Declaração de Amor
Quando te vi pela primeira vez,
deitada no vale ao amanhecer,
não imaginei que de ti seria
eternamente cativa.
Vinha de São Paulo, o caminho bandeirante,
muitas vezes ainda assim te veria,
e o encanto da tua visão mutante
para sempre se repetiria.
Por entre as plumas fugazes
das flores lilases
do mar de cana verde
ao vento ondulante,
surges segura,
a Capital da Agricultura.
Hoje cana, outrora café.
Hoje saúde, tecnologia, serviços,
educação e cultura.
Não, não és uma qualquer.
Tuas milhões de lâmpadas luzem na distância.
A vista não mais alcança,
teu fim não mais diviso.
Serão meus olhos senis,
ou teu crescer desmedido?
Mas o que quero de verdade,
é proclamar meu amor por ti,
minha cidade.
Ribeirão Preto!
Terra que me acolheu,
terra que escolhi.
Terra que sorve o meu suor,
fruto de trabalho e amor,
embala em teu seio
minha descendência querida
que aprende desde cedo,
a amar-te mais ainda.
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