segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Autor no Parque- 24 de outubro-Otoniel Mota



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Amigos, esta edição do Autor no Parque foi especial.
Recebemos a escola Othoniel Mota, que escolheu o espaço do parque Maurílio Biagi para encerrar o seu projeto "Combinando Palavras com Murilo Mendes".
O projeto " Combinando Palavras" é coordenado pelos professores, Heloísa Martins Alves e Ricardo Franzin.
À cada ano os alunos estudam um poeta, sua vida e obra, e fazem sua própria produção poética, que é transformada em livro.
O projeto tem apoio de várias entidades.
Sensacional!!
É uma atividade que amplia o universo cultural do aluno e o promove à escritor com direito à publicação e tudo.
E foi neste domingo, no "Autor no Parque" que se deu a festa destes neoescritores.
O coral da Wandinha ( chamo assim, carinhosamente, pois não sei seu nome ao certo), composto de animadas senhoras, abriu o evento, que teve música, violão, violino, canto e declamação de poemas pelos animados e envolvidos alunos do Othoniel.
A profa Helena, que representava a secretária de educação e a prefeita fez um discurso emocionado que atingiu à todos, alunos, público, fomos todos tocados por sua emoção.
Os escritores se fizeram presentes para dar as boas vindas aos escritores recém nascidos.
E foi assim que Adélia, Mara, Leda, Nelly, Nilton e Helena Agostinho os saudaram.
Estavam ali, fazendo coro, o escritor Adhemir, Elisa Alderani, Wanda Duarte e Edina.
Edwaldo Arantes, do Instituto do Livro,recebeu os agradecimentos pelo apoio e pela iniciativa louvável do Ponto de Leitura, tornando o livro peça importante e cotidiana da vida das pessoas.
Nada disso seria possível sem o comprometimento dos professores com a causa.
Abraço-os todos, Heloísa, Ricardo, Anelise, Ronaldo, com minha sincera admiração e respeito por seu trabalho que vai além da obrigação.
Na escola, por suas mãos, despontam os talentos, e eu os reconheço.
Aos alunos do Othoniel, meus parabéns, e meu desejo de perseverança.
É nesta juventude participativa que reside o futuro.
Beijo-vos, grata.
Domingo que vem não tem "Autor no Parque", é eleição, nos encontramos então em 07 de novembro.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Autor no Parque 17 de outubro



clique na foto para ver o álbum, a maioria das fotos é dos " amigos da fotografia"

Bem, queridos, cada dia é um dia, com suas surpresas e encantos. Como diz nosso amigo Nicolas Guto, " Dê uma chance para a poesia".
E foi pura poesia poder revisitar o passado na produção para fotos de época que os Amigos da Fotografia fizeram comemorando o lançamento do livro "O Passado Manda Lembranças", no espaço do Parque Maurílio Biagi, junto com o evento do Autor no Parque, sob a batuta do mestre Tórtoro.
A poetisa Adélia Ouêd falou um pouquinho dos seus 50 anos de carreira como escritora, o prof Nilton falou da Ribeirão imortalizada nos cordéis, assim como nas fotos dos amigos, que não mais existe e eu levei para o nosso varal, poemas de Adélia Prado e meus sobre o tempo.
Foi uma manhã bem agradável e diferente, até eu entrei na dança e fiz minhas fotos à caráter.
Ponto de encontro, o Autor no Parque, proporciona abraços em gente querida como a Cris ,a Elza, os Amigos da Fotografia, os Guilhermes.
A Helô apareceu por lá para finalizar os detalhes, e eu vos antecipo o convite.
Neste próximo Autor no Parque
dia 24 de outubro
11 horas
Parque Maurílio Biagi
Encerramento do projeto Combinando Palavras do colégio Otoniel Mota, com a presença dos alunos que receberão sua premiação pelo trabalho, honrando o espaço dos autores com a presença de, quem sabe, novos escritores.
Apareçam para prestigiar, apareçam para trocar idéias e viver bons momentos.
Vos espero e deixo aqui, para voces, meu poema "Tempo"


centésimos de segundo decidem uma vitória ou a vida
sessenta segundos fazem um minuto, tempo de dois comerciais na tv
sessenta minutos, uma hora, tempo pouco , tempo á beça, depende se passa ou espera
vinte e quatro horas são um dia, um dia ganho, ou perdido, segundo seu horóscopo ou biorritmo
sete dias é uma semana, muito tempo para estar longe de quem se ama
quatro semanas um mês, ciclo feminino, mágico, lunar
nove meses, gestação, a maravilhosa aventura de gerar vida
doze meses, um ano, o primeiro ano, aniversário
dez anos uma década, muda moda, muda tudo, vai e volta
quinze anos, debutante, estreante num mundo assustador e deslumbrante
dezoito anos, maioridade, liberdade em forma de quatro rodas e um volante
vinte e um anos, pátrio poder, responsabilidade total por seus atos, inclusive o de casar ou falir
vinte e cinco anos, bodas de prata, sucesso
cinquenta anos, jubileu de ouro, sobrevivência
setenta e cinco anos,sorte
cem anos, centenário, rara idade, reverenciada raridade
Tanto tempo!
e você, nem prá me dar uma ligadinha...

domingo, 17 de outubro de 2010

Notícias Poéticas- outubro de 2010





Notícias poéticas- outubro de 2010

Minha cidade é um jardim comunitário, um pomar público.
Há mangueiras pejadas de frutos que amadurecem róseos.
Invejo os que passam à pé, e desejo que os alcancem por mim, que tenho andado cotidianamente motorizada.
Pitangas, amoras e jabuticabas escondidas nos quintas, espalham seus frutos por sobre os muros, através das grades, nas calçadas, nas guias rebaixadas, como pistas, atiçando nosso desejo de as buscar.
Requintadas e misteriosas romãs ocultam suas sementes sensualmente meladas, por entre as folhagens de antigos jardins.
Numa rua são Manacás que perfumam sorrateiros o ar, noutra atordoantes Damas da Noite embriagam os passantes.
Flamboyans insinuam seus borrões de vermelho sangue, vida por entre o verde novo.
A escandalosa Sapucaia tinge com flores rosa o chão da praça, e os Jacarandás, discretos, providenciam um fino tapete lilás sob si.
Reinam absolutos os amarelos das Sibipirunas enlouquecendo os varredores das ruas, pintando de alegria o caminho do trabalho, lembrando que a vida continua, forte, linda e indomável apesar do nosso descaso e de nossa sede por poder e controle.
Penso naqueles que plantaram as sementes sem ver as flores nem os frutos, apenas cumprindo sua função de plantar, e em nós, que usufruímos deste presente sem deles nos lembrar.
Ofereço-lhes uma prece de gratidão.
Beleza é alimento tão essencial quanto o pão.
Aproveitem este outubro florido, saiam à passeio, alimentem-se de beleza.

Quebrando a tradição, deixo para vocês um trecho de poema antigo, do livro Estréia Poética, que foi inspirado nas Sibipirunas floridas da avenida 9 de julho, aqui de Ribeirão Preto, onde eventualmente faço minhas caminhadas sobre o lodo amarelo das flores pisadas.

Aniversário de casamento- trecho

Meu amor é tão grande
Que não cabe no peito
Desmonta os montes
Floresce no arvoredo
Escapa pelas frestas
Consome
E nada resta.


Eliane Ratier

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

autor no Parque- 10 de outubro


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Amigos, neste pré dia da criança, 10 de outubro o Autor no Parque recebeu, à convite da nossa amiga Leda Pereira, a visita da academia de dança Raquel Ellen.
Os bailarinos nos brindaram com sua arte e chamaram a atenção do público que foi ficando para ouvir as poesias.
Leda e Helena distribuiram textos, eu coloquei poemas sobre/para e pela infância no varal, o prof Nilton Manoel lembrou Ribeirão do passado num de seus cordéis e os distribuiu á platéia, o poeta Toledo deu seu recado e até o ator Bruno participou com a leitura de poemas escolhidos.
Bem e assim tem acontecido nosso espaço dos autores no parque Maurílio Biagi.
Neste domingo , 17 de outubro, teremos a visita dos Amigos da Fotografia, que prometem fazer fotos de época, ali no parque, para comemorar o lançamento do livro "O passado manda lembranças"
Bom programa, apareçam!

Autor no Parque
todos os domingos
11 horas
Parque Maurilío Biagi
Obs; neste domingo os amigos da fotografia estarão lá desde as 9 horas

Deixo-vos como lembrança da infância, um meu poema chamado Menina

Hoje me sinto menina
Quero ficar quieta
Meus olhos à observar da janela
A semente que brota pequenina

Deixo que cuidem de mim
Me carreguem num passeio
Não importa o meio
Carro , bicicleta, patim

Meu vestido florido roda
E com ele espalho um jardim
Cheiro de primavera
Vou brincar sim!

Sei que é um sonho
Do qual não quero acordar
Vou vivê-lo
Só por esse dia, enquanto durar

Esta aura de inocência
Este doce entardecer
As flores da saia
A menina que você vê
...
À lápis traço um sorriso
Na garatuja do espelho
Acordo crescida
E de batom vermelho

Eliane Ratier

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ainda o Sarau- agradecimentos

Meninos, agora quero falar e agradecer á cada um dos participantes de maneira especial.

Primeiro à Marylene da Paraler que oferece o espaço para as nossas reuniões e da equipe que sai correndo para nos atender á cada pedido, nela inclusos a Luiza , o Marcos, a Rita, o Alê, a Grace da assessoria, o Henrique do marketing, enfim todos os funcionários que colaboram e participam da festa.

Agora ao nosso músico da vez, o agraciado com tantos nomes artísticos, Alexandre Borges Garcia, que mesmo recém chegado, aceitou o convite para nos entreter durante o sarau.
Digo que o Alexandre é especial, ele é advogado, gosta e estuda música desde menino e é ligado à movimentos de jovens na igreja. Tenho certeza que é daí que vem sua energia contagiante e envolvente. Foi um grande prazer tê-lo conosco. Espero que volte. Obrigada.

Á minha amiga Maris, que junto com as professoras do Diva Tarlá, escola pública estadual detentora da única sala de leitura do município, que se esforça por incentivar os talentos nascentes e trazê-los à luz para apreciação sempre que possível.
O pessoal do Diva leu poemas da nossa amiga escritora Helena Agostinho, valorizando ainda mais a sua participação e trouxe o Rafael, um talento musical autodidata, que soltou a voz com vontade e nos deixou entusiasmados com seus planos.
Veio também uma jovem representante da Casa do Poeta que declamou um dos poemas de Nelly Cirino de Mello, que fala do ofício do professor e do qual gosto muito.
Obrigada, de coração.

Á amiga Rita Mourão,que não pode estar presente no evento por conta de um repouso forçado, mas que com sua dedicação nos proporcionou momentos de ternura ao trazer os jovens talentos da escola Metodista, que lançaram um livro com sua produção literária e deram o seu recado como gente grande.
As crianças ao verem os poemas impressos para a distribuiçaõ junto ao público, correram para copiar os seus e ofertá-los também. O Caio até ficou para me ajudar á distribuí-los.
Para Rita, meus desejos de melhora e meu beijo de gratidão rescendente à poesia de suas crianças.

Á querida e sempre atuante Heloísa Martins, do Otoniel Mota, que também tem livro com produção dos alunos,e que se fez acompanhar por seus alunos encantadores e surpreendentes.
O Matheus, com leitura de produção própria, intensa. A Klívia, toda charmosa que leu um poema escolhido e o Binho que nos surpreendeu com sua fala de improviso sobre a importância do convívio familiar, um talento da oratória.
Para você, amiga, meu abraço de admiração e de felicidade pelo encontro.

E para Nelly, esta nossa escritora, tão artista que nos presenteou com uma de suas histórias, e nos deixou com vontade de ficar por ali, só ouvindo e imaginando e entrando na roda e pedindo bis por mais histórias e histórias,e de quebra falou sobre a participação dos netos na produção do livro, com ilustrações, comentários e nas fotos da capa.
Obrigada,querida,pelo presente da tua boa companhia.

Enfim, agradecimentos feitos, coração radiante, e feliz por tê-los como parceiros de toda hora, beijo-vos e espero pela próxima.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sarau Paraler- Crianças e mestres



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Aconteceu neste dia 05 de outubro, mais uma edição do sarau Paraler, na livraria Paraler do Ribeirão Shopping, desta vez homenageando as crianças e seus mestres.
Gosto muito de poder fazer este sarau temático e colocar em foco os jovens talentos que florescem incentivados por seus professores,apoiados por seus pais, valorizando os envolvidos.
Desta vez tivemos a participação das escolas Diva Tarlá, Metodista e Otoniel Mota, e apresentação por seus responsáveis, respectivamente, Maris Ester, Luciana e Rita Mourão e Heloísa dos trabalhos realizados nas escolas.
Foi emocionante ter ali gente envolvida e comprometida com o futuro.
Nelly Cyrino de Mello, contou história do livro da Vó Lili, e Alexandre Borges Garcia, o artista, animou a festa com os temas musicais infantis que nos falaram ao coração.
Deixo aqui o texto roteiro que guiou a apresentação e volto para comentar cada tópico, porque foi uma delícia. Beijos nos parceiros que fizeram acontecer.


Sarau das crianças- Paraler- 05 de outubro

“ Oh! que saudades que tenho da aurora da minha vida da minha infância querida que os anos não trazem mais!”

Não tenho saudades da infância porque arranjei um jeito , embora de maneira tardia, de traze-la comigo, dentro de mim, e este jeito não é nenhum segredo: eu brinco.
Faço das palavras meu brinquedo e deste nosso encontro uma festa, um chá de bonecas, um jogo de gude, uma roda de bafo , onde trocamos figurinhas.

A infância é tempo mágico, onde os protagonistas ignoram o fato.
Criança não sabe que é criança, acha que é gente.
Criança não é pequena, o mundo é que é grande.
Criança não inventa moda, ela experimenta.
Não é que criança não saiba nada, ela descobre tudo á cada dia de novo, e maravilha-se e deslumbra-se e acha lindo um quase nada e é capaz de achar feio o ouro.
Criança acredita.
Criança é um poeta em estado bruto e é poesia sempre.

Por isso recomendo que se escutem as crianças, conversem com elas, saibam o que elas pensam . Talvez seja necessário corrigir o rumo do mundo.
A criança merece respeito e cuidado. Elas são o futuro e nos darão o que de nós receberem, na mesma medida.
É preciso cuidado na educação.
Criança não faz o que se fala mas faz o que se faz. Aprende mais pelo exemplo do que pelas palavras.
Sejamos então bons exemplos, acompanhados de boas e belas palavras.
Palavras de incentivo, de gentileza, de bondade e de amor.

Os pais são os primeiros educadores das crianças. Cuidam fisicamente delas e lhes passam seu modo de vida, cultura, valores, conhecimentos específicos.
Os professores são os educadores da vida toda. Ninguém sabe o fruto da semente lançada em tão fértil terreno.
Ninguém avalia a força que tem a palavra do mestre, do professor, o quanto ela é capaz de construir ou destruir.
Por isso rendo homenagens aos professores, que conseguem enxergar em seus alunos as potencialidades, sejam lá quais forem , uma habilidade manual, artística, técnica, de relacionamento, e os motivam á desenvolve-las, dando à este aluno, este ser em formação, confiança e coragem no seu destino e no seu futuro.

Assim, beijo as crianças, porque são fofas e porque já fomos assim, e em algum lugar de nós ainda somos, e merecemos ser beijados e abraçados e acarinhados, como crianças.
Beijo os mestres oficiais, que mantém o conhecimento vivo e pulsante, por força de ofício, e os mestres ocasionais, eventuais e cotidianos que todos somos quando nos dispomos á trocar experiências e nos abrirmos para o novo.
Desejando que cada um possa amar sua criança, me despeço.

Eliane Ratier, para o sarau Paraler- outubro de 2010