Notícias Poéticas- maio de 2014
Maio termina, com inocente e cândida aparência, envolto em
céus azuis e ar frio.
Quem vê até pensa num mês leve-pluma, mês de mães, mês de
noivas, de paineiras.
Engana-se.
Este maio trouxe um turbilhão de mudanças, algumas planejadas, algumas de surpresa, antecipações e
preparativos por conta das festas próprias e
da próxima ( copa do mundo). Foi como se vivêssemos um mês duplo,
agravado pelas expectativas, na cegueira
da pré- curva, na incerteza do voo sobre o abismo.
Os eventos de praxe tiveram que se meter em frestas de
tempo, driblar feriados e acontecimentos para serem cumpridos.
Assustados, ocupados
e algo cansados, de tanto movimento, sentimo-nos revigorados celebramos
nossa capacidade de fazer acontecer, de sobreviver aos acontecidos, de lutar e
cair em pé.
Olhamos orgulhosos a paisagem que nos circunda, mesmo cientes de que podemos mais e melhor.
Somos gratos pelos bafejos da sorte, pela emoção presente, e pela capacidade de reconhecer as dádivas do destino e, sem dúvida alguma,
maio foi para lá de bom, um excesso de benesses.
O texto deste mês vai para as mães, ainda, e para os filhos
que todos somos.
Com meu beijo carinhoso.
Às Mães
Sempre
sonhei ser princesa.
Menina, fui
moleca de joelhos ralados das quedas de bicicleta que não combinavam em nada
com as meias colantes e sapatilhas de bailarina.
Moça, fui
aventureira, desgarrada, destemida, determinada.
Mulher fui profissional,
uniforme de trabalho , um mundo a ser conquistado.
Mãe , me
ressenti do fato.
Longo
caminho andado e nada de ser princesa
Emburrei,
armei bico, achava que merecia , afinal do meu ventre saíram as amadas crias, o
futuro da família, cheias de cuidados.
Fui enfermeira fada, curando dodóis com beijo
Cozinheira mágica,
transformando comidinhas em brinquedo
Heroína do
lar, mantendo a ordem da casa, das roupas, dos horários, desde sempre
apertados.
Super
motorista, engolindo minutos no trânsito em segurança máxima
Artista em
diversos papéis: professora, acompanhando lições; bruxa de conto de fadas,
pondo criança de castigo; analista, óculos na ponta do nariz, pose freudiana,
ouvindo , impotente e solidária, as tão humanas dores de alma; costureira de
escola de samba, arrumando trajes de festinhas, teatros e o que mais
aparecesse; cenógrafa e produtora executando a decoração e promovendo festas de
aniversário em infinitas comemorações.
Enfim,
tantas e tantas coisas, mas princesa não.
Foi daí que
descobri que princesa era pouco eu era rainha e não sabia.
Hoje, do
alto do meu trono, decreto para o bem de todos esta homenagem às mães,
fadas, super heroínas, artistas e
rainhas e as cumprimento pelos feitos,
árduos e prazerosos que luzem como pedras preciosas guardadas na memória
e no coração dos filhos e das mães.
Parabéns!!!!
Viva!!!!