sexta-feira, 30 de agosto de 2013
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Aniversário- presentes e presenças
Eliane- aniversário 2013 |
Meu aniversário é em 12 de junho, dia dos namorados, uma data meio difícil de se conseguir presença.
Já tentei de tudo, fazer festa em casa, sair para dançar, fazer festa temática, fazer de conta que esqueci, fugir, mas ainda não acertei a fórmula.
Vou continuar tentando.
Fiz a reunião em casa, caseiríssima como sempre.
Os pais estavam aqui, o marido, a filha, e os convidados, os da vida e os novatos, no" vem não vem", encima do muro , cheios de compreensíveis compromissos.
Os que vieram juntaram -se à família para me ajudar a comer o sanduíche predileto, o bolo da vontade, desta vez o branco, e a tomar o vinho da celebração da vida, com brinde e tudo.
E fomos felizes como são os bons amigos reunidos não importa como nem quando, nem por quanto tempo.
Aos pais, ao marido Gilberto e à filha Raquel., a família, obrigada.
Aos amigos, Gustavo, Leandro, Cristiane, Mara e Paulo, obrigadíssima.
Aos amigos e parentes que ligaram, muitíssimo obrigada.
A todos que de alguma forma lembraram, grata por seu carinho e boa energia.
Ah, os presentes?
Bem, desculpem-me , não sou muito ligada nisso, mas agradeço os mimos.
Ganhei o precioso cartão de meu especial amigo André Goy.
Vestidos lindos do marido e das filhas.
Flores, perfumes , sabonetes, mimos ( até uma camiseta da "equipe"!) , poemas e palavras dos amigos de todos os cantos.
Obrigada por fazerem aflorar em mim a emoção de viver , amar e ser amada.
domingo, 25 de agosto de 2013
Livros- O Pomo do Desacordo- Fernando Munhoz
Livro de poemas do jovem e talentoso artista .
Fernando é cantor lírico, nos emociona às lágrimas com sua arte e transborda sua sensibilidade na escrita.
Impetuoso como é próprio, do jovem, ser, marca sua escrita com temas variados.
Tem coisa boa aí.
Que o Fernando continue a expressar-se, também, no mundo das palavras.
mais aqui:
www.poesiadomunhoz2.blogspot.com.br
sábado, 24 de agosto de 2013
A Palavra- Pablo Neruda
Ganhei este texto da querida Karen, como resposta ao meu texto de agosto. Estou guardando-o aqui para que não se perca esta preciosidade que pôs um sorriso no rosto. Obrigada, amiga.
... Sim Senhor, tudo o que queira, mas são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam ... Prosterno-me diante delas... Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as ... Amo tanto as palavras ... As inesperadas ... As que avidamente a gente espera, espreita até que de repente caem ... Vocábulos amados ... Brilham como pedras coloridas, saltam como peixes de prat a, são espuma, fio, metal, orvalho ... Persigo algumas palavras ... São tão belas que quero colocá-las todas em meu poema ... Agarro-as no vôo, quando vão zumbindo, e capturo-as, limpo-as, aparo-as, preparo-me diante do prato, sinto-as cristalinas, vibrantes, ebúrneas, vegetais, oleosas, como frutas, como algas, como ágatas, como azeitonas ... E então as revolvo, agito-as, bebo-as, sugo-as, trituro-as, adorno-as, liberto-as ... Deixo-as como estalactites em meu poema; como pedacinhos de madeira polida, como carvão, como restos de naufrágio, presentes da onda ... Tudo está na palavra ... Uma idéia inteira muda porque uma palavra mudou de lugar ou porque outra se sentou como uma rainha dentro de uma frase que não a esperava e que a obedeceu ... Têm sombra, transparência, peso, plumas, pêlos, têm tudo o que ,se lhes foi agregando de tanto vagar pelo rio, de tanto transmigrar de pátria, de tanto ser raízes ... São antiqüíssimas e recentíssimas. Vivem no féretro escondido e na flor apenas desabrochada ... Que bom idioma o meu, que boa língua herdamos dos conquistadores torvos ... Estes andavam a passos largos pelas tremendas cordilheiras, pelas .Américas encrespadas, buscando batatas, butifarras*, feijõezinhos, tabaco negro, ouro, milho, ovos fritos, com aquele apetite voraz que nunca. mais,se viu no mundo ... Tragavam tudo: religiões, pirâmides, tribos, idolatrias iguais às que eles traziam em suas grandes bolsas... Por onde passavam a terra ficava arrasada... Mas caíam das botas dos bárbaros, das barbas, dos elmos, das ferraduras. Como pedrinhas, as palavras luminosas que permaneceram aqui resplandecentes... o idioma. Saímos perdendo... Saímos ganhando... Levaram o ouro e nos deixaram o ouro... Levaram tudo e nos deixaram tudo... Deixaram-nos as palavras.
*Butifarra: espécie de chouriço ou lingüiça feita principalmente na Catalunha, Valência e Baleares. (N. da T.)
A palavra
Pablo Neruda
... Sim Senhor, tudo o que queira, mas são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam ... Prosterno-me diante delas... Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as ... Amo tanto as palavras ... As inesperadas ... As que avidamente a gente espera, espreita até que de repente caem ... Vocábulos amados ... Brilham como pedras coloridas, saltam como peixes de prat a, são espuma, fio, metal, orvalho ... Persigo algumas palavras ... São tão belas que quero colocá-las todas em meu poema ... Agarro-as no vôo, quando vão zumbindo, e capturo-as, limpo-as, aparo-as, preparo-me diante do prato, sinto-as cristalinas, vibrantes, ebúrneas, vegetais, oleosas, como frutas, como algas, como ágatas, como azeitonas ... E então as revolvo, agito-as, bebo-as, sugo-as, trituro-as, adorno-as, liberto-as ... Deixo-as como estalactites em meu poema; como pedacinhos de madeira polida, como carvão, como restos de naufrágio, presentes da onda ... Tudo está na palavra ... Uma idéia inteira muda porque uma palavra mudou de lugar ou porque outra se sentou como uma rainha dentro de uma frase que não a esperava e que a obedeceu ... Têm sombra, transparência, peso, plumas, pêlos, têm tudo o que ,se lhes foi agregando de tanto vagar pelo rio, de tanto transmigrar de pátria, de tanto ser raízes ... São antiqüíssimas e recentíssimas. Vivem no féretro escondido e na flor apenas desabrochada ... Que bom idioma o meu, que boa língua herdamos dos conquistadores torvos ... Estes andavam a passos largos pelas tremendas cordilheiras, pelas .Américas encrespadas, buscando batatas, butifarras*, feijõezinhos, tabaco negro, ouro, milho, ovos fritos, com aquele apetite voraz que nunca. mais,se viu no mundo ... Tragavam tudo: religiões, pirâmides, tribos, idolatrias iguais às que eles traziam em suas grandes bolsas... Por onde passavam a terra ficava arrasada... Mas caíam das botas dos bárbaros, das barbas, dos elmos, das ferraduras. Como pedrinhas, as palavras luminosas que permaneceram aqui resplandecentes... o idioma. Saímos perdendo... Saímos ganhando... Levaram o ouro e nos deixaram o ouro... Levaram tudo e nos deixaram tudo... Deixaram-nos as palavras.
*Butifarra: espécie de chouriço ou lingüiça feita principalmente na Catalunha, Valência e Baleares. (N. da T.)
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Notícias Poéticas- agosto de 2013
Notícias poéticas agosto de 2013
É hora.
Retomar o rumo, recomeçar a rotina, roteirizar a vida para que aconteça.
Respirar fundo, pois trabalho haverá muito.
Amaciar a face para que sorria sem esforço, pois o sorriso terá alta demanda.
Os atos geram prazerosos fatos.
Preparar o que pede prontidão para não atrapalhar o passo, atrasar a vida, comprometer resultado.
O prêmio virá , desejo realizado, missão cumprida.
Aí é só correr para o abraço.
Boa sorte!
Bom agosto.
Gênese
É hora.
Retomar o rumo, recomeçar a rotina, roteirizar a vida para que aconteça.
Respirar fundo, pois trabalho haverá muito.
Amaciar a face para que sorria sem esforço, pois o sorriso terá alta demanda.
Os atos geram prazerosos fatos.
Preparar o que pede prontidão para não atrapalhar o passo, atrasar a vida, comprometer resultado.
O prêmio virá , desejo realizado, missão cumprida.
Aí é só correr para o abraço.
Boa sorte!
Bom agosto.
Gênese
Procuro no ar a moção da palavra
Respiro o sol
Estilhaços de brilho
dançam no ar em miragem
De repente um aperto
no esquerdo do peito
Molham-se os olhos
Soluço
Soluço
É ela
Vem diáfana e bela
em vestes fluidas
transparente,fina
em vestes fluidas
transparente,fina
frágil
feliz e cega
fugidia e certa
fugidia e certa
A inspiração é assim
voluntariosa
insubmissa
Tateia o interno
veludoso, sanguíneo e cálido
que goteja belezas
na turva superfície da alma
Ondas
Círculos concêntricos
tocam os limites
transbordam em poesia
Recolho os respingos
seres vivos
de argênteas e ágeis caudas
de argênteas e ágeis caudas
Ponho-os para secar no papel
Vão-se em vapor
Sobram as sombras
marcas indeléveis
Combino-as
pares e díspares
ao som da melodia interna
dou corda
e assim nasce
e assim nasce
inacabado e eterno
um poema
Eliane Ratier, agosto de 2013
domingo, 18 de agosto de 2013
Livros- Triste Fim de Policarpo Quaresma- Lima Barreto
Não é esta a capa do que li, li o da coleção Folha, Grandes Escritores Brasileiros, mas achei esta capa muito interessante, apesar de algo apelativa ao público jovem.
Livro clássico de nossa literatura nacional.
Perturbador em sua abordagem do herói.
Retrata o momento histórico e o modus vivendi da época e lugar.
Cheio de poesia em sua escrita.
Mais do que o fim de Policarpo queremos saber o meio, as histórias do caminho.
Gostei muito, deu vontade de ler mais do autor.
É livro usualmente lido no ensino médio, junto como outros bons livros, que eu não li na época, e desprezado pelo obrigado público leitor.
Penso que é preciso cultura e vivência para sentir-se despertado pelo assunto destes livros e para usufruir de sua leitura.
Está na hora de preparar melhor o leitor ou mudar a leitura.
domingo, 11 de agosto de 2013
Livro- O Albatroz Azul- João Ubaldo Ribeiro
Um João Ubaldo a pedido do Grupo de Leitura.
Cheio de regionalismos, invencionices e registros culturais, o livro do premiado escritor entretém e termina magicamente.
Nada de mais, nem de menos.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Aniversário- presentes- O livro
Notícias Poéticas |
O livro, este objeto encantado, tem tomado o meu pensar como um dever a ser cumprido, embora seja um dos maiores prazeres.
Estou trabalhando nele desde janeiro, compilando os textos das " Notícias Poéticas" de 2006 a 2012, arrematando-as, polindo sua forma.
Tem sido um convívio intenso.
Depois de reunido o texto, boneco artesanal feito, ele começou a andar seu périplo.
Caiu nos olhos do primeiro leitor e meu marido, Gilberto.
Sofreu suas poucas e pertinentes críticas.
Foi objeto de orçamento financeiro, num desnudamento impudente e incômodo.
Passou, como parte de acordo antigo, pelas competentes mãos de Rodrigo Gianello, meu super parceiro designer que o diagramou , deu capa e o ilustrou com carinho, não sem antes submeter-me à uma série de entrevistas super profissionais no recinto da escola Immaginare.
Super profissionais e de uma felicidade imensa pelo encontro e reencontro e sincronicidade universal.
Recebeu os pitacos profissionais das filhas, Lívia e Raquel.
Foi adornado pelo carinho dos padrinhos, Menalton e Ely, que, generosos, teceram seus textos sobre ele.
Ely sucumbiu à sina professoral e o revisou, sugerindo, ensinando com a paciência que os anos talharam em sua maneira de ser.
Sou-lhe imensamente grata pelas lições informais que, por vezes, tardo em assimilar.
Das mãos do Rodrigo para as mãos de Lau Batista da Editora Coruja.
Tudo isso num sofrido aparente demoro que a ansiedade torna mais e mais angustiante.
Acerta capa, inventa moda, acerta texto e ilustração , corrige vírgula, meu Pai do céu!, num sem fim.
Boneco pronto, na forma do livro, chega em casa para uma olhada geral.
O Lau me liga, Eliane, estou mandando o livro. Veja se gosta.
Ele chegou.
Veio no elevador sozinho, protegido por um saquinho plástico.
Abri a porta e dei com ele ali, um sonho materializado, como mágica.
Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida e ainda me sinto assim quando penso nisso.
Ria , chorava, tão grata, me lembrei de Adélia Prado "Quando escrever o livro com o meu nome e o nome que eu vou pôr nele, vou com ele a uma igreja, a uma lápide, a um descampado, para chorar, chorar, e chorar, requintada e esquisita como uma dama".
Meu templo foi o meu lar, a lápide o sofá que me é de hábito.
A capa, as cores, o título e o meu nome nele.
Inacreditável !
Ontem, sete meses depois de realmente iniciado o projeto, um pé quebrado ainda em recuperação, uma viagem longa e longínqua, uma Feira do Livro, mais umas férias de dedicação e objeto constante dos meus pensamentos, ele foi para a gráfica.
Agora é só esperar.
Estou tranquila, missão cumprida.
As coisas fluem sem obstáculos nem dívidas emocionais.
O livro, em breve estará nas mãos de vocês, amigos, leitores e poderemos, juntos, nos render à emoção, celebrar com alegria.
domingo, 4 de agosto de 2013
Livros- Catarina a Grande- Robert K. Massie
Li, com grande prazer e entusiasmo esta biografia recheada de trechos de bilhetes, diários, cartas.
Um enredo de quase romance. Um ritmo frenético de acontecimentos.
Li o livro como preparação de viagem, metade antes,metade depois , oque esticou o passeio.
Lamentei o seu fim.
Estupendo!!!
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