirão em Cena – poemas de Drummond e Pessoa – à partir das 11 horas
Apareçam!!
Autor no Parque
Amigos, teve início neste domingo, dia 05 de setembro, o evento "Autor no Parque" de iniciativa do Instituto do Livro, direcionado aos produtores e consumidores de literatura.
O Instituto colocou à disposição dos escritores, um microfone para que divulgássemos nossa arte.
Estiveram presentes:
- Adriana, secretária de cultura, que foi prestigiar o evento, e que por conta de meus sentimentos (sou fã), me causou profunda emoção, e à quem agradeço com os pobres recursos da palavra,obrigada.
- Prof Nilton Manoel, que nos falou sobre a dinâmica das trovas.
- Maris Ester, presidente da casa do poeta, que falou poemas e nos encantou, com sua doçura.
- Leda Pereira, da União dos Escritores Independentes, que trouxe o trabalho da casa explicou sobre o funcionamento da mesma.
- Jair Yanni, a Jairinha, que falou com sua graça peculiar, os poemas de meninice e da fazenda, fazendo brilhar os sorrisos dos presentes.
- Eu, Eliane, conduzi o evento, falando poemas alusivos à aniversários, ao tempo, e à data nacional da Independência.
A platéia foi pequena mas atenta.
Vejo este evento como grande oportunidade de divulgação e troca entre os produtores e os consumidores de literatura, entre artista e público.
Tudo isso feito em ambiente agradável e com a presença da barraca de troca de livros, do Ponto de Leitura, que está funcionando à pleno vapor.
Para o próximo domingo, o público está convidado á trazer seus textos prediletos para partilhar.
O varal de poesia também está pronto e aberto á toda participação, é só chegar lá e colocar o seu texto.
Espero por todos, amigos literários ou não, para este encontro agradável.
Dia 12 de setembro
10:30 horas
Parque Maurílio Biagi, perto da entrada da rodoviária.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Sarau da Inglaterra- vivência de Henrique
Queridos, aí o Henrique, da Nitro, marketing da Paraler, dividiu conosco suas recordações de viagem, e nos mostrou suas fotos e desmentiu alguns pontos da cultura inglesa transformando-os em lenda.
Bem, ele nos afirmou que pegou sol, na tão famosa sombria London.
E que chá das 5, ele não viu, mas cerveja quente é mais que tradição entre os londrinos, em cada canto, em todo canto e por qualquer motivo, ou mesmo por motivo nenhum, beber é o costume do momento.
Toda locação dá uma boa foto, e imperdível é fazer foto em Abbey Road, bem à la Beatles.
Henrique nos encheu de vontades.
Todo mundo sonhou e planejou viagem.
Beijo em Henrique e meu sincero agradecimento.
Aproveito para comentar meu figurino, total British.
Usei botas, calças grunge, camiseta London, London, uma gola Elizabetana ( segundo Isabel), cabelos com toques coloridos, para lembrar os punks e um casaco leve mas longo.
Na alma, a alegria de poder aprender, brincar e partilhar com voces.
Beijos e até a próxima.
Mais sarau da Inglaterra-literatura.
O nosso amigo , Adhemir Martins, esteve por lá falando de Virgínia Woolf, que ele cita em seu livro, "Um Exílio e um Reino".
Marcus Vinícius, nosso gaitista, leu Blake, eu li Shakespeare e Byron.
Lamento não ter conseguido comentar com a platéia o encanto que foi reencontrar Charles Dickens, uma das minhas leituras juvenis, narrando o nascimento do eterno Oliver Twist, ou mesmo em seu mais famoso texto agora transformado em filme ( Mr. Scrooge), "Conto de Natal".
Vale uma leitura, uma releitura, um reconhecimento. É especial.
Especial também foi encontrar Mowgli, sim o mesmo da Disney, o menino lobo, em escrita original de Rudyard Kipling, inglês das possessões indianas. O texto foi feito sobre um poema e merece ser conhecido.
Para vosso deleite deixo aqui o soneto de Shakespeare, o 116.
William Shakespeare
Soneto 116
De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma, para a eternidade.
Se isto é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
Tradução de Bárbara Heliodora
SONNET 116
Let me not to the marriage of true minds
Admit impediments. Love is not love
Which alters when it alteration finds,
Or bends with the remover to remove:
O no! it is an ever-fixed mark
That looks on tempests and is never shaken;
It is the star to every wandering bark,
Whose worth's unknown, although his height be taken.
Love's not Time's fool, though rosy lips and cheeks
Within his bending sickle's compass come:
Love alters not with his brief hours and weeks,
But bears it out even to the edge of doom.
If this be error and upon me proved,
I never writ, nor no man ever loved.
Ainda o Sarau da Inglaterra
Bem, além dos músicos, tivemos a presença da professora Isabel, da Cultura Inglesa, que nos trouxe a poesia britânica em sotaque próprio, aliás, bem próprio, com linda pronúncia, desmistificando meus ouvidos que perceberam a língua inglesa, algo rústica, o que na realidade era apenas o reflexo do meu inglês ruim.
A Cultura tem um curso especial onde debate assuntos cotidianos em inglês, boa pedida para quem quer polir a língua e adquirir vocabulário.
Quem se interessar procure a Maura, na Cultura, 36106616.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Sarau da Inglaterra-como foi lá?
Bem gente, como falei, suspeitíssimamente que foi uma delícia, partilho com voces , agora o acontecido.
Tivemos a participação de Milton Brando e seu conjunto de não músicos. Eram, um médico, uma biomédica, um advogado e um engenheiro, fazendo o maior sonzão e curtindo Beatles de montão.
Os "insanos" trouxeram até uma bateria, e o som rolou solto sem vontade de parar.
E não é que a turma se completou com a presença de outro aspirante á não músico?
Marcus Vinícius,estudante de medicina, que trouxe sua gaita e se juntou á turma, nem preciso dizer que foi mágico.
Sarau da Inglaterra
Meninos e meninas, o sarau foi delícia, embora eu seja suspeita.
Deixo-vos o texto de abertura, que foi parcialmente desmentido pela participaçaõ da platéia, mas logo vos conto e mostro as fotos.
Beijos
Sarau da Inglaterra- 31 de agosto de 2010
De Shakespeare à Harry Potter, o mundo se regozija da influência inglesa.
A língua mais falada mundialmente, a eleita de maneira prática, língua universal, é para nós brasileiros algo diferente, e até certo ponto de difícil apreensão, devido á sua origem não latina, o que nos obriga à esforço extra para aprende-la.
Mas mesmo sem sabermos, fomos criados em berço inglês, expostos desde a infância à estórias dos cavaleiros da távola redonda, do rei Arthur, do mago Merlin, da feiticeira Morgana, Shakespeare, Byron, Dickens, Robinson Crusoé e sua ilha, Alice no País das Maravilhas, Mogli, o menino lobo, Frankenstein e as estórias de vampiros, Sherlock Holmes, Agatha Christie, 007, os Hobbits, e ainda Harry Potter.
Embalados pela música revolucionária dos Beatles, Rolling Stones, encantados pela eternidade de Fredie Mercury, vocalista do Queen, viajando em Rick Wakeman, Pink Floyd, The Who, Gênesis, e balançando ao som de sir Elton John , Rod Stuart, Boy George, Spice Girls, até cair pelas tabelas com Amy Winehouse.
Vos convido para um chá das 5 com pudim e torta de maçã, mas lamento o atraso, já passa das 8, nada britânico, para quem tem um relógio como monumento, Big Ben, pontualidade é traço de personalidade.
Então uns peixinhos fritos com batatas assadas e um uisquinho ou cerveja quente para acompanhar? E o que dizer da lendária torta de rim?
Thank you very much.
Das iguarias ofertadas salvo o cha´e as batatas.
Dizem que o sanduíche foi pelos ingleses inventado, por um jogador de poker inveterado , que queria se alimentar, e ao mesmo tempo ter uma mão livre para continuar jogando.
Enfim uma boa idéia!
E dá-lhe chuva, fog e futebol , o esporte bretão que se tornou nossa paixão nacional.
Ingleses estão sempre à lançar moda!
Foram eles à fazer a revolução industrial, que nos transformou em autômatos produtores em massa, como bem ilustrou , Charles Chaplin, no filme “Tempos Modernos”.
Foram também os inventores da minisaia. E olha, Mary Quant, a inventora já tinha quase trinta anos quando resolveu lançar a moda, que pegou e ficou.
E os punks, de cabelos coloridos, roupas rasgadas num contra tudo e contra todos, que hoje ousamos imitar quando customizamos, digo, personalizamos uma roupa ou colorimos os cabelos.
So british!
Tudo isso convivendo sob um regime de monarquia parlamentarista.
God save the Queen, que eles adoram e veneram, pois é parte de sua cultura.
Acompanham as notícias da família real como se acompanha a novela preferida.
E dá-lhe fairy tale. Estórias encantadas sobre a nobreza em elegantes tailleurs, carruagens, coroas e jóias, príncipes e princesas de sangue azul e alguns, nem tão nobres, agregados.
Nada segura a índole inovadora dos ingleses.
Vanguarda e tradição. É nesta feliz ambigüidade que vive The United Kingdom.
Eliane Ratier para o sarau da Paraler
Assinar:
Postagens (Atom)