Notícias poéticas- julho de 2014
Vivemos na sociedade exata da inexatidão.
As datas, embora fixas por tradição longeva, são adequadas
para a proximidade ou similaridade ou apenas ficam na boa intenção.
O mundo corre e atropela e coisas mais importantes, no
momento, surgem.
Não é reclamação, é constatação, portanto, comemorem suas
datas, mesmo que inexatas, ao seu bel prazer, de forma íntima ou grandiosa. O
que importa é o que vai dentro do ser,isso é, o que importa é você, o seu
conforto de alma.
Ter a alma confortada, o corpo satisfeito nos deixa prontos
para a lida, cada vez mais exigente, do dia a dia.
Para saber o que conforta e satisfaz eu sugiro uma pesquisa,
nada oficial, feita na base da conversa com você mesmo. A única, e por vezes
difícil ,exigência é a sinceridade.
Procure atender este corpo e alma que lhe servem na vida.
Cumpramos a sina sem ranços de sacrifício, pois tudo fica
mais fácil se no rosto há um sorriso.
Desejos
O que acontece
se giramos em círculo
sobre o mesmo desejo
que em moto contínuo
é crônico
mas que, como qualquer ferida,
por um nada agudiza?
Tantos são os desejos satisfeitos
outros tantos esquecidos
uns já não fazem
diferença
mas há alguns
imorredouros e
famintos
que nos roem as entranhas
nublando as mentes
desafiando o juízo.
Que fazemos
com nossos desejos
selvagens
indomáveis
incivilizados
irrealizados
e irrealizáveis?
Há que se contê-los,
como à uma criança
mimada,
distraí-los de nós
para que tudo se faça
como tem que ser feito
até que um dia ,
quem sabe,
eles sejam passado
ou aconteçam como um presente
do senhor dos destinos
antes que nosso tempo
seja decretado findo.
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