Hedonismo
Sob um teto
seguro e fresco
na maciez do tecido
em tépida luz
um corpo em conforto
descansado
saciado em seu gozo
sede, apetite e sono
sem aflição
nem urgência de ato algum
como um deus
traz no rosto
um sorriso em esboço
perfeito e plácido.
Hedoné!
Até que...
um importuno
inoportuno cisco
de humano desejo
quebrando a alva paz
pedindo providências
exigente em urgências
surja como um clarão
de estrondoso raio
movendo todo
o já intranquilo ser
para atender
ao despótico querer
Domada, dominada e resolvida
a vontade
vai o pobre corpo
conspurcado de vida
regressar por direito
às efêmeras e divinas
dádivas hedonistas.
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