terça-feira, 28 de agosto de 2012

Notícias Poéticas- agosto de 2012


Notícias Poéticas- agosto de 2012

Agosto , vento enfunando as velas, pé de vento tirando o fôlego, surpresa nas saias suspensas, areia nos olhos pisca- pisquentos  incréus.
Segura!!! Agosto está  a todo vapor!
Galopante, excitante, promissor.
Senta não ! Vai perder o bonde.
Esteja pronto, amigo.  Firme o pé no estribo, sacode mas não derruba, o risco é parte da luta.
Quem diz “sim” agüenta o tranco e recebe as glórias.
Porque de graça, nadinha!
Preço pago: corredor ou janelinha?
Bom proveito!






                                                          Agosto
Péde vento!
Saias suspensas.
Areia nos olhos  pisca-pisquentos  incréus.
Surpresas!

Leve  meu desejo ao léu
Carregue para a terra sedenta
 as sementes aladas
na esperança da chuva,
vindoura água do céu

Na madrugada insone de belezas,
sonhando aconteceres,
seus sinos soprarão segredos
sobre a intuição da pele.
Língua estranha traduzida
em toque , tato e abandono.

Seu corpo enfunará as velas
O barco singrará os mares, irrefreável
Mãos feridas
panos rotos
Serei pai,  almirante, capitão, patrão
 mestre, ordenança
 grumete
 estafeta.
Serei o barco.
Serei o vento
a espuma
o sal
a cegueira e a fúria.
Serei o sim.
Sou
assim.
Tem vento semente sino barco dentro de mim.

Eliane Ratier- agosto de 2012

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Livro- Mistérios da Criação Literária- Como escrevo?- José Domingos de Brito

Nem sei mais onde comprei o livro do Brito, só sei que para minha total surpresa e encanto, tive-o como colega de trabalho no estande da UBE na Bienal deste ano.
Não precisa nem dizer que tietei um monte e aproveitei de sua simpatia e conhecimento.
José Domingos Brito é curioso de nascença e vai pesquisando e achando e compilando e mostrando em suas publicações , e na ótima página http://www.tirodeletra.com.br/  ,suas descobertas.
Este livro traz depoimentos de escritores, pinçados de entrevistas e uma pequena biografia, levando você a se perguntar por quê ainda não leu aquele autor.
Texto que revela e instiga, atiça a curiosidade para o mais.
Conheçam . Vocês vão gostar.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Livros- O herói desvalido- Maria Carpi

Maria Carpi nos deu a honra de sua visita durante a Feira do Livro, em junho deste ano.
Motivada por sua vinda, embora já anteriormente advertida pelos mestres sobre sua qualidade, curiosa para saber sobre a origem da herança poética que seu filho carrega,  provei de sua poesia e expus-me à sua presença.
Maria Carpi me dói em sua beleza, sem explicação racional, apenas me dói como uma lembrança de alguma condição essencial, sem aflição, sem pressa de passar.
É uma amostra desta beleza peculiar que deixo aqui para vocês.

O Herói Desvalido, canto 4 , Um ramo de alegria, 2- Maria Carpi

Eu procuro dolorosamente
por tua alegria: meu ponto
de inserção no mundo.
Por mim, estaria dispensada

da escritura, esse processo
de vários tomos e uma ausência.
Mas oque ainda escrevo,
em estrita obediência à luz,

não passa de um breve, um
salmo, de interioridade caindo
de madura, entre brandos lenhos.
Porta, deixa eu me deixar abrir.

Amor, deixa eu me deixar amar.
Caminho, deixa eu me atravessar.
Verdade sem face, deixa me clarear,
passando pelo copo espesso

da calúnia e da blasfêmia.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Aniversário- dia da poesia

Estava acompanhando no face o aniversário de uma amiga que postava a foto de cada presente recebido.
Achei tão bom, que fiquei com vontade!
Então vou fazer a mesma coisa, com um certo atraso.
Acontece que não tenho mais esperado pela data do meu aniversário para receber os presentes.
Esta declaração causou furor, este ano!
É que tem acontecido tanta coisa boa, que tudo para mim é presente sempre.
Meu aniversário foi em junho e venho recebendo presentes desde março e ainda os estou recebendo.
Assim, permito-me dizer-lhes das belezas que me tem sido presenteadas, para que fique registrado e para que todos saibam como me tocam com seus gestos, palavras e atitudes.
No meu aniversário não há necessidade do material, nem da presença, o importante é que pensem em mim e de imediato estarei cercada pelo carinho do pensar de alguém.
Vou começar pela homenagem que recebi na escola Diva Tarlá, pelo dia da Poesia.
Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida.
Ter o texto lido, estudado, apreciado, comentado e ilustrado pelos jovens alunos da escola e poder estar ali presente para receber tudo isso, foi um dos momentos mais importantes da minha vida.
Devo esta bela recordação à minha amiga Maris Ester, presidente da Casa do Poeta de Ribeirão Preto, minha colega de UBE, professora da escola e incansável batalhadora pela causa do livro e da leitura, especialista em valorizar o ser humano através do reconhecimento de dons e da iluminação dos mesmos.
Saiu até na página da educação:
http://deribeiraopreto.edunet.sp.gov.br/divana.htm

Aqui , as fotos.



Maris, meninos e meninas do Diva, vocês são eternos , marcados pela emoção, inesquecíveis.
Obrigada.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Fabrício Carpinejar em aula magna sobre poesia


"POESIA A CÉU ABERTO"
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[Image] Arte de Giacometti
A poesia está nos quadrinhos, na Bíblia, no rock, na bula do remédio, na etiqueta do sutiã. Não há como viver sem poesia. Ficamos incomunicáveis. Ela é um atalho da linguagem. Uma simplicidade comunicativa. Foi estigmatizada de difícil, de complicada, de inacessível, mas é o contrário: facilita o entendimento.

No futebol, o narrador morreria descrevendo um jogo. Ai, eu disse "morreria", desculpa, foi um exagero poético. É uma figura para dizer que ela se cansaria. A poesia exagera ou diminui, para chegar perto da adrenalina do momento. Morreria é uma sensação de ultrapassar os limites. Não é morrer de verdade, morrer literal.

Quando digo que minha mulher me levou aos céus depois de um beijo, eu não fui ao céu e voltei. É a impressão de vertigem do amor. No instante em que Pablo Neruda, poeta chileno Nobel de Literatura, coloca que o cheiro da barbearia lhe faz chorar aos gritos não é para levar a sentença ao pé da letra: ele confessa seu medo da navalha e da tesoura.

Antes as palavras eram somente palavras. O poema veio para colocar o sentimento dentro delas.

O locutor de futebol, na verdade, foi salvo pelas metáforas, senão a partida duraria 360 minutos. Metáfora é falar algo por uma comparação. Quando o radialista comenta que Neymar deu um lençol no Chicão, ele evitou de explicar que o atacante santista lançou a bola por cima da cabeça do zagueiro corintiano e buscou do outro lado. Com uma imagem, resolveu a questão, ganhou valiosos minutos no rádio. A jogada é igual ao desenho de um lençol.

Há um glossário futebolístico imenso que segue essa linha como janelinha, balãozinho, pedalada, bicicleta, elástico, folha seca, embaixadinha, trivela. A poesia é o apelido do mundo. Uma nova forma de nomear e inaugurar as coisas. Pode ser engraçado, pode ser sério. O apelido é um jeito de qualificar semelhanças. Para o bem. E para o mal. Quem pratica apelido, pratica poesia.

Nem o bullying escapa dos versos. Se alguém tem sardas pode ser chamado de Sarampo, isso acontece pela parecença com os sintomas da doença. Nem a sedução dispensa os versos. Mas quem tem sardas pode receber apelidos lindos, como Iluminado. Explico, sardas são como óculos na pele, parece que geram luz e fazem brilhar a coloração dos poros.

A poesia aproxima palavras que não se cumprimentavam. Palavras ranzinzas, que nunca conversavam no dicionário. Quanto mais diferentes, mais a união produz barulho e o efeito desejado de surpreender. Ela gosta mesmo de casar. Perfeito, a poesia é uma agência de casamento entre os vocábulos.

De um lado, o fogo. De outro, a tempestade. Os dois representam forças opostas. Poesia ama novidades, esquisitices, exuberâncias.

Vamos casar o fogo com a chuva? Temos que encontrar um ponto em comum. Que tal a rapidez? Fogo destrói casas com velocidade. Tempestade destrói casas com velocidade.

Feito o poema:

A tempestade é tão rápida quanto o fogo.

Certo?

As peças podem ser antagônicas, o importante é definir uma convergência, uma intersecção.

O que a ovelha tem de igual com a água?

A lã e a espuma são brancas e repousam na superfície.

Desse jeito, permito-me definir que

A lã é a espuma do rebanho.

É uma brincadeira que combina mais com o nosso raciocínio emocional, repleto de desejos, arrebatamentos, vontades.


[Image]

O ensaísta Nelson Rodrigues enfrentou a pobreza na infância, não tinha almoço e nem janta e enganava o estômago tomando água. Usou a poesia para que o leitor percebesse a gravidade da situação.

― Eu não bebia água, comia a água.

Pois a água era sua refeição. Ele traficou sentidos entre os verbos. Assim como quem já teve infecção na garganta, tem todas as condições para compreender a água como um alimento. Demora a descer, a ponto de necessitar de dentes para ingeri-la.

A poesia fotografa a emoção. É um detector de emoção das frases. Ela recombina palavras, tornando a leitura nervosa. O escritor Paulo Henriques Brito poderia ter escrito em um de seus poemas:

Noite cheia de estrelas.

Mas inventou de digitar:

Noite encaroçada de estrelas.

O adjetivo mudou a feição do verso, apesar de expressar idêntica mensagem. O primeiro verso é um lugar-comum, aquilo que a maioria está cansada de repetir em cartões românticos. Já o segundo, tem um encantamento preciso, sutil. Encaroçada lembra algo penoso, um desafio a superar, uma dor perigosa. Partilha vizinhança com o diagnóstico do câncer (caroço).

Descobrimos que é uma noite particular de sofrimento, não uma noite de prazer e alegria. O caroço também traz a ideia de nascer de novo, de germinar. Uma palavra ― e só uma palavra encaixada com sabedoria ― possibilitou uma gama infinita de interpretações. Quanto mais sugestões o poema produz, mais rico ele é.

A poesia é fábula, pacto mágico com o interlocutor. Toda ação estranha é normalizada. Toda normalidade é estranhada. Se Carlos Drummond de Andrade expõe que

Do lado esquerdo carrego meus mortos.

Tal atitude – ainda que improvável, ainda que não enxerguemos os mortos - tem um resultado:

Por isso, caminho um pouco de banda.

O esquisito resulta em dano prático e razoável. Ele anda torto porque carrega seus fantasmas.

A poesia troca as funções do que é conhecido e comum. Muda as idéias de lugar para chamar atenção. É um jogo gigante dos sete erros com letras.

― Ai, dor de pólvora em meus olhos ― exclama o poeta espanhol Federico Garcia Lorca.

Além de inserir pólvora nos olhos, substitui o fogo por dor.

Dor (fogo) + pólvora (explosão) + olhos

Ocorre a mistura de três elementos até então vedados, separados. O mais impressionante é que a cena remete a uma experiência; antigamente, na hora de atirar com uma espingarda, o rastilho de pólvora ardia os olhos.


[Image]
Animais e coisas são humanizados, e homens são coisificados e animalizados. Para impor uma percepção diferente daquilo que é vivido. Mulheres voam, cavalos batem palmas, peixes correm, cachorros gritam.

O que leva a Manoel de Barros a formular cenas pitorescas. Para apontar que passou muito tempo, ele versifica:

Na outra margem do rio,
as águas já tinham até criado cabelo.

Cabelo que é do homem agora é da água. E faz todo sentido visual: o que é o cabelo do rio senão raízes trançadas das árvores em volta.

Um dos pontos altos da poesia é modificar o senso comum, questionar as aparências. Seu motor de diálogo é a curiosidade infantil, insaciável. O poeta português Gonçalo Tavares estabeleceu uma inversão importante: pagamos a conta da luz todo o mês, mas se pagássemos a conta do escuro, qual seria a maior? Ao apagar a luz, estaríamos acendendo o escuro. Ao acender a luz, estaríamos apagando o escuro. Alguém já pensou sob essa perspectiva ingênua e ― incrível ― pertinente?

A luz representaria nossa alegria, nossa esperança, nossa saúde. O escuro é a nossa tristeza, nossas dores, nossas doenças. Qual usamos mais? A partir de um ponto de vista inédito, propõe a raciocinar como cuidamos de nossa vida. Somos leves ou pesados, otimistas ou pessimistas, confiantes ou desmotivados?

O poema é como uma escada, cada pergunta é um degrau.

Vou entrar numa igreja. Veja a pia com a água benta. Faço o sinal da cruz. O que seria automático não é mais porque eu pergunto.

- Água está parada? -

- De onde vem ela? -

- É potável ou suja? -

Os questionamentos formam a escadinha para atingir o verso, que é o telhado. Então, finalizo:

Será que Deus é potável?

O leitor não terá a minha escada, lerá somente o verso "Será que Deus é potável?", no qual troquei a água benta por Deus. Eu tiro a escada no livro, para que ninguém descubra como subi no telhado e permitindo que cada um crie suas próprias perguntas. Por isso qualquer verso é cercado de vazios e silêncios. São perguntas que desapareceram.


[Image]

Porém, não caía na tentação de confundir poesia com doideira. Ela tem método, dinâmica, uma estrutura definida. Traz uma história visível e outra invisível. Como num conto, privilegia a surpresa no desfecho, o choque, o "eu não imaginava" que nos incita a releitura para observar melhor o caminho.


O poema contraria as expectativas. Sempre. Adélia Prado confessa:

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.


Você supõe que ela vai apoiar a repulsa caseira de desventrar o cardume. Veja como continua:

Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.


Entendeu? O que é ruim é maravilhoso, o que é agradável é nocivo. A poeta nada na contramão do clichê e estabelece uma definição diversa da rotina e dos hábitos.

A história visível é: horrível limpar peixes e acompanhar a volta do marido da pescaria. A história invisível, que somente aparece depois, é: amo dividir a madrugada com o marido mesmo que seja limpando o peixe.

Aquele que é do contra está a favor do poema. E nem sabia.




[Image]
Publicado na revista Vida Simples
São Paulo, Junho 2012 / Edição 120 Ps. 40-45
postado por Carpinejar às 20:25 em 02/07/2012

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Jorge Amado, 100 anos- Sarau Paraler



Fotos do evento

Jorge Amado, se vivo,  completaria 100 anos neste dia 10 de agosto.
Um dos homenageados da Bienal do Livro de SP neste 2012, Jorge Amado foi um dos autores brasileiros mais publicados.
 Com grande produção, foi traduzido em  muitas línguas. Seus romances viraram peças de teatro, filme e novelas.
Teve uma vida agitada. Militante político, morou no exterior e lá frequentou o meio artístico-literário defendendo suas crenças.
No Brasil, além de ter sido Deputado, foi um dos fundadores da UBE, União Brasileira de Escritores, tendo relação estreita com a criação do Dia Nacional do Escritor- 25 de julho.
Há uma boa biografia aqui: http://www.releituras.com/jorgeamado_bio.asp
Jorge também foi homenageado aqui, em Ribeirão Preto, no Sarau Paraler, estréia na nova casa, em 31 de Julho.
Falei um pouquinho sobre ele e dei-lhe voz ao ler um trecho de Capitães da Areia.
Ficaria ali a noite inteira lendo Jorge e revivendo suas histórias escritas há tanto tempo e atualíssimas.
O regional que se torna universal nas letras de um bom prosador.
Deixo aqui, a breve biografia, texto de abertura do Sarau, minha gratidão à Marylene, dona da Paraler, pelo privilegiado espaço e para todos que estiveram presentes ao evento prestigiando o primeiro sarau na casa nova e enternecendo meu coração com seu afeto e amizade.
Salve Jorge!
Saudades da Bahia.


Jorge Amado

Jorge Amado  nasceu  num 10 agosto
 em Itabuna, há 100 anos já.
Estudou em Ilhéus, morou em Salvador, formou-se no Rio,
casou-se em Sergipe.
Foi perseguido pela política
por todo canto onde ia.
Preso, fugido, exilou-se na Europa.
Engajado correu mundo  bandeirando suas crenças.
Foi Deputado comunista
 Seus livros subversivos,
queimados como uma praga
ofereciam perigo ao poder estabelecido.
Quando as trevas recuaram,
foi  homenageado  em todas as instâncias e  com todas honras.
Para o Prêmio Nobel indicado.
Jorge Amado ,
amigo de Caymmi, Caribé, Neruda,
tanta história contada, recontada,
traduzida, consumida em muita língua,
filmada, teatralizada, musicada,
fotografada!
Morreu, de vista seca,
coração cansado,
desgostoso de  já não ver
ler , escrever,
 num 06 de agosto em 2001,
 na casa do Rio Vermelho,
onde a terra cresce sobre o mar,
 Yemanjá reina sobre as águas,
o sol se põe atrás do Farol da Barra,
e os moleques, “Capitães da Areia”,
 são risos atrás da bola
gingando capoeiras
sombras em movimento na orla.

                          Eliane Ratier, para o sarau da Paraler- 31 de julho de 2012

Jorge Amado
Magistral escritor de sua terra, dá- nos o retrato fiel da sociedade, que mesmo passado  o tempo, é hoje o mesmo que em todo canto, humana e falha.
O viés político, os costumes do povo do lugar, a  ambientação , o sexo tratado sem pudores e a presença de poesia são características de sua obra.
Jorge tem sua história ligada á fundação da UBE Rio, esteve no primeiro congresso de escritores em 1945 e é co-responsável pela criação do Dia Nacional do Escritor, em 60, quando era vice-presidente da UBE em um Festival de Escritores realizado no Rio de Janeiro.
Em seus longos períodos no exterior participou ativamente de encontros internacionais de escritores.
Foi indicado pela UBE para o prêmio Nobel em 68.

Por Eliane Ratier, para o Sarau Paraler, julho de 2012