Estava para lá de ansiosa para ler a "Revista " de Regina.
Além do título sugestivo, os assuntos vistos sob a ótica masculina contemporânea são um belo assunto.
Contos em diversos formatos, e situações que nos propõe um continuar, sem ponto final, histórias que poderiam seguir outros caminhos.
Foi assim, imaginando o que poderia ser e não foi , ou o que realmente foi, que li a "Revista Masculina" e gostei.
Parabéns à Regina.
Lágrimas de Areia
ResponderExcluirLá estava ela, triste e taciturna.
Testemunha de efêmeros conflitos,
Com um olhar perdido no tempo,
Não exigia nada em troca
A não ser um pouco de atenção.
Sentia-se solitária, oca,
Os homens admiravam-na pelos seus dotes.
As crianças, em sua eterna plenitude,
Admiravam-na muito mais além...
... Mais humana!
De sua profunda melancolia
Lágrimas surgiram.
Elas não umedeceram o seu rosto,
Mas secaram o seu coração,
O poço da alma,
Aumentando cada vez mais
A sua sede.
Lá ela permaneceu; estática, paralisada!
Esperando que o vento do norte a levasse
Para bem longe dali!
O dia começou a desfalecer.
Seu coração, outrora seco e vazio,
Agora pulsava em desenfreada arritmia.
Desespero!
A maré estava subindo...
Em breve voltaria a ser o que era:
Um simples grão de areia.
Quiçá um dia levado pelo vento,
Quiçá um dia... Em um porto seguro.
Do livro (O Anjo e a Tempestade) de Agamenon Troyan