terça-feira, 20 de setembro de 2016

Voluntariando

Riocentro- meu local de trabalho

a turma

hora da bóia

riocentro

com a guarda nacional

equipamento de trabalho



Voluntariando

Lamentavelmente minha temporada de voluntária foi abreviada por um problema de saúde na família, mas o pouco que fiz deixou em mim a plena certeza de utilidade,  deu-me uma fortaleza que já foi requisitada, aprimorou-me pela experiência de novos fazeres, deixou em mim muitos pontos de luz, palpitantes ideias, e a sensação de pertencimento ao coletivo humano.
Feliz por tudo e atenta ao que virá!
Sobre minha jornada já escrevi aqui, agora direi sobre o trabalho em si.
Trabalhei no Riocentro no Serviço de Eventos, EVS, e tive várias funções.
Havia um horário a cumprir, mas principalmente um trabalho a realizar.
Sistema que acredita na capacidade de cada um e no seu senso de responsabilidade.
Fiquei hospedada no Leme. Peguei metrô, linha 4, a nova linha criada para a Olimpíada, depois dois BRT, que é um ônibus articulado, também em linha especial para os clientes dos jogos , até a porta do Riocentro, mais caminhada até o último pavilhão, o 6, do boxe, onde ficava o meu local de trabalho.
Umas duas horas e trinta minutos para chegar.
Ao chegar ao Riocentro era feita a checagem da presença no dia.
Ali eram entregues os brindes, sempre uma surpresinha, um agrado,  relógio, pulseira, pin, convites para sorteio, água , protetor solar, repelente e o ticket relativo à alimentação do dia, almoço ou jantar, conforme o turno de trabalho.
Depois era hora de encontrar o líder da equipe no local de trabalho.
Ali era decidida qual a função do dia.
Controlei entradas como o leitor eletrônico, organizei filas, indiquei saída, ajudei a esvaziar o local de competição após o término do evento e trabalhei na entrada dos atletas e autoridades no controle de segurança, revista, raio x,  junto com o pessoal da guarda nacional.
Terminadas as competições do dia havia outra reunião como o líder para avaliar o trabalho e agradecer pela presença.
Depois disso era hora da bóia.
Comidinha boa, self service, com bebida não alcoólica e sobremesa.
Mesas longas com gente de todo lado.
Uma festa!!
Daí, mais duas horas e meia de condução de volta.
O trabalho era cansativo, mas a convivência com os outros voluntários, o desempenho da função, recepcionar muita gente, de todo tipo , toda idade, nacionalidade, famílias, perceber-lhes as necessidades e tentar atendê-las foi algo sensacional.
Usei minhas habilidades primordiais, o sorriso, a disposição e a alegria , as adquiridas como o trabalho em equipe, que já realizava nos mutirões do meu tempo de prefeitura,  e o conhecimento de língua estrangeira.
Tenho a certeza de que contribuí positivamente para o sucesso do evento.
Quanto à equipe de voluntários, tenho-os como irmãos dos quais mal sei o nome e os quais, talvez, nunca mais veja.
Foram paraenses, baianos, curitibanos, cearenses, paulistas e cariocas junto com os estrangeiros, um chinês, uma eslovena, um americano e um inglês.
Compromisso, responsabilidade, espírito cooperativo e de equipe foram alguns dos atributos desta turma .
Fora estes havia os das redes sociais nos mais diversos grupos, todos com a mesmo desejo de partilhar experiências, agregar, fazer amizade, ser útil e assim aconteceu.
Formou-se uma rede de proteção e auxílio , onde um queria saber do outro, orientava em trajetos e transportes, oferecia carona, ajudava a achar hospedagem, pedia e oferecia companhia para programas extra trabalho. Sim, tínhamos algumas folgas.
Eram anjos no caminho!
Gente inesquecível!!
Momentos inesquecíveis!!
Usar o uniforme de voluntário significa colocar-se a serviço mesmo fora do seu horário.
Assim, meu trabalho começava antes do horário, ainda no caminho, guiando turistas que iam na minha direção, mais uma deliciosa atribuição extra oficilal, retribuída com mimos por eles, além da boa oportunidade de conhecer gente boa e feliz por estar ali.
O clima era de tranquilidade, os jogos foram frequentados por famílias brasileiras e estrangeiras, idosos, crianças e até bebês.
A mistura de gente de todo o planeta no mesmo lugar, usando o mesmo meio de transporte, o público e simples, traz a oportunidade de observação dos diversos tipos humanos, gente bonita, exótica, jovens, gente diferente e mesmo assim bem igual a gente.

Amei e quero mais!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário