segunda-feira, 27 de maio de 2013

Livros- A Confissão de Lúcio




De vez em quando crio vontades de ler o que alguém comenta, em especial o que comenta o mestre Menalton.
Este foi leitura de um longevo clube desta cidade.
De impossível abandono, " A Confissão" nos mostra a Europa da Belle Époque, sob a ótica impetuosa e jovem de seu autor num enredo algo fantástico.
Muito bom!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Amplitude, Paulo Betancourt

Publicado no blog do amigo Menalton Braff, e copiado aqui, para avivar a lembrança e perenizar o belo momento.

O poema abaixo, de Paulo Bentancur, faz parte de seu livro Bodas de Osso.


AMPLITUDE
  
Ninguém ama um homem comum.
O terror da entrega é antigo.

Te quero tanto e disfarço.
Sou puro como a borra do café                        
e o pano de prato manchado.
Às vezes me gripo, me atraso.
Sei disfarçar o choro.


Ninguém ama um homem comum.
Fugiste quando eu me encolhi.
Queríamos o que o mundo podia,
e ele só podia nós dois.

(O tempo levava o amor
por sua mão já sem forças:
quatro dedos, pouco gasto.)

Um homem comum vê o tempo
arrastando-se em seu rosto.

Não quero prometer a rosa
que nem tu mesma encontraste.
Não quero salvar uma morta.
Quero que as nuvens convençam
a todos o que já sei:
sou um homem, não um rei.

Quem quiser um soberano
terá de amar um séquito.
Quem aceitar-me sozinho
encontrará este homem
que enxuga as tuas costas
e não diz uma palavra
seca e dura como o ouro
que mata os homens comuns. 


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Antologia da Academia Ribeirãopretana de Letras- comemorativa do aniversário de 65 anos


Além de rever amigos, representados por suas letras e conhecer outros, esta antologia traz um pouco da história da Academia.
Acho essencial  o registro.
É história.
Um dia alguém vai querer saber como foi que tudo aconteceu.
Está ali na Antologia da Academia.
Parabéns à Rosa Cosenza, a presidenta, por mais este feito.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Livros- Rabiscos na roça- Nilton Chiaretti



Confesso que o tema não é o meu predileto, mas ler o Nilton é como estar sentada numa porteira qualquer , imersa na paisagem que ele nos apresenta tão bem.
O efeito do poema, tema, ritmo, é um invariável sorriso.
Rabiscos na roça é um prazeroso passeio no campo.

"às vezes a roça quietava
chegava silêncio de medo
ficava ali
zanzando
dava um arrepio na espinha
sem suor escorrendo nela
nem o coração se ouvia
morreu algum caboclo
dizia meu pai"

sábado, 4 de maio de 2013

Notícias Poéticas- maio de 2013





Maio dos céus azuis.
Estradas riscadas pela espuma branca das naus aéreas que se atiram longe rumo ao desconhecido em rota conhecida , no cotidiano trabalho, no descanso extemporâneo  e raro.
Instigam o sonhar, alimentam os desejos.
Maio virá sem convite, o mês em si e o preparo para o mês frenesi.
Doerá ausências.
Despertará afetos.
Lembrará o úmido apelo da terra.
Ensaiará o inverno.
Que maio nos seja terno.
Maio de mães,  Marias, carinhos, consolos, abraços.

Viagem

O plano
O aeroplano
O incerto
A surpresa
A beleza
A diferença
Um desejo
Um sorriso
Um acerto
Uma volta
Volta e meia
Outra casa
Outra gente
Mesmo chão
Todos parentes