Ando consternada com as notícias sobre os desmoronamentos e alagamentos pelo país, nestes nossos tempos de chuva.
Molho o pé na enxurrada, fico encharcada , trafego em alagamentos, quase poças guardadas as proporções, e posso imaginar o tamanho do sofrimento de quem viveu e vive estes desastres naturais.
Não vou discutir culpas.
É a velha história do " se cada um fizesse a sua parte", junto com o " mas dá um trabalho!", mais o " amanhã eu faço" e o " se Deus quiser".
É o individual prejudicando o coletivo e cobrando o mais alto preço da vida, a morte.
Fico energéticamente de braços dados com aqueles que, mesmo vítimas, arregaçam as mangas para ajudar o outro.
Cuidar da dor alheia ameniza a própria dor.
Oro pelo consolo, que só o tempo trará, para aqueles que continuam respirando sobre a face da terra, lutando contra as incertezas, sofrendo as exigências do humano corpo e chorando a inexplicabilidade de seus mortos.
É o que daqui posso fazer além de doer.
Mesmo que não você não queira discutir os culpados, minha cara eliane, eles existem, sim. No mínimo, o desastre é resultado de uma ocupação de solo desordenada e prudoto da alienação governamental. Se houvesse fiscais cuidando para que a ocupação do espaço urbano se desse de forma programada e se todas as construções tivessem projetos e aval dos profissionais da construção civil certamente essa catástrofe seria amenizada. Outro elemento de forte corroboração é o próprio aviso meteriológico - como acontece em Nova Iorque, por exemplo, em que os moradores de áreas de risco recebem, com dias de antecedência, um aviso por meio de carta, telefone, televisão etc, sobre os riscos que correrão em determinados dias e épocas do ano. Desse modo, conseguem se organizar e sair de suas casas.
ResponderExcluirSó para dar um exemplo da desorganização que é aqui: um dos bairros em São Paulo foi inundado com os moradores dentro de casa a partir da abertura das comportas de uma hidrelétrica. Detalhe: as comportas foram abertas sem que os moradores soubessem disso.
É possível evitar esse tipo de calamidade pública. Mas quem tem coragem e respeito para isso?