domingo, 26 de julho de 2015

Livros- Senilidade - Ìtalo Svevo



Livro lido pelo Clube de Leitura, mais um onde " joguei a toalha", mas que, em processo de resgate, se mostrou interessante.
O livro relata a estória de um solteirão e sua relação com as mulheres, em Trieste, Itália, no final do século dezenove.
Uma relação múltipla e ambígua cheia de devaneios.
Tinha razão , o mestre que argumentou a favor do livro. O livro torna-se mais interessante um pouco além de sua metade.
Um romance inovador por tratar dos personagens em seus planos psicológicos.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Ecochata



Dia do meio ambiente.
Dia 05 de junho foi dia do meio ambiente.
Isso que dizer, dia da nossa casa.
Sim , vivemos todos dentro desta redoma, planeta Terra,  sem escapatória.
E, para quem pensa que o mundo é grande, e de recursos infindos, saiba que tudo que é feito reflete, de alguma forma e em algum tempo, em todo lugar e que, como sistema fechado, nosso recurso é , de alguma forma , limitado.
Então, acho de bom tom, cuidar.
Sou a ecochata da casa, a que se preocupa com o consumo e o destino das coisas e resíduos.
Costumo pensar que a humanidade sucumbirá sob montanhas de lixo. Tanto é o lixo por toda parte.
Nem sempre fui assim.
Os conceitos são até novos, mas os abracei com amor e vontade .
No começo é preciso traçar estratégias, provisionar espaços, buscar informações, viabilizar.
Depois, vai virando automático, mas, como tudo que é novo e mutável, há de se fazerem os questionamentos periódicos, atualizações.
Achei também que fazendo, incentivaria os da casa, os jovens, que já recebiam a orientação nos bancos escolares.
A sementinha foi plantada , mas a ação é rara.
Para mim vai ficando automático, mesmo que ainda seja difícil.
Tenho uma pena imensa de jogar lixo reciclável junto com o normal.
Fico até culpada, removo o lixo para a destinação correta sempre que possível, isso quer dizer que "transporto" lixo.
Foi assim que implantei a coleta seletiva em dois prédios onde morei.
Morei, implantei, mudei e continua funcionando.
Agora, onde estou, bençãos!!, a coleta já existia, de modo organizadíssimo.
Nem preciso lhes dizer da minha felicidade.
Mesmo com a família toda avisada e instruída, ainda exerço a fiscalização porque há detalhes a serem observados. Nem todo papel é papel para reciclagem, embalagens tem que ser limpas antes do descarte, vidros são recicláveis, porcelana não, isopor ainda não é reciclável por aqui, e tem coisas que não se consegue enquadrar em categoria existente, tecido e madeira não são recicláveis, mas podem ser reaproveitados, e por aí vai.
E vai, e vai longe.
Se você parar para pensar deve haver um monte de situações em seu cotidiano que podem ser alvo de uma ação de economia de recursos naturais, de bens de consumo, e em última análise, de dinheiro.
Razões de ação para todos os casos.
Não sei quanto a você, ou você aí, mas eu sigo fazendo parte ,uma bem pequena, da parte que me cabe.
Sou feliz por isso e busco mais.
Só comentando os princípios da reciclagem,os quatro erres.
Redução de consumo
Reutilização
Reaproveitamento
Reciclagem

domingo, 19 de julho de 2015

Livro- A mágica da Arrumação- Marie Kondo




He, hehehehe, estava louquinha para ler o livro depois que o vi comentado pelas meninas do Saia Justa. Este negócio de televisão funciona!!
Os métodos de Marie são pouco ortodoxos, mas há coisas muito interessantes, mesmo filosóficas que já faziam parte do meu repertório e que por ela são também validados.
Gostei!!
Adoro uma arrumação!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Sapatinhos vermelhos



O desapego.
Não , não tenho problemas com o desapego.
Dou meus cabelos ao corte, sem economias.
Compro roupas baratas para desfazer-me delas sem culpa.
Não tenho ciúmes do meu amor, eu acho.
Empresto o carro, divido o amigo.
Aprendi a possuir sem exclusividade, a usufruir do que me cabe.
Sem dramas.
Mas, não é assim que me veem, desapegada.
Tudo começou com os sapatinhos vermelhos.
Era eu menina de seis anos, e , como em toda casa de boa administração e pouco dinheiro, sujeita a algumas regras, ainda válidas.
Minha mãe, por época das férias escolares, fazia uma bela limpeza nos armários a cata de papelada vencida, objetos quebrados e vestuário inservível.
A papelada era posta fora, sem reciclagem porque naquela época não tinha.
Os quebrados eram consertados pela habilidade caseira ou encaminhados para oficinas. Sim, ainda valia a pena, os objetos não eram descartáveis.
E o vestuário era selecionado e doado para outras famílias , não necessariamente mais pobres que nós, mas que pudessem fazer uso de uma peça em bom estado que já não servia mais para a turma da casa.
 Foi assim que os meus sapatinhos vermelhos de verniz foram oferecidos, sem cerimônias, à uma vizinha em visita, e que tinha uma sobrinha pouco mais nova do que eu.
Os sapatinhos nem mais serviam mesmo.
O verniz duro e grudento fazia bolhas no calcanhar quando da insistência em usá-los.
Mas eu os amava.
Seria a estória de Dorothy em Oz que me inspirava?
Não creio, eu não a conhecia, nem o Homem de Lata ou o cachorrinho Totó.
A tv precária e iniciante não exibia estas coisas.
O cinema era luxo e eu era pequena para isso.
Isso? Sim, ir ao cinema.
Não era comum para mim, como é para a criança de hoje.
Era mesmo a magia do verniz, seu brilho e o pressentido glamour do vermelho.
Concordei de pronto com a doação, mas dei um jeito de sair de cena levando os sapatinhos num disfarce.
Fui até o quarto e os calcei para uma despedida.
Não os queria mais, machucavam.
Era só uma  despedida.
Minha mãe, ao ver aquilo, a menina , uma mocinha já, tentando enfiar os pés grandões nso sapatos diminutos, como uma das irmãs desajeitadas da Cinderela,  ralhou comigo.
A vizinha murmurou um " deixa a menina" e saiu de mansinho, envergonhada.
Eu chorei muito, demais, rios em correnteza pelo mal entendido.
E os sapatinhos ficaram por lá, em abandono, nunca mais calçados, embaixo da cômoda, fora do alcance das vistas e das vassouras, acumulando o pó do semestre.
Na próxima limpeza eles seriam jogados no lixo, o verniz vencido, o couro craquelado, o pó grudado embaçando , sem remédio, qualquer possibilidade de brilho.
A vizinha, não me lembro mais de ter visto.
Minha mãe , pessoa de signo de boa memória, deve se lembrar de sua versão da história.
Eu guardo esta, na posição de vítima da ação contra a palavra, sem ressentimentos.
Os sapatinhos de verniz vermelho voltaram aos meus pés de adolescente, já estabilizados em tamanho, mas desmedidos em usos e gastos.
Hoje, meus sapatinhos de verniz são da clássica, modernosa e discreta cor nude.
Virei, enfim, uma mocinha!
Os vermelhos ainda compõe o figurino, sem brilho, utilitários, campeões em conforto e primeira escolha no uso.
Mantenho o hábito herdado, da arrumação de férias.
Faço as doações desejadas com as essenciais despedidas, desfiles , rodopios, poses no espelho.
Sem testemunhas.

domingo, 12 de julho de 2015

Livro- Costelas de Heitor Batalha- Joaquim Maria Botelho



Briguei com Heitor logo no princípio, penso que nem foi sua falta, era minha disposição de espírito,  quase desisti, mas aí fiz as pazes, e aproveitei as aventuras do protagonista. Em alguns pontos olhei-o  desconfiada, mas o final, muito bem trabalhado, nos deixou bem.
O livro é muito bem escrito em linguagem limpa e clara com ligeiros toques poéticos.
Parabéns ao autor, Joaquim, pelo romance.

domingo, 5 de julho de 2015

Livros- Te dou a lua amanhã- Jorge Miguel Marinho



Livro que usei para minhas pesquisas sobre o Mário de Andrade, especialmente depois que soube que o autor estaria na Feira do Livro.
O livro nos mostra Mário de Andrade,  através de um enredo que envolve uma estudante e vários personagens dos escritos de Mário de Andrade.
Deliciosamente ilustrado por imagens fotográficas originais e modificadas em cor alegre e vibrante.
Um belo e agradável passeio pela vida de Mário de Andrade.