Sempre
sonhei ser princesa.
Menina, fui
moleca de joelhos ralados das quedas de bicicleta que não combinavam em nada
com as meias colantes e sapatilhas de bailarina.
Moça, fui
aventureira, desgarrada, destemida, determinada.
Mulher fui
profissional, uniforme de trabalho , um mundo a ser conquistado.
Mãe , me
ressenti do fato.
Longo
caminho andado e nada de ser princesa
Emburrei,
armei bico, achava que merecia , afinal do meu ventre saíram as amadas crias, o
futuro da família, cheias de cuidados.
Fui enfermeira fada, curando dodóis com beijo
Cozinheira mágica,
transformando comidinhas em brinquedo
Heroína do
lar, mantendo a ordem da casa, das roupas, dos horários, desde sempre
apertados.
Super
motorista, engolindo minutos no trânsito em segurança máxima
Atriz em
diversos papéis: professora, acompanhando lições; bruxa de conto de fadas,
pondo criança de castigo; analista, óculos na ponta do nariz, pose freudiana,
ouvindo , impotente e solidária, as tão humanas dores de alma; costureira de
escola de samba, arrumando trajes de festinhas, teatros e o que mais
aparecesse; cenógrafa e produtora executando a decoração e promovendo festas de
aniversário em infinitas comemorações.
Enfim,
tantas e tantas coisas, mas princesa não.
Foi daí que
descobri que princesa era pouco eu era rainha e não sabia.
Hoje, do
alto do meu trono, decreto para o bem de todos esta homenagem às mães,
fadas, super heroínas, artistas e
rainhas e as cumprimento pelos feitos,
árduos e prazerosos que luzem como pedras preciosas guardadas na memória
e no coração dos filhos e das mães.
Parabéns!!!!
Viva!!!!
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