Notícias Poéticas- setembro de 2010
A primavera não se anuncia , chega pronta.
Impõe-se em estatelantes sóis, sua colarinhos, promete cor onde ainda está tudo à seco, desbotado, esmaecido, sofrente.
Penso ser proposital este contraste, logo a sequiosa paisagem se encherá das cores, graça, beleza e leveza da rainha das estações.
A chuva veio, benfazeja, pouca, como uma presença rara, um telefonema esperado, um desejo quase realizado, mas suficiente para avivar o verde que se olha e a esperança que dormita.
Já tudo se mostra lavado, livre do pó, menos o meu carro, que precisa de mãos humanas para ficar à altura da natureza.
Primavera, nós te chamamos, aclamamos, com o olhar no futuro, passos no presente, crentes no sorriso, pois a felicidade é certa.
Não há tristezas que vençam primaveras.
Lugar, desejosamente, comum
Espreito o tempo
Em que o verde
Se fará supremo
E a esperança
Se fará constante
Espreito o tempo
Onde os sorrisos serão fáceis
E as tarefas árduas
Coroarão prazeres
Indefensáveis
A cor se imporá
Como anuncio
De bom humor
E as palavras
Terão seu melhor sabor
O tempo se fará ligeiro
Rodando saias
Pés desnudos
Cabelos ao vento
Sonhos sem rédeas.
Lá do fundo
Onde a alma está
Em almofadas rescostada,
O clamor se elevará
Trazendo a lembrança de amar
Cedamos pois
Aos impulsos
Amemos
Como nunca dantes
Para todo o sempre no depois Eliane Ratier, setembro de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário