Eu e o covid 19 5
Nem só de adequações
físicas é feita a proteção para enfrentar o vírus, mas também de escolhas
emocionais e éticas, ainda e sempre em questionamento.
Talvez a escolha crucial se apresente, e preparo-me para
fazê-la, de maneira hipotética.
Aliás, todo o tempo há uma escolha a ser feita visando a
máxima proteção.
Já estava me habituando a isso, com meu interesse em
proteger o planeta, então sei bem o que é escolher no consumo e nas atitudes.
Se pudermos nos proteger e proteger o planeta será ótimo.
A barreira ao vírus não é perfeita.
Qualquer ato banal pode nos expor.
Tenho muitos ajudantes, quase todos em função do cuidado com
meus pais.
Adequações foram feitas para este tempo.
Infelizmente uma funcionária foi demitida, outros tiveram
seus horários reduzidos, outros, aumentados.
Demos prioridade a quem não faz uso do transporte público.
Nos ajeitamos com horários estendidos e alternados, redistribuímos tarefas, e
continuamos nos adequando.
Os mais jovens, filha, estão assumindo as tarefas externas,
mercado, farmácia.
Estão aprendendo a fazer compras com orientação detalhada,
tenho tempo para isso.
Um super ganho para todos.
Os sapatos são trocados na entrada da casa, as roupas são
trocadas ou são usados aventais, as mãos são lavadas, o álcool gel e o álcool
líquido são usados em profusão, a distância social é mantida, e a máscara é
usada em casos de maior proximidade.
Os parentes criaram a coragem para um contato presencial e
nós criamos a coragem de recebê-los em prol do ancião que passava por uma piora
em sua saúde.
Vieram, mantiveram distância, contato físico zero, a maior
parte do pouco tempo ao ar livre e com o uso de máscaras, e assim nos sentimos
incertamente seguros, aguardando os 15 fatídicos dias de possível contágio e
UFA!! Conseguimos. Por esta vez.
Levamos sustos com as manifestações de alguns sintomas entre
nós, família e ajudantes, até que fossem esclarecidos como alergia, dengue ou
outra virose qualquer.
Aliás, há uma permanente checagem quanto a isso.
Todo dia há as perguntas, “como estou?”,” como está?”, “como
estão?”.
Colho as respostas, mas não relaxo na observação.
Piorando o quadro, a política do país tem me mantido em
estado de indignação permanente, causando, certamente, uma alta na pressão
arterial, alguma taquicardia e muitas dores tensionais.
Vamos indo.
Confesso que cansada.
Fiquemos bem.
Eliane Ratier,
permanentemente ocupada.
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