Notícias Poéticas |
O livro, este objeto encantado, tem tomado o meu pensar como um dever a ser cumprido, embora seja um dos maiores prazeres.
Estou trabalhando nele desde janeiro, compilando os textos das " Notícias Poéticas" de 2006 a 2012, arrematando-as, polindo sua forma.
Tem sido um convívio intenso.
Depois de reunido o texto, boneco artesanal feito, ele começou a andar seu périplo.
Caiu nos olhos do primeiro leitor e meu marido, Gilberto.
Sofreu suas poucas e pertinentes críticas.
Foi objeto de orçamento financeiro, num desnudamento impudente e incômodo.
Passou, como parte de acordo antigo, pelas competentes mãos de Rodrigo Gianello, meu super parceiro designer que o diagramou , deu capa e o ilustrou com carinho, não sem antes submeter-me à uma série de entrevistas super profissionais no recinto da escola Immaginare.
Super profissionais e de uma felicidade imensa pelo encontro e reencontro e sincronicidade universal.
Recebeu os pitacos profissionais das filhas, Lívia e Raquel.
Foi adornado pelo carinho dos padrinhos, Menalton e Ely, que, generosos, teceram seus textos sobre ele.
Ely sucumbiu à sina professoral e o revisou, sugerindo, ensinando com a paciência que os anos talharam em sua maneira de ser.
Sou-lhe imensamente grata pelas lições informais que, por vezes, tardo em assimilar.
Das mãos do Rodrigo para as mãos de Lau Batista da Editora Coruja.
Tudo isso num sofrido aparente demoro que a ansiedade torna mais e mais angustiante.
Acerta capa, inventa moda, acerta texto e ilustração , corrige vírgula, meu Pai do céu!, num sem fim.
Boneco pronto, na forma do livro, chega em casa para uma olhada geral.
O Lau me liga, Eliane, estou mandando o livro. Veja se gosta.
Ele chegou.
Veio no elevador sozinho, protegido por um saquinho plástico.
Abri a porta e dei com ele ali, um sonho materializado, como mágica.
Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida e ainda me sinto assim quando penso nisso.
Ria , chorava, tão grata, me lembrei de Adélia Prado "Quando escrever o livro com o meu nome e o nome que eu vou pôr nele, vou com ele a uma igreja, a uma lápide, a um descampado, para chorar, chorar, e chorar, requintada e esquisita como uma dama".
Meu templo foi o meu lar, a lápide o sofá que me é de hábito.
A capa, as cores, o título e o meu nome nele.
Inacreditável !
Ontem, sete meses depois de realmente iniciado o projeto, um pé quebrado ainda em recuperação, uma viagem longa e longínqua, uma Feira do Livro, mais umas férias de dedicação e objeto constante dos meus pensamentos, ele foi para a gráfica.
Agora é só esperar.
Estou tranquila, missão cumprida.
As coisas fluem sem obstáculos nem dívidas emocionais.
O livro, em breve estará nas mãos de vocês, amigos, leitores e poderemos, juntos, nos render à emoção, celebrar com alegria.
Parabéns minha querida amiga, aguardamos com ansiedade, esta tua e nossa felicidade; o nascimento deste teu filho, que chegará como os raios do sol nascente, trazendo luz, amor e alegria, para nossa alma e para o coração da gente !!!
ResponderExcluirBeijos com todo carinho, respeito e admiração !!!
Graça Novais