Dia do Cinema
Estes dias, num anúncio nesta rede de informações, veio
escrito que era o Dia do cinema.
Não guardei a data, embora seja fã da arte cinematográfica.
Meu primeiro filme de cinema, se me lembro ainda, foi Bambi,
assistido ali onde hoje é o Cauim, na São Sebastião.
Além dele existiam outros cinemas de rua na Ribeirão Preto dos anos 60,
70. O cine Centenário, o mais famoso, nas esquinas da Barão com a General,
outro na Duque de Caxias, outro na São Sebastião, próximo à Única, que se
encontra fechado com a obra de reforma/demolição embargada, um na Álvares
Cabral, que nem sei se existe mais e tinha outro na vila Tibério, se não me
engano.
Um deles tinha, nas paredes laterais da sala de exibição,
luxuosos painéis de pinturas com o tema café.
Menina, assisti Dumbo e Branca de Neve em companhia de meu
irmão e minha mãe que fora frequentadora assídua de cinema quando jovem.
Como é importante viver e proporcionar vivências, não é?
Conheço gente de toda idade e classe social que nunca foi ao
cinema e que provavelmente não irá. Afinal a TV tem tudo com o conforto do lar.
O que a TV não tem é o especial do cinema, a tela gigante e
a oportunidade de uma experiência de emoção coletiva.
Inigualáveis!!!
Depois desta fase infantil, reencontrei o cinema quando adolescente, em
outra cidade, com filmes dos Trapalhões, o que restava a quem ainda era menor
de idade.
Para driblar a carência da falta de títulos para jovens,
alguns apelavam para o truque da falsificação da carteirinha. Tão bobo achar
que iam nos barrar!
Comigo não daria certo, sempre fui muito certinha, e
qualquer errado me fazia, e ainda faz, tremer nas bases.
Aos dezesseis já podíamos ver mais algumas coisas e daí em
diante fui reencontrando o cinema com os filmes de aventura e ação como Star
Wars, Indiana Jones, musicais como Grease e Embalos de Sábado à Noite, por aí.
Era o programa de domingo, um bom primeiro encontro de
namoro, a salvação dos feriados religioso e das tardes modorrentas após os
almoços de festa.
Muito bom tempo aquele!!
Ao voltar para Ribeirão, estudante universitária, ainda ia
ao cinema, mas menos, havia outras muitas diversões.
Daí, casada e mãe, ele acabou por completo.
Não sei se levei as filhas ao cinema, foi um tempo tão corrido,a escola as levava,
mas pode ser que tenhamos assistido a algum filme da Xuxa.
Sem traumas, ambas são cinéfilas, cada uma a seu modo, e
acompanham lançamentos e estreias.
Eu morei um bom tempo, em frente a um cinema , e raramente
ia.
Rendi-me à preguiça.
Recentemente levei a mãe e os sobrinhos ao cinema, e o
programa não foi de muito agrado.
A magia perdeu-se em algum lugar.
Acompanho o Oscar, o prêmio máximo para a categoria, mas já
não assisto aos filmes, nem na TV.
Ponho o hábito na lista dos resgates, na torcida por
reavê-lo.
Quem sabe!
Nenhum comentário:
Postar um comentário