Agosto se foi com seus cinco raros finais de semana.
Em turbilhão, como os ventos, o mês passou agitado, cheio de
novidades e desafios aceitos, cumpridos, que não mataram, apesar de causarem alguns estragos, mas engordaram
a sempre ávida experiência.
Ufa!!
Agosto é para os
fortes, os que não fazem caso da seca e continuam o caminho engolindo poeira.
O agosto do folclore nem apareceu, o dos pais fez-se
presente em ternura e afagos.
A bela lua cheia, hipnótica presença no céu de agosto, agora
se repete em setembro, mas não com o mesmo mistério.
Agosto é passado, resta-nos a lembrança dos fatos.
Lua de agosto
Oh, satélite glamoroso!
Oh ,lua de agosto!
Dizem que, aos que pedem,
concedes o pedido
Nós, iludidos
curvamo-nos crédulos
ao teu encanto divino,
doce aceno de esperança,
esquecendo que és matéria,
rocha e poeira branca,
que por um capricho do criador
refletes a luz solar
mimetizando prata,
bela, fulgurante e rara,
plantando em cada pobre ser
o sonho em graça
Sabemos que és satélite,
pedaço de pedra e pó
que rola no céu
em trajetória regida
pelas leis da física
Mas que mal há
em ,inspirados em ti,
desejos acalentar?
De olhos fixos em teu brilho,
presa do fascínio ancestral,
murmuro minha prece
lunar:
Oh, satélite glamoroso!
Oh, lua de agosto!
Concede-me o pedido
Faz-me o gosto
Eliane Ratier
ai, que lindo, Eliane!
ResponderExcluirObrigada, Bel.
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