Notícias Poéticas- dezembro de 2014
E vem dezembro, as chuvas, o abafamento a incerteza no
mês certamente de festa.
Os sentimentos ambíguos superpõe-se como
adereços natalinos.
Queremos paz para nós e para os outros e criamos
agitações de todos os tipos.
Reunir é a ordem. Estar só é um pecado.
Dezembro de dores e delícias, de saudades aguçadas e
encontros de pura alegria.
A palavra é desnecessária quando há o abraço.
A lágrima que rola diz o mais belo poema.
O sorriso de uma criança atesta a existência divina.
Em cada esquina um moderno profeta vocifera verdades
contemporâneas, anuncia produtos inéditos, preços convidativos, lembra
necessidades urgentes e deseja Feliz Natal.
Eu, poeta, tento, em vão, traduzir nestas linhas o que
sinto no coração.
Mas tudo vai e vem e é difícil fixar o sentir, abandonado nas marolas do
pensar, conduzido nos velozes carros do fazer.
Num dezembro, sem tradução, desejo que o sentir tenha
espaço em nossa vida e que nós lhe demos atenção.
Num carro
mercurial
que veloz cruza o céu
de duvidoso azul
rumo à morada divina
ponho meus melhores desejos
Quero saúde do corpo
mente tranqüila
vida produtiva
Quero sonhos realizados
felicidades e êxito
e mais que tudo
quero amor
O amor em forma gasosa
volumoso
Invisível
Incolor
Inodoro
mas cálido
terno e protetor
para preencher todo espaço
sem barreiras de forma
sem obstáculos de cor
sem fronteiras de sexo
sem idade
Indistinto
Amor sem alardes
Amor ato e sentimento
Eterno amor
Incito os cavalos alados
Quero o amor,
o amor que quero,
pelos deuses
abençoado.
Eliane Ratier- dezembro de 2014
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