quinta-feira, 10 de maio de 2012

Hipocondríade



Para somar ao vídeo deixo meu escrito

Hipocondríade ( em Estréia Poética)


Hipocondríade
Hoje eu não estou.
Não presto pra nada.
Tudo começou
Com uma unha encravada,
Uma afta na língua,
Depois uma cólica danada,
Uma dor na bexiga...
Uma tremenda ressaca.
Ah! A maldita manguaça!
A coluna travada
E eu sem empregada.
Uma baita duma azia.
Será que eu estou com anemia?
Um dente quebrado,
O joelho estourado,
Uma ferida no umbigo
Que até parece castigo.
A cabeça latejante...
Um hematoma na canela
Do tamanho de um elefante.
Resolvi ligar pra ela.
Pedir socorro.
O caso é urgente.
Rápido senão eu morro
E me enterram como indigente!
MÃE!!
Me joga no lixo.
Eu tô doente, tô todo estragado.
Me faz um novo menino?
Mas agora diferente, um pouco mais magro.
Vê se faz direito.
Me põe um cabelo que não precise pente,
Um nariz perfeito,
Uma testa inteligente,
Sem nenhum defeito.
O seu filho penhorado agradece,
E manda os seus respeitos.
Beijos .

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