Acabo de ler no jornal uma notícia sobre protestos contra a homeopatia feito por grupos em várias partes de mundo ,incluindo o Brasil.
Eles querem conscientizar a população sobre a provável impossibilidade de ação de um medicamento com princípio ativo extremamente diluído, com o é o medicamento homeopático.
Eu não sou especialista na área mas acredito que, se mal não fizer, o medicamento lhe será benéfico se houver crença nele.
Não digo que só a fé vá resolver, mas que ela dá uma boa ajuda, dá, principalmente no caso da homeopatia que se baseia em tratamentos à longo prazo de moléstias crônicas.
Bem, e nem sei se é isso mesmo, mas o que quero é deixar aqui o meu depoimento sobre a experiência própria com a homeopatia.
O que me levou à homeopatia foi uma queixa crônica e genérica, daquelas que se fosse ser acudida pela alopatia geraria a demanda por uma meia dúzia de medicamentos.
Já havia experimentado a homeopatia com minhas filhas, para problemas alérgicos. Era mais uma tentativa de tratamento, dava a impressão de estar fazendo alguma coisa enquanto esperava pelo tempo passar e as crianças se tornarem adultas, minorando o problema.
Há coisas que não tem cura, só convivência.
Mas vamos a história.
O médico me consultou em atitude acolhedora e ouvido atento.
Logo após a explanação de meus "problemas", começou a me fazer perguntas que eu nunca tinha me feito e a referendar respostas, muitas vezes temerosas da minha parte, na literatura, em citações, que ele sacava diretamente dos livros da estante, inclusive da Bíblia, o livro sagrado.
Percebi que começava ali o meu tratamento.
Não sei qual o remédio recomendado, nem meu remédio de "fundo", mas sei que à partir daquela consulta acordei para aspectos do meu ser e do meu fazer que se sofressem alguma mudança me colocariam no caminho da cura para meus males.
Despertei, lenta, tateante e algo incrédula, percebendo que a "cura" estava em mim, e o meu mal, não era exclusivo, era tão universal que estava nos livros, e não nos livros técnicos,estava nos livros populares, nos de literatura, até no livro mundialmente mais lido.
Lamentei profundamente não ter tido esta percepção quando do tratamento das filhas. A homeopatia, naquele caso, poderia ter sido mais do que um passatempo poderia ter sido realmente eficaz.
Ela fez a sua parte, eu não fiz a minha.
O cotidiano e o pensamento vigente de rapidez e eficiência roubam-nos o tempo para reflexão e percepção.
A crença cega na modernidade como símbolo de qualidade nos leva a abandonar antigos e saudáveis hábitos.
Relembro aqui a importância de seguirmos sendo seres críticos, pensantes e não apenas engolidores de informação.
Pensar dá um pouquinho mais de trabalho, mas quando se trata de algo tão importante como a própria vida, me parece esforço mais do que válido.
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